quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tipos de Drogas_Drogas Depressoras

No conjunto das drogas depressoras, as mais conhecidas são o álcool, a heroína, a morfina, os remédios ansiolíticos e antidepressivos (barbitúricos) e seus derivados. O seu principal efeito é retardar o funcionamento do organismo, tornando todas as funções metabólicas mais lentas.

A heroína é uma substância inalável, podendo ser injetada, o que leva a um quadro de euforia. Quando inalada, porém, resulta em forte sonolência, náuseas, retenção urinária e prisão de ventre – efeitos que duram cerca de quatro horas. A médio prazo, leva à perda do apetite e do desejo sexual e torna a respiração e os batimentos cardíacos mais lentos. Instalada a dependência, o organismo apresenta forte tolerância, obrigando o usuário a aumentar as doses. A sobredosagem pode resultar em coma e morte por insuficiência respiratória.
Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos com os da heroína, porém, com características euforizantes menores. Seu efeito depressor é explorado pela Medicina há várias décadas, principalmente no alívio da dor de pacientes com câncer em estado terminal.
Outra preocupação constante dos médicos é o uso abusivo dos antidepressivos e ansiolíticos (barbitúricos). Para pessoas que têm doenças psiquiátricas, como depressões e os distúrbios de ansiedade, estas drogas são extremamente importantes, pois o tratamento adequado atenua o mal-estar e permite que o indivíduo leve uma vida normal. Como o próprio nome indica, os antidepressivos aliviam a ansiedade e a tensão mental, mas causam danos à memória, diminuição dos reflexos e da função cardiorrespiratória, sonolência e alterações na capacidade de juízo e raciocínio. A conduta do utilizador é muito parecida com a do dependente alcoólico. Em pouco tempo, estas drogas causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias perturbações mentais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tipos de drogas_Drogas Estimulantes

As drogas estimulantes mais conhecidas são as anfetaminas, a cocaína e seus derivados. As anfetaminas podem ser ingeridas, injectadas ou inaladas. A sua acção dura cerca de quatro horas e os principais efeitos são a sensação de grande força e iniciativa, excitação, euforia e insónia. Em pouco tempo, o organismo passa a ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores. A médio prazo, a droga pode produzir tremores, inquietude, desidratação da mucosa (boca e nariz principalmente), taquicardia, efeitos psicóticos e dependência psicológica.

A cocaína também pode ser inalada, ingerida ou injetada. A duração dos efeitos varia, as a chamada euforia breve persiste por 15 a 30 minutos, em média. Nos primeiros minutos, o consumidor tem alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, ele pode ser náuseas e insônia. Segundo os especialistas, em pessoas que têm problemas psiquiátricos, o uso de cocaína pode desencadear surtos paranóides, crises psicóticas e condutas perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a inalação deixa lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco de contaminação por outras doenças (IST's/SIDA). Em todas as suas formas, pode causar dependência.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Consumo de álcool

O Instituto da Droga e Toxicodependência quer proibir o consumo de álcool a menores de 18 anos e aumentar a fiscalização. A lei actual já prevê os 16 como idade limite, mas nem sempre é cumprida. Nalguns bares e discotecas de Lisboa, há miúdos de 13 anos a beber copos à noite.
De acordo com o II Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas da População, o início do consumo de bebidas alcoólicas está a aumentar entre os 15 e os 17 anos, passando dos 30 por cento em 2001 para os 40 por cento em 2007.
Quase metade dos jovens entre os 15 e os 24 anos admitiu, pelo menos uma vez no último ano, ter tido um consumo tipo «binge» (mais de quatro doses de bebida numa só ocasião) e 11,2 por cento dos adolescentes entre os 15 e os 19 anos assumiram «ter-se embriagado no último mês».
O Inquérito Nacional em Meio Escolar diz que «a cerveja voltou a ser a bebida com maior prevalência de consumo entre os alunos», mas, nos bares das Janelas Verdes, os jovens garantem que «o melhor são os shots».
Os consumidores «apresentam também com mais frequência envolvimento com experimentação e consumo de tabaco e substâncias ilícitas e envolvimento em lutas e situações de violência na escola», alerta o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, do IDT, que a partir de hoje está em discussão.
Para reduzir os consumos, o IDT vai propor ao Ministério da Saúde que altere a permissão de venda e consumo dos actuais 16 para os 18 anos. A «promoção da fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda» é outra das propostas apresentadas no plano.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=372300&page=0

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Plano Nacional para o Álcool

Tal como acontece na maior parte da Europa, Portugal deverá mudar a idade mínima para beber.
O IDT quer que a idade legal para a compra a consumo de bebidas alcoólicas passe de 16 para os 18 anos. A proposta vai ser feita ao Ministério da Saúde até 2010 e integra o Plano Nacional para a Redução dos Problemas do Álcool. O documento começa a ser discutido amanhã e prolonga-se pelo próximo mês.
Médicos e especialistas estão de acordo com esta medida, que está em vigor na maioria dos países europeus, à excepção de Itália e algumas regiões de Espanha. Temem porém que a fiscalização desta norma não seja diferentes da actual. "É uma vergonha. Vemos jovens de 14 ou 15 anos a beber em bares e nas ruas e nada parece ser fiscalizado", diz o psiquiatra Luís Patrício. De forma a garantir o cumprimento desta medida, IDT e entidades parceiras do plano vão promover a fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda de bebidas alcoólicas e divulgar os resultados obtidos em articulação com a ASAE.

O consumo de álcool em crianças, jovens e grávidas é uma área prioritária do plano. Segundo João Goulão, o presidente do IDT, o principal objectivo do mesmo é reduzir os consumos, mas sobretudo "focar-se na diminuição das consequências nefastas do consumo abusivo, quer sejam a nível da sinistralidade rodoviária, saúde, a nível familiar, social ou laboral".
O enfoque nos jovens baseia-se em dados que mostram a enorme proporção de jovens que consome estas bebidas e que o faz da pior forma: no segundo inquérito nacional ao consumo de substâncias psicoactivas na população em geral em 2007, conclui-se que 40% iniciou o consumo de álcool entre os 15 e os 17 anos. Em 2001, esta faixa era de 30%.
Já o consumo binge (mais de seis bebidas por homem ou quatro por mulher numa ocasião) foi admitida por 48,3% dos inquiridos entre os 15 e os 24 anos, que o fizeram pelo menos uma vez no último ano. João Goulão diz que até 2012, o objectivo é baixar esta percentagem para menos de 43%". Já os casos de embriaguez no último ano deverão cair de 34,6% para 30%, admite.

O novo plano, que terá de ser aprovado em conselho de ministros depois da discussão pública, tem como objectivo geral diminuir a exposição ao álcool de crianças por nascer, em famílias com problema associados à bebida e em jovens. Além das propostas relativas à idade do consumo pretendem criar-se linhas de intervenção junto das grávidas e elaborar materiais de sen- sibilização, bem como encaminhar quem precisa para as entidades que intervêm em caso de consumo abusivo.
João Goulão realça que, "nas grávidas, o consumo deve ser zero, porque pode originar malformações nos bebés, baixo peso ou problemas de desenvolvimento", explica.
A protecção das crianças em famílias problemáticas terá novas linhas e o acesso às estruturas de saúde será facilitado, através de uma rede de acompanhamento. Na publicidade, as empresas vão auto-regular-se e impedir a venda aos mais jovens.
Este Plano propõe que o combate ao álcool seja feito em sete áreas: crianças, jovens e grávidas, sinistralidade rodoviária, adultos em meio laboral, comunicação e informação, criação de bases de dados comuns, tratamento, reinserção e também prevenção.
Diana Mendes
http://dn.sapo.pt/2009/02/08/sociedade/consumo_alcool_a_partir_18_anos.html

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Plano nacional contra alcoolismo sugere proibição de venda de álcool a menores de 18

O novo Plano Nacional para a Redução dos Problemas do Álcool, que será discutido a partir de amanhã, propõe a proibição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, noticia hoje o “Diário de Notícias”. Até agora a venda era permitida a partir dos 16 anos.
O documento, redigido pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), que será entregue ao Ministério da Saúde até 2010, prevê assim uma medida já em vigor na maioria dos países da União Europeia, com excepção da Itália e de algumas regiões espanholas e agrada a médicos e especialistas.
João Goulão, presidente do IDT, adiantou ao “Diário de Notícias” que o plano prevê uma fiscalização mais apertada nos locais de consumo, em articulação com a ASAE, e uma intervenção prioritária na prevenção do consumo de álcool entre grávidas e crianças e adolescentes.
O plano prevê ainda uma redução da taxa legal de alcoolemia para novos condutores dos 0,5 actuais para os 0,2 gramas por litro de sangue.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364419&idCanal=62

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Noites de sumo para evitar álcool

A primeira quarta-feira do mês é diferente, no Bar Quebra, em Coimbra. As bandejas levam álcool e sumos naturais, porque é noite de "Juicy Event" ("Evento Sumarento"). Tudo em nome da nossa saúde.
Por detrás da iniciativa está a associação Existências, sem vocação para dar lições de moral, mas preocupada com os riscos associados ao consumo de álcool. "A saúde das pessoas é que nos move. Não adoptamos uma postura de não consumo de álcool. Dizemos: consome informado, sabendo os efeitos que tem", explica Paulo Anjos, dirigente da associação sediada em Coimbra. O JN esteve lá, na noite de anteontem, e confirmou: eles não vedam o álcool a ninguém. Mas o responsável do bar, Paulo França, consegue ser muito persuasivo.
"Ia pedir um fino, só que o empregado convenceu-me a beber um sumo", conta Miguel Tavares, 19 anos, estudante de Engenharia Informática habituado a consumir álcool. Ao lado está a açoriana Catarina Cordeiro, de Psicologia. Tem 20 anos e aplaude a ideia. Ela não deu luta na hora de trocar o café pelo sumo de kiwi, banana e maracujá: "Devia haver sempre alternativas destas, nos bares. Sabe bem variar".
Esta é a terceira edição do "Juicy Event". O Bar Quebra foi o aliado desde a primeira hora. E Paulo França aproveita para treinar as suas receitas de sumos naturais, feitos a partir de fruta fresca, cedidos a troco de euro e meio. "Muitas das ideias vêm das papas que dou à minha filhota, que tem três anos", conta. Paulo, que trabalha ali há quase uma década, tem um sentido de dever apurado. "Temos de ser educadores de boémios. Quando achamos que o cliente já está a exagerar no consumo de álcool, convencemo-lo a não beber mais". Este é mais um passo no sentido de educar - desta feita, os hábitos dos noctívagos.
"Há uma relação entre sair à noite e beber álcool. A ideia não é fazer as pessoas evitar esse consumo, mas mostrar que há outros, melhores para a saúde", esclarece Paulo Anjos. Três vezes por semana, a associação faz rondas pelos bares e discotecas de Coimbra, distribuindo panfletos a informar sobre os riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas - lícitas e ilícitas - em contextos recreativos nocturnos. É que estes "eventos sumarentos" fazem parte do "Nov' Ellos", um projecto mais vasto, apoiado pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, que pretende, não apenas prevenir o consumo, mas também reduzir os perigos inerentes.
Os jovens adultos são o alvo principal destas campanhas. Maria Lobo, psicóloga e técnica do projecto "Nov'Ellos", fala em miúdos de 12 anos já com hábitos de consumo regular de bebidas alcoólicas, por exemplo. E concluiu, com base num questionário a 300 alunos da Universidade de Coimbra, que mais de 50% consome álcool semanalmente. "As pessoas têm muito receio das drogas ilegais. O álcool é mais tolerado. Assustam-se, se souberem que os filhos experimentaram cannabis; mas não se souberem que eles se embebedam todos os fins-de-semana", exemplifica.
Outra tendência observada é que os jovens começam a beber cada vez mais cedo, optando, sobretudo, pelas bebidas destiladas, com alto teor alcoólico. "Hoje há uma moda: quanto mais rapidamente me embebedar, melhor", diz Paulo Anjos. No autocolante que se prepara para afixar na casa-de-banho, lê-se: "O uso de álcool e outras drogas em ambientes recreativos não é obrigatório, nem sinónimo de diversão ou bem-estar!".
Carina Fonseca

Imagens: Juicy Event 3



















Ficam aqui algumas imagens do Juicy Event 3, que decorreu dia 4 de Fevereiro, no bar Quebra desta vez, com a proposta de dois novos sabores para conSumos naturais.
No próximo dia 4 de Março, voltamos a contar com a presença de todos os que queiram participar connosco neste evento.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Consumo de cannabis

O consumo de cannabis entre adolescentes portugueses desceu 10 por cento entre 2002 e 2006, revela um estudo da Universidade de Lausanne (Suíça). A razão está relacionada com o aumento das redes sociais na Internet e dos chats de conversação, que retêm os jovens em casa durante mais horas, ao mesmo tempo que reduzem as saídas semanais.
A investigação, publicada na revista Archives of Pediatrics and Adolescents and Adolescents Medicine, abrangeu 93 mil jovens em 31 países, concluindo que a tendência para descida de consumo daquela droga é generalizada.
http://jornal.publico.clix.pt/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Popers


Apresentação

O Nitrato de Amyl é conhecido pelos seus consumidores pelas denominações poppers, rush ou liquid gold. É um líquido amarelado, altamente inflamável, que é geralmente vendido em garrafas pequenas. O seu consumo é feito por inalação de vapores através de uma garrafa pequena ou tubo, por vezes em conjunto com outras drogas como o ecstasy.
Tem uma acção psicadélica e provoca relaxamento dos músculos lisos e vasodilatação.


Origem

O nitrato de amyl foi descoberto durante o século XIX. Em 1857, Brunton fez a administração do nitrato por inalação e observou a diminuição da dor em 30 ou 60 segundos. Em 1879, William Murrell encontrou semelhanças entre a acção desta substância e a da nitroglicerina, pelo que a primeira começou a cair em desuso. Nos anos 80, o nitrato de amyl começou a ser usado de forma não terapêutica devido aos seus efeitos psicadélicos.

Efeitos

Esta substância tem efeitos que duram apenas 2 ou 3 minutos e que podem incluir agitação, riso histérico, náuseas, tonturas, aumento do prazer sexual, relaxamento muscular, rubor facial, dor de cabeça, sensação de desmaio, mau-estar ou problemas de pele à volta da boca e nariz.

Riscos

Podem queimar a pele se entornados ou ser fatais se engolidos.
Os poppers não devem ser consumidos por pessoas com anemia, problemas cardíacos, de tensão arterial, respiratórios, de visão e glaucoma.
Não devem ser misturados com estimulantes (porque ambos provocam taquicardia) nem com Viagra.
Dependência
Não cria dependência física mas pode criar dependência psicológica.

Retirado de: http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=amyl