Chama-se mefedrona mas é mais conhecida por "miau-miau". É uma substância legal em vários países europeus, Portugal incluído, que se encontra à venda na Internet como fertilizante para plantas mas que cada vez mais pessoas utilizam como droga legal e alternativa ao ecstasy, às anfetaminas e à cocaína. Depois de no Reino Unido três pessoas terem morrido por causa do consumo excessivo da substância, o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) diz que está atento à situação e que, até ao momento, ainda não há registo da droga em Portugal.
"É sempre difícil monitorizar todas as substâncias que vão surgindo. Ainda para mais tratando-se de uma substância, como a mefedrona, que é legal. Mas até ao momento não há qualquer registo em Portugal desta droga, nem tão-pouco de qualquer situação registada nos serviços de saúde relacionada com consumo com sobredosagem", diz Paula Andrade, responsável pela área de redução de risco do IDT.
Esta substância já é considerada ilegal em cinco países (Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha e Israel) e, depois das três mortes registadas (dois adolescentes e um adulto), o assunto está também a ser debatido no Reino Unido. Também o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência está actualmente a realizar um relatório sobre a mefedrona para aconselhar a Comissão Europeia e os Estados-membros da União Europeia quanto à posição a adoptar em relação à substância.
Os efeitos provocados pela droga e relatados pelos consumidores são semelhantes aos do ecstasy e da cocaína. Contudo, não há ainda certezas sobre que consequências produzirá um consumo persistente e regular. "Esse é o perigo destas substâncias. São sempre uma roleta russa. Não foram feitas para o consumo humano, nunca foram testadas e por isso não sabemos quais os riscos de uma utilização prolongada", afirma Paula Andrade.
De acordo com a responsável do IDT, praticamente todos os dias, em todo o mundo, "vão surgindo novas substâncias utilizadas pelos consumidores, o que obriga as estratégias de combate ao consumo de drogas a "centrar-se nas pessoas e não nas substâncias". "Devemos tentar perceber, por exemplo, o que leva dois adolescentes a consumirem um produto como a mefedrona para se divertirem e saírem à noite, como aconteceu no Reino Unido."
Jornal Público 19 de Março 2010
André Jegundo
1 comentário:
mefedrona e uma substancia muito boa .. mas tem que ser consumida lentamente ... pois lentamente nao vai causar mal a ninguem... se ja a casos de mortes a culpa e simplesmente do consumidor nao do produto.. pois o produto nao e para ser consumido em excesso mas sim lentamente .. pois assim nao vai criar mortes... a culpa deve ser dirigida simplesmente aos consumidores....pois o dever dos consumidores era investigar a substancia e saber quais os seus riscos de consumir mefedrona....
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