sábado, 30 de agosto de 2008

Mulheres e Álcool

O álcool, mesmo quando consumido em quantidade iguais, não afecta igualmente homens e mulheres. As mulheres sentem mais os efeitos do álcool do que os homens por um conjunto de motivos fisiológicos:

Capacidade de diluir álcool
As mulheres têm uma menor percentagem de água no organismo (52%, contra 61% nos homens). Isso significa que o corpo dos homens tem maior capacidade para diluir o álcool, mesmo se ambos tiverem o mesmo peso.

Capacidade de metabolizar o álcool
As mulheres têm menos álcool-desidrogenase - ADH (enzima que degrada o álcool) do que os homens, por isso, metabolizam o álcool mais lentamente. A degradação do álcool verifica-se sobretudo ao nível do fígado, tendo no entanto início no estômago. Sendo a ADH mais activa no organismo masculino, nos homens a digestão do álcool inicia-se mais cedo no processo digestivo, acelerando o processo.

Factores hormonais
As modificações hormonais que antecedem a menstruação aceleram o processo de intoxicação alcoólica. Além disso, pílulas anticoncepcionais ou outros medicamentos que contenham estrogénios diminuem a velocidade com que o álcool é eliminado do organismo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

GHB - conhecido também por Ecstasy líquido

Apresentação
O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.
Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.
O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.

Origem
O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio.
No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB.
Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.

Efeitos
A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais).
Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco.
Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte.
Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte.
Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.

Riscos
Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy.
Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos. O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância.
Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais.

Dependência
Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência
Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.

Fonte: www.psicologia.com

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças
No mercado de drogas ilegais, os principais representantes do grupo das anfetaminas são a anfetamina e a metanfetamina (e respectivos sais) — duas substâncias sintéticas estreitamente relacionadas entre si e membros da família das fenetilaminas. Ambas as substâncias são estimulantes do sistema nervoso central, partilhando o mesmo mecanismo de acção, efeitos comportamentais, tolerância, efeitos de abstinência e de consumo prolongado (crónicos). A anfetamina é menos potente do que a metanfetamina, mas em situações não controladas os efeitos são quase indistinguíveis.
Os produtos das anfetaminas e das metanfetaminas são sobretudo constituídos por pós, mas o hidrocloreto de metanfetamina, um sal puro e cristalino, também é consumido. Os comprimidos com anfetaminas ou metanfetaminas podem ter logótipos semelhantes aos observados nos comprimidos de MDMA e noutros comprimidos de ecstasy.
Em virtude das forma físicas em que se encontram disponíveis, as anfetaminas e metanfetaminas podem ser ingeridas, aspiradas, inaladas e, o que é menos comum, injectadas. Ao contrário do sal de sulfato de anfetamina, o hidrocloreto de metanfetamina, em especial na sua forma cristalina, é suficientemente volátil para ser fumado.
Fonte: OEDT, Drug profiles.

domingo, 17 de agosto de 2008

Macário Correia preocupado com alcoolismo nocturno

Autarca quer pôr na ordem os jovens espanhóis que trazem para as madrugadas algarvias ruído e álcool, que "acabam sempre em vandalismo e em desordem"
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa

Jornal Público13.08.2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Controlo de clientes em discotecas



Governo de acordo com controlo de clientes em discotecas

A Associação de bares da Zona Histórica do Porto apresentou uma proposta ao ministro da Administração Interna para a criação de uma lista negra de clientes nas discotecas. A proposta, de âmbito e aplicaçao nacionais, foi bem recebida pelo Governo que vai estudar o enquadramento legal. A proposta foi enviada por António Fonseca, no passado dia 13 de Julho, e pretende a criação de uma espécie de cadastro que, em última instância, pode proibir a entrada do cliente. Depois da reunião com o ministro do MAI, Rui Pereira, António Fonseca disse “haver receptividade e empenho totais” por parte do governo, segundo revela a notícia publicada hoje no “Jornal de Noticias”.O Ministério vai agora estudar as alternativas jurídicas que permitam ir ao encontro das pretensões dos proprietários de bares que querem ver limitado o acesso aos clientes considerados indesejáveis, uma vez que já não é aplicável o “Reservado Direito de Admissão”.
Pouco tempo depois da entrada em vigor do decreto que define os sistemas de segurança, a associação reclamou a aplicação do “controlo do cliente indesejável”. Ou seja, “aquele que utiliza os espaços de diversão nocturna” e demonstra uma “postura agressiva e provocatória sobre toda e qualquer contrariedade que atravesse o seus objectivos”, incomodando outros clientes.
António Fonseca diz querer proteger o cliente cumpridor e evitar, assim, “incidentes graves” como os ocorridos no ano passado na noite do Porto. Além disso, argumenta que sistemas semelhantes existem em outros países, como a Irlanda.
13.08.2008 - 09h26 PUBLICO.PT