A nova lei do
álcool, aprovada esta quinta-feira pelo Governo, aposta no reforço da
fiscalização nos estabelecimentos de consumo e proíbe a sua venda entre a
meia-noite e as 8 horas em alguns locais, como bombas de gasolina.
foto Leonel de Castro / Global Imagens |
Leal da Costa adiantou que este diploma visa, como medida de saúde pública, "colocar barreiras ao consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes" através do aumento da idade mínima de acesso e da proibição da sua venda em determinados locais.
A nova lei introduz a diferenciação dos limites etários, passando para os 18 anos a idade mínima da venda e consumo de bebidas espirituosas.
Para o vinho e a cerveja, a idade mínima para a venda e o consumo mantém-se nos 16 anos.
Tanto Leal da Costa, como o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, recusaram, na conferência de imprensa, que o Governo esteja a ceder a pressões da indústria da cerveja e do vinho ao estabelecer esta diferenciação.
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde sublinhou que com esta medida o Governo está "a eliminar em 50% o consumo de álcool em jovens e a diminuir significativamente a probabilidade de embriaguez", segundo conhecimentos estatísticos.
Leal da Costa salientou também que a nova legislação vai reforçar a fiscalização nos locais de venda e consumo de bebidas alcoólicas, correspondendo esta medida "a uma forma muito eficaz de dissuadir os estabelecimentos e os prevaricadores a vender álcool a menores de idade"
"Com o diploma será muito mais eficaz o exercício das medidas dissuasoras para os prevaricadores, prevendo-se o encerramento temporário do estabelecimento quando a lei for violada", sustentou.
Além das coimas está previsto um conjunto de sanções acessórias para os estabelecimentos, como o encerramento imediato em caso de flagrante delito ou a interdição da atividade por um período até dois anos.
O secretário de Estado afirmou também que o Governo não pretende sancionar ou penalizar comportamentos, antes pretende o Governo de forma progressiva colocar barreiras ao consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes, especialmente os menores de 16 anos.
Leal da Costa disse ainda que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e as forças de segurança vão passar "a fazer uma fiscalização mais frequente, consequente e continuada destes processos de forma a eliminar alguns destes focos de risco".
Na conferência de imprensa, Marques Guedes afirmou também que a nova legislação vai "responsabilizar as próprias famílias", passando a ser obrigatório, em casos de deteção pelas autoridades de fiscalização de jovens em situação de intoxicação alcoólica, a notificação aos responsáveis do menor
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3066301&page=-1.
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