As doenças do fígado causadas pelo álcool estão à frente dos acidentes rodoviários e do cancro nas causas de morte em Portugal por consumo excessivo, que origina 3,8% dos óbitos anuais em Portugal, refere um estudo.
A mortalidade estabelecida pelo estudo de Helena Cortez Pinto corresponde a 4.054 pessoas em cada ano. Aquela investigadora indica que as mortes de portugueses por consumo excessivo de álcool são mais numerosas por cirrose, seguida de acidentes de carro e ainda por cancro.
Helena Cortez Pinto, que faz as suas pesquisas na Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto de Medicina Molecular, procedeu também ao cálculo dos custos atribuíveis ao consumo de álcool: as doenças por este causadas correspondem a 1,25% dos gastos em saúde. Nestas contas, que repercutem as estatísticas disponíveis sobre o ano de 2005, a mesma cientista explicita que houve nesse ano uma despesa de 14,1 milhões de euros por doenças crónicas (do fígado, cancro, etc) causadas pelo consumo excessivo. Muito mais elevados do que este montante situaram-se os 82,2 milhões de euros de despesa devido a acidentes rodoviários e outras causas externas. Além disto, foi calculada a "factura" com tratamentos ambulatórios (93 milhões). No total, há quatro anos, houve custos de 189,2 milhões de euros atribuíveis ao álcool, nada menos do que 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB) português.
Na escala das doenças e mortalidade associadas ao álcool excessivo, Helena Cortez Pinto coloca primeiro as doenças do fígado (28,3%, representando 1.147 óbitos), seguidas pelas mortes na estrada (26,2%, o que corresponde a 1.062 pessoas mortas) e ainda os falecimentos devido aos diversos tipos de cancro associados ao álcool (21%, ou seja, 851 indivíduos). Na sua comunicação ao encontro internacional, a investigadora portuguesa considerou importante que o país deve pôr em prática estratégias actuantes no sentido de promover hábitos de vida saudáveis e tornar o consumo de álcool moderado.
Por todas estas cifras, Portugal surge com 5% das causas de doenças ligadas ao álcool, uma taxa muito superior à média mundial calculada pela OMS.
A influência dos pais é determinante nos hábitos de consumo, referem as conclusões de um outro estudo, feito por especialistas do Instituto Suíço para a Prevenção dos Problemas de Álcool e Drogas. A equipa dirigida por Emmanuel Kuntsche estudou mais de 350 jovens ao longo de dois anos e chegou à conclusão de que os adolescentes com uma boa relação com os pais atrasam a idade de contacto com as bebidas, o que também vai determinar menores riscos de consumo excessivo. As circunstâncias em que há o primeiro contacto com o álcool são muito importantes, referem as conclusões deste estudo.
A mortalidade estabelecida pelo estudo de Helena Cortez Pinto corresponde a 4.054 pessoas em cada ano. Aquela investigadora indica que as mortes de portugueses por consumo excessivo de álcool são mais numerosas por cirrose, seguida de acidentes de carro e ainda por cancro.
Helena Cortez Pinto, que faz as suas pesquisas na Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto de Medicina Molecular, procedeu também ao cálculo dos custos atribuíveis ao consumo de álcool: as doenças por este causadas correspondem a 1,25% dos gastos em saúde. Nestas contas, que repercutem as estatísticas disponíveis sobre o ano de 2005, a mesma cientista explicita que houve nesse ano uma despesa de 14,1 milhões de euros por doenças crónicas (do fígado, cancro, etc) causadas pelo consumo excessivo. Muito mais elevados do que este montante situaram-se os 82,2 milhões de euros de despesa devido a acidentes rodoviários e outras causas externas. Além disto, foi calculada a "factura" com tratamentos ambulatórios (93 milhões). No total, há quatro anos, houve custos de 189,2 milhões de euros atribuíveis ao álcool, nada menos do que 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB) português.
Na escala das doenças e mortalidade associadas ao álcool excessivo, Helena Cortez Pinto coloca primeiro as doenças do fígado (28,3%, representando 1.147 óbitos), seguidas pelas mortes na estrada (26,2%, o que corresponde a 1.062 pessoas mortas) e ainda os falecimentos devido aos diversos tipos de cancro associados ao álcool (21%, ou seja, 851 indivíduos). Na sua comunicação ao encontro internacional, a investigadora portuguesa considerou importante que o país deve pôr em prática estratégias actuantes no sentido de promover hábitos de vida saudáveis e tornar o consumo de álcool moderado.
Por todas estas cifras, Portugal surge com 5% das causas de doenças ligadas ao álcool, uma taxa muito superior à média mundial calculada pela OMS.
A influência dos pais é determinante nos hábitos de consumo, referem as conclusões de um outro estudo, feito por especialistas do Instituto Suíço para a Prevenção dos Problemas de Álcool e Drogas. A equipa dirigida por Emmanuel Kuntsche estudou mais de 350 jovens ao longo de dois anos e chegou à conclusão de que os adolescentes com uma boa relação com os pais atrasam a idade de contacto com as bebidas, o que também vai determinar menores riscos de consumo excessivo. As circunstâncias em que há o primeiro contacto com o álcool são muito importantes, referem as conclusões deste estudo.
Eduarda Ferreira
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