Queima das Fitas de Coimbra de 2008 deu lucro recorde superior a um milhão de euros.
Organização registou mais de 500 mil entradas nas nove noites de concertos na Praça da Canção.
Organização registou mais de 500 mil entradas nas nove noites de concertos na Praça da Canção.
A Queima das Fitas de Coimbra alcançou na edição de 2008 os melhores resultados de sempre com um lucro de 1,24 milhões de euros e com mais de 500 mil entradas registadas nas nove noites de concertos na Praça da Canção. As receitas vão ser distribuídas pelas secções culturais e desportivas da Associação Académica (AAC), mas também utilizadas no pagamentos de dívidas que resultaram de edições anteriores da Queima, como a de 2005, que teve um prejuízo de 140 mil euros.A organização da festa estudantil, que apresentou ontem o relatório e contas da edição de 2008, defende que o aumento significativo das receitas ficou sobretudo a dever-se à maior afluência de público, mais 20 por cento do que na edição de há dois anos, e também à gestão "rigorosa". Grande parte das verbas, cerca de 961 mil euros, vai ser distribuída à direcção-geral da AAC, mas também a todas as secções e organismos da associação. E a lista de necessidades é longa: a linha SOS Estudante precisa de pagar o número azul de que beneficia; a secção de ioga quer aproveitar as receitas para comprar zafus e futons (almofadas e colchões de origem oriental); a secção de jornalismo quer uma máquina fotográfica e três gravadores digitais; a tuna de Medicina quer comprar instrumentos; e há também repúblicas de estudantes que querem aproveitar para fazer obras de beneficiação."Estas verbas são essenciais para a vida da AAC e por isso é uma responsabilidade muito grande organizar uma festa como a Queima das Fitas", realça Nuno Pais, presidente da organização da Queima de 2008. Mas nem sempre a Queima ajudou a AAC. Cerca de 13 mil euros das receitas deste ano vão também servir para pagar dívidas de edições anteriores, inclusive parte dos prejuízos da Queima de 2005, que teve perdas de 140 mil euros, um valor negativo que a organização desse ano defendeu ter ficado a dever-se a um deficiente controlo nas entradas do recinto da festa, que permitiu que milhares de pessoas assistissem aos concertos sem pagar bilhete. À semelhança de outros anos, as receitas da festa vão ser também direccionadas para o projecto Queima Solidária, que tem apoiado instituições de solidariedade social.
Jornal Público, 20.01.2009, André Jegundo
Jornal Público, 20.01.2009, André Jegundo
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