Cerca de 230
milhões de pessoas consomem drogas em todo mundo, e 27 milhões são
dependentes de cocaína e heroína, revela a agência da ONU para as drogas
e o crime, no seu relatório anual.
O diretor da agência,
Yuir Fedotov, afirmou, na apresentação do relatório, que "a heroína,
cocaína e outras drogas continuam a matar cerca de 200 mil pessoas por
ano", contribuindo também para o aumento da insegurança e para a
disseminação do VIH.
O canábis continua a ser a droga mais "popular", com um número de consumidores que pode atingir 220 milhões e um aumento da produção da forma herbácea da droga, a marijuana, na Europa.
A resina de canábis, vulgarmente conhecida como haxixe, vem principalmente do norte de África e é consumida maioritariamente na Europa, mas o Afeganistão começa a impor-se como país fornecedor do mercado europeu, com o canábis a transformar-se no cultivo mais lucrativo naquele país.
Esta é uma conclusão apoiada pelo relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT), cujo diretor, Wolfgang Götz, disse à agência Lusa que o aumento da produção doméstica na Europa diminui os riscos para os produtores, que não têm tantos problemas em fazer circular a droga.
A esta produção "caseira" associam-se "violentos grupos de crime organizado", referiu, indicando que as polícias europeias estão cada vez mais bem equipadas para detetar estas explorações, normalmente situadas em "zonas industriais ou agrícolas abandonadas", e quase sempre detetadas pelos consumos elevados de água ou eletricidade, usados no cultivo intensivo.
No relatório, destaca-se o aumento de produção de ópio no Afeganistão, com mais de 80% da produção mundial em 2011 concentrada naquele país, onde se tinha registado uma quebra acentuada em 2010, devido a doenças das plantas.
Em 2011 produziram-se no Afeganistão 5800 das sete mil toneladas a nível mundial, um aumento de 61% em relação ao ano anterior. Birmânia, com 610 toneladas, e Laos, com 25 toneladas, são outros dos maiores produtores mundiais de ópio.
A ONU conclui que o consumo de opiáceos na América do Norte e na Europa está estável ou a decair, mas quanto à África e Ásia, onde são consumidos cerca de 70% dos opiáceos, não há dados que permitam tirar conclusões.
Quanto à cocaína, no relatório coloca-se o número de consumidores entre os 13,3 e os 19,7 milhões, sobretudo na Europa, América do Norte e Austrália, onde o consumo sobe.
A oferta mundial de cocaína proveniente da Colômbia desceu com a diminuição da área de cultivo de 2007 para 2010, mas a produção deslocou-se para a Bolívia e Peru.
As anfetaminas e estimulantes análogos, "o segundo tipo de droga mais utilizada no mundo", viram o consumo estabilizar e as apreensões aumentar, com 45 toneladas de meta-anfetaminas apanhadas pelas autoridades em 2010 (mais do dobro do que se verificou em 2008), e 1,3 toneladas de Ecstasy (em 2009 foram apreendidos 595 quilogramas).
Yuri Fedotov apelou aos países produtores e consumidores para participarem na luta "contra este flagelo", alertando que o consumo "provavelmente irá aumentar à medida que os países em desenvolvimento começarem a imitar o estilo de vida das nações industrializadas".
"Atualmente, apenas cerca de um quarto de todos os agricultores envolvidos em culturas de drogas ilícitas, em todo o mundo, têm acesso à assistência para ao desenvolvimento. Se quisermos oferecer novas oportunidades e alternativas genuínas, isto precisa de mudar", defendeu.
O canábis continua a ser a droga mais "popular", com um número de consumidores que pode atingir 220 milhões e um aumento da produção da forma herbácea da droga, a marijuana, na Europa.
A resina de canábis, vulgarmente conhecida como haxixe, vem principalmente do norte de África e é consumida maioritariamente na Europa, mas o Afeganistão começa a impor-se como país fornecedor do mercado europeu, com o canábis a transformar-se no cultivo mais lucrativo naquele país.
Esta é uma conclusão apoiada pelo relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT), cujo diretor, Wolfgang Götz, disse à agência Lusa que o aumento da produção doméstica na Europa diminui os riscos para os produtores, que não têm tantos problemas em fazer circular a droga.
A esta produção "caseira" associam-se "violentos grupos de crime organizado", referiu, indicando que as polícias europeias estão cada vez mais bem equipadas para detetar estas explorações, normalmente situadas em "zonas industriais ou agrícolas abandonadas", e quase sempre detetadas pelos consumos elevados de água ou eletricidade, usados no cultivo intensivo.
No relatório, destaca-se o aumento de produção de ópio no Afeganistão, com mais de 80% da produção mundial em 2011 concentrada naquele país, onde se tinha registado uma quebra acentuada em 2010, devido a doenças das plantas.
Em 2011 produziram-se no Afeganistão 5800 das sete mil toneladas a nível mundial, um aumento de 61% em relação ao ano anterior. Birmânia, com 610 toneladas, e Laos, com 25 toneladas, são outros dos maiores produtores mundiais de ópio.
A ONU conclui que o consumo de opiáceos na América do Norte e na Europa está estável ou a decair, mas quanto à África e Ásia, onde são consumidos cerca de 70% dos opiáceos, não há dados que permitam tirar conclusões.
Quanto à cocaína, no relatório coloca-se o número de consumidores entre os 13,3 e os 19,7 milhões, sobretudo na Europa, América do Norte e Austrália, onde o consumo sobe.
A oferta mundial de cocaína proveniente da Colômbia desceu com a diminuição da área de cultivo de 2007 para 2010, mas a produção deslocou-se para a Bolívia e Peru.
As anfetaminas e estimulantes análogos, "o segundo tipo de droga mais utilizada no mundo", viram o consumo estabilizar e as apreensões aumentar, com 45 toneladas de meta-anfetaminas apanhadas pelas autoridades em 2010 (mais do dobro do que se verificou em 2008), e 1,3 toneladas de Ecstasy (em 2009 foram apreendidos 595 quilogramas).
Yuri Fedotov apelou aos países produtores e consumidores para participarem na luta "contra este flagelo", alertando que o consumo "provavelmente irá aumentar à medida que os países em desenvolvimento começarem a imitar o estilo de vida das nações industrializadas".
"Atualmente, apenas cerca de um quarto de todos os agricultores envolvidos em culturas de drogas ilícitas, em todo o mundo, têm acesso à assistência para ao desenvolvimento. Se quisermos oferecer novas oportunidades e alternativas genuínas, isto precisa de mudar", defendeu.
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