quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Plano para combater a toxicodependência

Há plano para combater a toxicodependência, diz ministro da Saúde.
"O que nós temos que ver - é para isso que temos um plano - é como temos de atacar [a toxicodependência] nas diversas vertentes", disse Paulo Macedo.

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse hoje em Almada que está a ser preparado um plano para combater a toxicodependência, face ao aumento de 70% que se verificou nos atendimentos em unidades terapêuticas.

"Nós temos fatores na área da toxicodependência que têm tido uma evolução positiva na última década, temos outros que nos preocupam", disse.

Paulo Macedo comentava a notícia avançada hoje pelo semanário Expresso, de acordo com dados do relatório dobra a situação da droga em Portugal relativo a 2012, que aponta para um aumento significativo do consumo de drogas nos últimos anos.

"Num período tão longo (dez anos), há questões relacionadas com a economia, como o desemprego, que tem fenómenos de ligação, mas também há outras questões, culturais e sociais", justificou.

"O que nós temos que ver - é para isso que temos um plano - é como temos de atacar [a toxicodependência] nas diversas vertentes", acrescentou Paulo Macedo, sem avançar qualquer medida concreta do referido plano de combate à toxicodependência.

Lusa
17:24 Sábado, 12 de outubro de 2013

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Plano para redução de dependências apresentado este mês



O novo organismo para as drogas e toxicodependência (SICAD) apresenta até final deste mês o próximo plano nacional para redução de dependências até 2016 e que pretende reduzir o início e o consumo de álcool entre os jovens.

O anúncio foi feito hoje à agência Lusa pelo subdiretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), Manuel Cardoso, que explicou que, terminado o prazo de consulta pública no final de setembro, o organismo está agora a definir “as metas e ações a desenvolver para cada uma das [suas] áreas” de intervenção.

O plano nacional engloba problemas com álcool, jogo e substâncias psicoativas, adiantou.

Este será o primeiro plano nacional já elaborado pelo novo organismo – que substituiu este ano o antigo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) –, sendo que a aposta é ter uma “rede de referenciação de problemas aditivos o mais próximo possível da população”, referiu Manuel Cardoso.

O novo Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências prevê que a prevalência de embriaguez diminua de 5,1% para 4,6% nos próximos 3 anos e que a idade de início do consumo de álcool e droga seja retardada, diminuindo em 30% até 2020 o início destes consumos a menores de 13 anos.

O documento, que traça a estratégia portuguesa de combate às dependências, visa ainda que a prevalência de consumo de drogas e da dependência do jogo em Portugal diminua 10% até 2016 e que o consumo de qualquer droga ilícita diminua para 1,8% em 2020, quando em 2012 se situava nos 2,3% da população entre os 15 e os 74 anos.

Apesar de nos últimos 10 anos se ter registado uma diminuição do consumo de álcool per capital, Portugal continua a ser um dos 10 países do mundo com maior consumo per capita, admitiu o subdiretor do SICAD.

Por outro lado, sublinhou, “quando olhamos para a taxa de abstinência do último ano, vemos dos valores mais altos, o que significa que, no último ano, o álcool que se consumiu foi bebido por um número menor de indivíduos”, referiu.

A grande preocupação centra-se nos mais jovens, ou seja, nos consumidores até aos 30 anos.

“Do que nos dizem os inquéritos, aquilo que está a acontecer, principalmente entre os mais jovens, é que estão a consumir de uma forma mais pesada. Portanto, entre os mais novos, são menos os que consomem [álcool] mas têm um padrão de consumo mais grave, bebendo muito em pouco tempo”, adiantou.

O Plano define ainda que, até 2016, deve ser aumentada em um ano a idade média do início dos consumos, passando dos 17 para os 18 anos no caso das drogas e dos 16 para os 17 nas bebidas alcoólicas.

Diário Digital

7 de Outubro de 2013

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=660427

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Suíça descriminaliza cannabis


Lei aprovada há um ano entrou em vigor no início do mês. Posse até dez gramas é penalizada com multa.
Desde o início do mês que a posse de cannabis deixou de ser considerada crime na Suíça. Uma alteração legislativa vem permitir que os adultos que sejam encontrados com uma quantidade de marijuana inferior a dez gramas tenham de pagar uma multa de 100 francos suíços (cerca de 80 euros), sem qualquer registo criminal.
A revisão da lei foi aprovada pelo Parlamento há um ano, mas a discussão pública gerada dividiu o país. O objectivo do novo diploma é uniformizar a legislação, que até agora variava de acordo com cada cantão (divisão administrativa suíça), refere a agência estatal Swiss Broadcasting Corporation.
Os apoiantes da descriminalização consideram que o novo regime é uma aproximação pequena mas realista ao problema do consumo. Espera-se também que a medida sirva para poupar recursos, evitando os cerca de 30 mil casos em média que chegavam a tribunal por causa do consumo de cannabis. “Os recursos da polícia devem ficar livres para perseguir o tráfico de droga”, sublinhou a porta-voz da Addiction Switzerland, Corine Kibora, em declarações à SBC.
Uma proposta do Governo para descriminalizar o consumo de cannabis foi rejeitada há cinco anos em referendo, o que reforça o principal argumento dos opositores da medida, de que esta é contrária ao desejo dos cidadãos suíços. O receio de que o consumo entre os jovens aumente também motiva apreensão. “Facilita muito poder ter drogas e não ser punido”, observa um homem de 40 anos, ouvido pela SBC. “Acho que a marijuana pode ser um passo para uma carreira nas drogas”, acrescenta.
Estima-se que cerca de 500 mil cidadãos suíços — numa população de oito milhões — sejam consumidores ocasionais de drogas leves.
Com o novo regime, a Suíça junta-se aos países que descriminalizaram a posse de cannabis, entre os quais Portugal.


Jornal Público

João Ruela Ribeiro
03/10/2013 - 23:26

http://www.publico.pt/mundo/noticia/suica-descriminaliza-cannabis-1608018

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Combate às drogas ilegais está a falhar, alertam investigadores

Preço das drogas caiu e que estas estão mais puras. Investigadores sugerem no British Medical Journal que caminho passa pela despenalização em vez de se apostar em leis duras.

As políticas seguidas em Portugal têm servido de exemplo a nível internacional Reuters


As drogas ilegais são agora mais baratas e mais puras do que alguma vez nos últimos 20 anos, o que mostra que as políticas de combate seguidas estão a falhar. O alerta é feito num estudo do International Centre for Science in Drug Policy, publicado nesta terça-feira no British Medical Journal.
O relatório foi feito com base nos dados de sete observatórios diferentes relacionados com o consumo e tráfico de droga e que contêm informação, de pelo menos dez anos, relacionada com o preço e a pureza da cannabis, cocaína e opiáceos, incluindo heroína. Um deles contém dados de todos os países das Nações Unidas. Os investigadores consideram que chegou a altura de se assumir que o consumo de droga é um problema de saúde pública, muito mais do que uma questão criminal.
De acordo com o documento, entre 1990 e 2010 o preço da droga vendida nas ruas baixou e, pelo contrário, a sua pureza e potência aumentou. Na Europa, por exemplo, o preço dos opiáceos e da cocaína ajustado pela inflação e pureza caiu 74% e 51%, respectivamente, no período de dez anos, de acordo com o observatório sedeado em Vancouver, no Canadá.
Em relação às quantidades apreendidas, também foi possível encontrar uma tendência de aumento consistente desde 1990, tanto na cocaína, heroína como na cannabis, sendo que os autores atribuem estas falhas ao facto de as estratégias dos países se terem focado maioritariamente em endurecer a legislação em vez de optar por soluções como a despenalização.
“Estas conclusões sugerem que expandir esforços no sentido de controlar o mercado ilegal de droga através do endurecimento legal está a falhar”, lê-se no estudo, citado pela BBC. E acrescenta-se: “Precisamos desesperadamente de mudar de um regime proibicionista para um de regulamentação legal”.
Um dos co-autores do estudo, Evan Wood, do International Centre for Science in Drug Policy, com sede no Canadá, reiterou a importância de enquadrar a política de combate às drogas como mais uma vertente da “saúde e segurança da comunidade”, apostando mais em tratamentos do que em condenações.
Dados das Nações Unidas indicam que o tráfico de droga possa representar um volume anual de negócio na ordem dos 350 mil milhões de dólares, contribuindo também para o aumento da incidência de doenças infecciosas como o VIH e para a violência e a criminalidade em muitos países.


Novo plano para Portugal
 
Em Portugal, entrou em Agosto em discussão pública o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências. A estratégia, que deverá vigorar entre 2013 e 2020, dirige-se às adições com e sem substâncias psicoactivas, e tem em conta os vários ciclos de vida e estabelece metas quantitativas: a prevalência de consumo de drogas em Portugal terá de diminuir 10% nos próximos três anos.
Das avaliações ao Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências 2005/2012 e ao Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool 2010/2012 resultou a opção de alargar a estrutura de coordenação aos comportamentos aditivos que não o álcool e as drogas ilícitas.
O atraso na apresentação do plano é imputado à mudança que, em Dezembro de 2011, extinguiu o Instituto da Droga e da Toxicodependência e criou o Serviço e Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), transferindo para as administrações regionais de saúde a resposta ao fenómeno.
O texto é uma espécie de tratado sobre dependências. Está muito orientado para a redução da oferta e da procura. E deverá ser complementado com planos de acção baseados em diagnósticos. A estratégia, agora em debate, propõe que a intervenção se faça atendendo aos contextos sociais e aos ciclos de vida. Esses ciclos compreendem a gravidez, o período pré-natal, as crianças até nove anos, as crianças e jovens dos dez aos 24, os adultos dos 25 aos 64 e os idosos a partir dos 65. O objectivo é reduzir todas as dependências em todas as idades.
Aliás, as políticas seguidas em Portugal nesta área têm sido várias vezes citadas como paradigma a nível internacional. Por exemplo, há um ano, no Reino Unido, um relatório que defendia a despenalização do consumo de drogas naquele país citava Portugal como um exemplo de sucesso na estratégia que já implementou há cerca de 12 anos.
Portugal descriminalizou em 2001 a posse de cannabis, cocaína, heroína e metanfetaminas para consumo próprio, tendo passado a considerar o toxicodependente como doente e substituindo a pena de prisão pela possibilidade de o infractor ser encaminhado para uma Comissão de Dissuasão e para tratamento. Foi ainda em 1998 que José Sócrates, na altura ministro-adjunto do primeiro-ministro António Guterres, lançou uma política integrada para a toxicodependência, que começou a vigorar três anos depois - apostava na redução de riscos, nomeadamente através da vulgarização da substituição por metadona e do alargamento da troca de seringas.
 


Should Kratom Use Be Legal?



Thailand is considering legalizing kratom as a safer alternative for meth addicts, and U.S. researchers are studying its potential to help opiate abusers kick the habit without withdrawal side effects. Is that a good thing?
The leaves of the herb kratom (Mitragyna speciosa), a native of Southeast Asia in the coffee family, are used to relieve pain and improve mood as an opiate substitute and stimulant. The herb is also combined with cough syrup to make a popular beverage in Thailand called “4x100.” Because of its psychoactive properties, however, kratom is illegal in Thailand, Australia, Myanmar (Burma) and Malaysia. The U.S. Drug Enforcement Administration lists kratom as a “drug of concern” because of its abuse potential, stating it has no legitimate medical use. The state of Indiana has banned kratom consumption outright.

Now, looking to control its population’s growing dependence on methamphetamines, Thailand is attempting to legalize kratom, which it had originally banned 70 years ago.

At the same time, researchers are studying kratom’s ability to help wean addicts from much stronger drugs, such as heroin and cocaine. Studies show that a compound found in the plant could even serve as the basis for an alternative to methadone in treating addictions to opioids. The moves are just the latest step in kratom’s strange journey from home-brewed stimulant to illegal painkiller to, possibly, a withdrawal-free treatment for opioid abuse.

With kratom’s legal status under review in Thailand and U.S. researchers delving into the substance’s potential to help drug addicts, Scientific American spoke with Edward Boyer, a professor of emergency medicine and director of medical toxicology at the University of Massachusetts Medical School. Boyer has worked with Chris McCurdy, a University of Mississippi professor of medicinal chemistry and pharmacology, and others for the past several years to better understand whether kratom use should be stigmatized or celebrated.

[An edited transcript of the interview follows.]

How did you become interested in studying kratom?
A few years ago [the National Institutes of Health] wanted me to do a bit of consulting on emerging drugs that people might abuse. I came across kratom while searching online, but didn’t think much of it at first. When I mentioned it to the NIH, they suggested I speak with a researcher at the University of Mississippi who was doing work on kratom. [The researcher, McCurdy,] assured me that kratom was fascinating, and he started to go through the science behind it. I decided I needed to look into it further. Talk about chance favoring the prepared mind. I no sooner hung up the phone when a case of kratom abuse popped up at Massachusetts General Hospital.

How did this Mass General patient come to abuse kratom?
He was a [43-year-old] successful software engineer who had been self-medicating for chronic pain [as a result of thoracic outlet syndrome, a group of disorders that occurs when the blood vessels or nerves in the space between the collarbone and the first rib—the thoracic outlet—become compressed, causing pain in the shoulders and neck as well as numbness in the fingers]. He had started with pain pills, then switched to OxyContin, and then moved to Dilaudid, which is a high-potency opioid analgesic. He had gotten to the point where he was injecting himself with 10 milligrams of Dilaudid per day, which is a large dose. His wife found out and demanded that he quit.

He read about kratom online and started making a tea out of it. For the most part, this helped him avoid the opioid withdrawal he had been experiencing. After he started drinking the kratom tea, he also began to notice that he could work longer hours and that he was more attentive to his wife when they would speak. He began experimenting with ways to boost his alertness by adding modafinil [a U.S. Food and Drug Administration–approved stimulant] with his kratom tea. That’s when he started to seize and had to be brought to the hospital. I have no idea how that combination of drugs caused a seizure, but that’s how he ended up at Mass General Hospital. Nobody there had heard of kratom abuse at the time. [Boyer and several colleagues, including McCurdy, published a case study about this incident in the June 2008 issue of the journal Addiction.]

The patient was spending $15,000 annually on kratom, according to your study, which is quite a lot for tea. What happened when he left the hospital and stopped using it?
After his stay at Mass General, he went off kratom cold turkey. The fascinating thing is that his only withdrawal symptom was a runny noise. As for his opioid withdrawal, we learned that kratom blunts that process awfully, awfully well.

Where did your kratom research go from there?
I had a small grant from the NIH’s National Institute on Drug Abuse to look at individuals who self-treated chronic pain with opioid analgesics they purchased without prescription on the Internet. This was an extremely restricted population, but it nonetheless measures in the hundreds of thousands of people. About the time I started the study, the DEA and the state boards of pharmacy began shutting down online pharmacies, so sources of pain pills for these hundreds of thousands of people in the United States dried up instantaneously. A number of them switched to kratom.

How many people are using kratom in the U.S.?
I don’t know that there’s any epidemiology to inform that in an honest way. The typical drug abuse metrics don’t exist. But what I can tell you, based on my experience researching emerging drugs of abuse is that it is not difficult to get online.
How does kratom work?
Its pharmacology and toxicology aren’t well understood. Mitragynine—the isolated natural product in kratom leaves—binds to the same mu-opioid receptor as morphine, which explains why it treats pain. It’s got kappa-opioid receptor activity as well, and it’s also got adrenergic activity as well, so you stay alert throughout the day. This would explain why the guy who overdosed described himself as being more attentive. Some opioid medicinal chemists would suggest that kratom pharmacology might [reduce cravings for opioids] while at the same time providing pain relief. I don’t know how realistic that is in humans who take the drug, but that’s what some medicinal chemists would seem to suggest.

Kratom also has serotonergic activity, too—it binds with serotonin receptors. So if you want to treat depression, if you want to treat opioid pain, if you want to treat sleepiness, this [compound] really puts it all together.

Overdosing and drug mixing aside, is kratom dangerous?
People are afraid of opioid analgesics because they can lead to respiratory depression [difficulty breathing]. When you overdose on these drugs, your respiratory rate drops to zero. In animal studies where rats were given mitragynine, those rats had no respiratory depression. This opens the possibility of someday developing a pain medication as effective as morphine but without the risk of accidentally overdosing and dying.

What barriers have you run into when trying to study kratom?
I tried to get an NIH grant to study kratom specifically. When I went to the National Institute on Drug Abuse, they said they’d never heard of that drug. When I went to the National Center for Complementary and Alternative Medicine, they said this is a drug of abuse, and we don’t fund drug of abuse research. They want drugs that are used therapeutically. [A team led by McCurdy, who confirms that it is difficult to get funding to study kratom, did manage to secure a three-year grant from the NIH Centers of Biomedical Research Excellence to investigate the herb’s opioid-like effects.]

So the study of this type of substance falls to academics or pharma companies. Drug companies are the ones who can isolate a particular compound, do chemistry on it, study and modify the structure, figure out its activity relationships, and then create modified molecules for testing. Then you have eventually file for a new drug application with the FDA in order to conduct clinical trials. Based on my experiences, the likelihood of that happening is reasonably small.

Why wouldn’t large pharmaceutical companies try to make a blockbuster drug from kratom?
At least one pharma company [Smith, Kline & French, now part of GlaxoSmithKline] was looking at it in the 1960s, but something didn’t work for them. Either it wasn’t a strong enough analgesic or the solubility was bad or they didn’t have a drug delivery system for it. To the state of the art pharmaceutical business thinking in 1960s, this compound was not sufficient to be brought to market. Of course, now that we have a country with many addicted people dying of respiratory depression, having a drug that can effectively treat your pain with no respiratory depression, I think that’s pretty cool. It might be worth a second look for pharma companies.

There are reports that Thailand might legalize kratom to help that country control its meth problem. Could that work?
They can decriminalize kratom until they’re blue in the face but the reality is that kratom is indigenous to Thailand—it’s readily available and always has been. Yet drug users are still opting for methamphetamines, which are stronger than kratom, not to mention dirt cheap and widely available. I suspect that Thailand is just trying to say that they’re doing something about their meth problem, but that it might not be that effective.

Is kratom addictive?
I don’t know that there are studies showing animals will compulsively administer kratom, but I know that tolerance develops in animal models. I can tell you the guy in our Mass General case report went from injecting Dilaudid to using [$15,000] worth of kratom per year. That kind of sounds addictive to me. My gut is that, yeah, people can be addicted to it.

What are the dangers posed by kratom use or abuse?
It’s just like any other opioid that has abuse liability. Heroin was once marketed as a therapeutic product and later was criminalized. Yet OxyContin [a painkiller with a high risk for abuse] was marketed as a therapeutic but has remained legal. You put the proper safeguards in place and hope that people won’t abuse a substance. Speaking as a scientist, a physician and a practicing clinician, I think the fears of adverse events don’t mean you stop the scientific discovery process totally.

By Larry Greenemeier

SCIENTIFIC AMERICAN

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=should-kratom-be-legal&WT.mc_id=SA_MindFacebook