terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fumar marijuana durante a adolescência pode afectar a inteligência

O consumo persistente de marijuana antes dos 18 anos pode afectar a inteligência, a atenção e a memória na vida adulta, segundo um estudo internacional publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

O trabalho, que foi publicado esta terça-feira naquela revista norte-americana, teve como base o seguimento de mais de 1000 neozelandeses durante 25 anos, permitindo comparar o quociente de inteligência (QI) dos participantes consumidores e dos não consumidores de cannabis aos 13 anos de idade e aos 38 anos.

Madeleine Meier, autora principal da investigação e psicóloga na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, explica que os consumidores regulares de marijuana na adolescência revelaram, em média, uma queda de oito pontos no QI na vida adulta, além de mais falhas na capacidade de memorizar, na concentração, no raciocínio e processamento visual, entre outras funções.

A investigadora salienta que, em princípio, o QI é “um indicador estável” nestas fases da vida e que entre os não fumadores foi mesmo possível registar uma ligeira subida. Além dos testes de QI, o estudo contou com entrevistas aos familiares mais próximos dos participantes, que ajudaram a apontar alguns problemas entre os consumidores frequentes.

“O QI é um elemento fortemente determinante para o acesso à universidade, ao emprego e o desempenho no trabalho”, refere Madeleine Meier. Os consumidores que perderam em média oito pontos enfrentam, assim, uma “desvantagem perante os seus pares da mesma idade”, já que a adolescência é um “período muito sensível para o desenvolvimento do cérebro”, que está particularmente vulnerável às drogas. E, mesmo os que interromperam o consumo, não revelaram qualquer melhoria significativa.

O estudo assegura que na comparação foram descartados outros factores que poderiam ter interferido nas conclusões, como a educação dos participantes, o consumo de álcool ou de outros estupefacientes. Da mesma forma, os participantes que apenas reportaram ter consumido marijuana a partir da idade adulta não revelaram tantso efeitos a nível intelectual. Porém, o estudo nada refere sobre as quantidades consumidas, dizendo apenas que foram considerados consumidores frequentes os participantes que fumavam marijuana mais do que uma vez por semana antes dos 18 anos.

Consumo a aumentar na Europa

As conclusões surgem numa altura em que um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), divulgado no fim de Junho, verificou que o consumo de marijuana está a aumentar na Europa. As estatísticas indicam que quase um em cada quatro europeus com idade entre os 15 e os 64 anos já experimentaram cannabis, o que corresponde a 78 milhões de pessoas. E cerca de nove milhões de jovens, entre os 15 e os 34 anos, disseram tê-la consumido no último mês.

No que diz respeito aos jovens, um relatório europeu publicado em Maio e que apresentou as prevalências e os padrões de consumo das diversas substâncias psicoactivas, em 2011, concluiu que os adolescentes portugueses mantêm-se na média europeia quanto à prevalência do consumo de tabaco, álcool, drogas, medicamentos e susbtâncias inalantes. Em Portugal, registaram-se aumentos relativos ao tabaco, drogas e inalantes e estabilidade ou decréscimo nos indicadores do álcool. Quanto ao consumo de cannabis, de longe a droga ilícita mais usada, Portugal ocupa uma posição ligeiramente acima da média.

Já o último Inquérito Nacional em Meio Escolar sobre Consumos, do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), divulgado em 2011, com respostas de quase 32 mil alunos do secundário, mostrou que uma esmagadora maioria não teve qualquer contacto com drogas no ano que antecedeu o inquérito. Contudo, o número dos que responderam “perto da escola” à pergunta “nos últimos 12 meses, onde é que estavas quando te ofereceram (tentaram dar ou vender) cannabis?” quase duplicou (de 4,4% para 8,5%, um aumento de 93%).
 
 28.08.2012 - 15:40 Por Romana Borja-Santos

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

89% dos condutores jovens com taxa de alcoolemia abaixo do limite permitido

Nove em cada dez condutores fiscalizados pela GNR, nos dois últimos fins-de-semana, apresentaram taxas de alcoolemia abaixo do limite máximo permitido por lei, e cerca de metade destes registaram mesmo 0% de álcool, segundo um comunicado hoje divulgado.
A ação decorreu no âmbito de uma operação conjunta da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), promotora da campanha de prevenção rodoviária 100%Cool, e da GNR, no Algarve, Lisboa e Porto.
Durante esta ação de sensibilização, direcionada a jovens dos 18 aos 30 anos, foram fiscalizados 447 condutores, tendo 396 registado taxas de alcoolemia inferiores a 0,5%.
Destes 396 condutores, 278 registavam valores abaixo do permitido por lei (0,5%), e 118 eram condutores 100% Cool (0% de álcool) tendo sido, por isso, premiados.
Um dos objetivos da campanha era premiar os condutores que fossem apanhados a conduzir sem álcool. Os prémios são simbólicos: desde senhas de combustível da BP, a descontos diversos oferecidos pelos parceiros da campanha.
Ao longo das operações foram detetados 51 condutores com excesso de álcool.
A ANEBE e a GNR salientam no comunicado que se tem registado um decréscimo de vítimas mortais, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, na ordem dos 74%.
Nos outros grupos etários o decréscimo situa-se nos 43%.
Também o número de feridos graves entre os jovens decresceu cerca de 66%, um valor de referência quando comparado com o decréscimo de 52% nos restantes grupos etários, acrescentam.
O projeto 100%Cool é promovido pela Associação Nacional de Bebidas Espirituosas (ANEBE) desde 2002, conta com diversos parceiros e com o apoio de entidades como o Ministério da Administração Interna, a PSP, a GNR e o alto patrocínio da Presidência da República.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2738597&page=-1

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Juiz manda fechar Bar e Jardins AAC à meia-noite

Tribunal deu razão a vizinha do edifício da AAC proibindo “qualquer actividade comercial/cultural” até às 7h00. InTocha e estudantes vão recorrer Jornalista: O Bar e os Jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC) vão ter de encerrar à meia--noite e o grupo empresarial InTocha está proibido de exercer «qualquer actividade relacionada com a exploração comercial/cultural» nos dois espaços até às 7h00. A proibição inclui «comercialização de bebidas, festas, passagem de música e realização de espectáculos». O Tribunal de Coimbra deu razão a Maria Vitália Ferreira, vizinha do edifício da AAC, que interpôs um procedimento cautelar queixando-se «que o ruído e iluminação» proveniente daqueles dois espaços, assim como os seus clientes «a impedem de dormir, provocando-lhe danos na sua saúde física e mental». 

Diário de Coimbra Ana Margalho 
Edição de: Terça, Agosto 7, 2012 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mais de 17 mil consumidores de álcool e drogas acompanhados em 2011

Os dados do relatório de monitorização das intervenções de reinserção do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) referem que 37% do total de utentes ativos do IDT em 2011 (45863), são acompanhados pelas equipas de reinserção, dos quais 39% nos Centros de Resposta Integrada (CRI) e 28% nas Unidades de Alcoologia (UA).
As consultas, que aumentaram em todas as regiões do país, à exceção do Alentejo, foram realizadas nos Centros de Resposta Integrada, nas comunidades terapêuticas (CT) e nas Unidades de Alcoologia e abrangeram 17186 consumidores em processo de reinserção.
Dados do IDT indicam que 15064 consumidores estavam a ser acompanhados nos Centros de Respostas Integradas, dos quais 7142 na região Norte, 3.354 no Centro, 3028 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 717 no Alentejo e 823 no Algarve.
Estão ainda 2122 utentes em acompanhamento nas unidades de alcoologia, a maioria na região Centro (1314), 796 no Norte e 12 na região de Lisboa e Vale do Tejo.
A Unidade de Alcoologia de Lisboa e Vale do Tejo, o ano passado, não dispôs de técnicos na área da reinserção no ambulatório, pelo que o número de consultas realizadas não tem expressão, refere o relatório.
Em 2011, nas comunidades terapêuticas ocorreram 371 eventos assistenciais de reinserção.
Verificou-se ainda um aumento do rácio dos utentes ativos em acompanhamento no âmbito da reinserção nos CRI, face a 2010, nas delegações do Norte, Centro e Algarve.
Nas delegações de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo houve um decréscimo da percentagem de utentes que são acompanhados pela reinserção, que poderá ser explicada pela "redução dos técnicos afetos à área de missão da reinserção", refere o relatório.
A criação do Modelo de Intervenção em Reinserção, que está presente em praticamente todos os serviços locais do IDT, levou à contratualização de planos individuais de inserção com 7.509 utentes em acompanhamento, mais do dobro que em 2010 (3.433), e à atribuição de 490 altas sociais.
Segundo o relatório, 44% dos utentes que são acompanhados pela reinserção têm um plano individual de inserção em vigor.
As regiões do Norte e Centro apresentam um elevado número de utentes com planos individuais de inserção contratualizados, representando 80% do total de planos em vigor.
Os planos referentes a utentes com problemas ligados ao álcool representam 11% do total e foram contratualizados na totalidade nas equipas dos CRI e comunidades terapêuticas.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2706889&page=-1

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Problemas ligados ao consumo de álcool


Quais são os motivos/factores que levam alguém a consumir bebidas alcoólicas em excesso?
   Existem diversos motivos para que uma pessoa consuma álcool, como:  
·         Necessidade de álcool para aceitar a realidade;
·         Tendência a fugir às responsabilidades;
·         Sofre de angústia, é agressivo resiste mal às frustrações e às tensões;
·         O nível de consciência tende a levá-lo a uma conduta impulsiva;
·         Negligência perante a família;
·         Frequentes perdas de emprego;
·         Problemas financeiros;
·         Agressividade perante a sociedade;
·         Dificuldade em colaborar.

Os factores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psicológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos estes factores.

Quais os principais problemas ligados ao alcoolismo?
Deste modo, são definidos os principais tipos de Problemas Ligados ao Álcool (PLA):

Problemas ligados ao álcool, no indivíduo: efeitos episódicos agudos de um forte consumo de álcool; consequências de um consumo excessivo e prolongado de álcool; efeitos de um consumo de álcool em determinadas situações (e.g. gravidez, aleitamento e menoridade).

Problemas ligados ao álcool, na família do consumidor: perturbações da família e do lar do alcoólico; problemas e perturbações na descendência do alcoólico.

Problemas ligados ao álcool, no trabalho: diminuição de rendimento laboral, aumento do absentismo e ocidentalidade, reformas antecipadas.

Problemas ligados ao álcool, na comunidade: perturbações nas relações sociais e na ordem pública; delitos, actos violentos e criminalidade; desemprego; degradação da saúde e do nível de vida e bem-estar da comunidade; acidentes de viação.