quarta-feira, 21 de novembro de 2012

The European Party Friends Night

 
 
A Associação Existência, através do Projeto Nov’Ellos, cujo objectivo é o de reduzir o consumo e os riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas em contextos recreativos, vai promover, no dia 24 de Novembro, com início pelas 22h 30m, o evento The European Party Friends Night.
 
Este evento surge de uma iniciativa do Nightlife Empowerment and Well-being Implementation Project (NEWIP), Projecto Europeu financiado pela União Europeia.
 
Pretende  sensibilizar os frequentadores de contextos recreativos para a importância que os amigos têm em contextos de diversão, de forma a reduzir riscos e promover a segurança.

domingo, 18 de novembro de 2012

Europa descobre uma droga nova quase todas as semanas

Quase todas as semanas, o sistema de alerta rápido da União Europeia encontra uma nova droga. No ano passado, registou 49 novas substâncias psicoactivas. Nunca antes registara tantas. E os dados preliminares de 2012 remetem para um agravamento do cenário: já somam mais de 50. 
O número consta do relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), apresentado esta quinta-feira em Lisboa. Em 2010, tinham sido notificadas 41 novas drogas; em 2009, 24. A subida reflecte o fenómeno das “alternativas lícitas às drogas ilícitas”, as chamadas legal highs.

Dois terços integram dois grandes grupos: as catinonas sintéticas, como a mefedrona e o MDPV, que imitam os efeitos da cocaína, e os canabinóides sintéticos, que podem, por exemplo, ser encontrados nos produtos tipo spice. Mas há grupos químicos considerados “mais obscuros”.

O relatório sustenta que o recurso a múltiplas substâncias pode estar a aumentar. As amostras usadas nos testes revelam umas controladas e outras não. Exemplar será o uso de PMMA, uma substância que “apresenta um risco elevado de overdose e constitui uma grave ameaça para os consumidores”.

Os dados sobre o consumo destas drogas começam a aparecer a partir de estudos feitos na Irlanda, Espanha e Reino Unido. Tudo indica um consumo ainda baixo, mas com “forte possibilidade” de aumentar. Segundo um inquérito do Eurobarómetro de 2011, 5% dos jovens entre os 15 e os 24 anos afirmam já ter consumido euforizantes legais, as tais legal highs, em algum momento da sua vida.

A maior parte destas drogas é sintetizada fora da Europa. Vem, sobretudo, da China e, embora menos, da Índia. “As autoridades europeias responsáveis pela aplicação da lei têm descoberto instalações associadas à importação, mistura e embalagem. Os [seus] relatórios apontam para o envolvimento do crime organizado tanto na embalagem como na comercialização das substâncias em causa”, lê-se do documento.

São mais vendidas em lojas publicitadas como smartshops ou headshops. Podem ser apresentadas como drogas ilícitas, como ecstasy. E já aconteceu serem detectadas em produtos comercializados como “alimentos para plantas” ou “substâncias químicas usadas em investigação”.

A Internet desempenha um papel importante, disse ontem à noite Paul Griffiths, director científico, numa pré-apresentação a jornalistas de todo o espaço comunitário. De forma regular, o OEDT monitoriza as legal highs na Internet. O estudo mais recente data de Janeiro deste ano: “foram identificadas 693 lojas na Internet, contra 314 em Janeiro de 2011 e 170 em Janeiro de 2010”.

Há uma lista de alternativas lícitas com presença mais assídua nessas páginas electrónicas que aparecem e desaparecem com facilidade: três produtos naturais (kratom, sálvia, cogumelos alucinogénios) e oito substâncias sintéticas (cresceu muito a disponibilidade de várias catinonas sintéticas).

Diversos países fazem leis para controlar estas drogas. Para não perder mais tempo, alguns recorreram a leis já existentes. Itália, Polónia, Portugal e Reino Unido valeram-se de “diferentes tipos de leis relativas à segurança dos consumidores (do que resultou o encerramento de lojas) ou substâncias individualmente consideradas”, como a mefedrona, que se vendia como “substância fertilizante” ou “sais de banho”.

http://www.publico.pt/Sociedade/europa-descobre-uma-droga-nova-quase-todas-as-semanas--1572528

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Descoberta uma nova droga todas as semanas

A cada semana e descoberta uma nova droga na Europa. De acordo com o relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, foram notificadas 49 novas substancias, numero que já foi ultrapassado este ano, uma vez que, ate agora foram identificadas 57.
Desde 2005, foram notificadas pelo mecanismo de alerta rápido 214 novas drogas, havendo novos recordes a cada ano.
O aumento deve-se a uma evolução do fenómeno das drogas consideradas licitas, mas também a melhoria do processo de notificação.
Cerca de dois terços são canabinoides sintéticos ou catinonas sintéticas.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2887638&seccao=Europa

Cientistas israelitas desenvolvem cannabis medicinal sem efeito alucinogénico


 Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram um tipo de cannabis medicinal, neutralizando a substância THC, que gera os efeitos cognitivos e psicológicos conhecidos como alucinogénicos.


De acordo com Ruth Gallily, especialista em imunologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, a segunda substância mais importante da cannabis - o canabidiol (CBD) - tem propriedades «altamente benéficas e significativas» para doentes que sofrem de diabetes, artrite reumatóide e doença de Crohn.
Gallily, que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos, disse à BBC que o CBD que se encontra na planta «não gera qualquer fenómeno psicológico ou psiquiátrico e reprime reacções inflamatórias, sendo muito útil para o tratamento de doenças auto-imunes».
«Obtivemos resultados fantásticos nas experiências que fizemos in vitro e com ratos, no laboratório da Universidade Hebraica», afirmou a cientista, que é professora da Faculdade de Medicina.

De acordo com a responsável, após o tratamento com o CBD, o índice de mortalidade em consequência de diabetes nos animais foi reduzido em 60%, tanto em casos de diabetes tipo 1 como tipo 2.
«Para pacientes idosos que sofrem de artrite reumatóide, o uso da cannabis pode ter efeitos maravilhosos e melhorar muito a qualidade de vida», disse Gallily.
«Constatamos nas nossas experiências que o CBD leva à diminuição significativa e muito rápida do inchaço em consequência da artrite.»
A cientista afirma que remédios à base de CBD seriam muito mais baratos que os medicamentos convencionais no tratamento dessas doenças.
A empresa Tikkun Olam obteve a licença do Ministério da Saúde israelita para desenvolver a cannabis medicinal e cultiva diversas variedades da planta em estufas na Galileia, no norte de Israel.
De acordo com Zachi Klein, director de pesquisa da Tikkun Olam, mais de 8.000 doentes em Israel já são tratados com cannabis, a qual recebem com receitas médicas autorizadas pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Klein, a empresa pretende desenvolver um tipo de cannabis com proporções diferentes de THC e canabidiol, para poder ajudar diversos tipos de pacientes.
«Há pacientes para os quais o THC é muito benéfico, pois ajuda a melhorar o estado de espírito e abrir o apetite», afirmou.
Ele diz ainda que, em casos de doentes de cancro, a cannabis no seu estado natural, com o THC, pode melhorar a qualidade de vida, já que a substância provoca a fome, incentivando os pacientes a alimentarem-se.
Nos próximos meses, o Ministério da Saúde dará inicio a um estudo sobre os efeitos do THC e do CBD em pacientes que sofrem dores crónicas.
A experiência será feita com 50 pacientes, que serão divididos em dois grupos. Um grupo receberá cannabis com alto nível de THC e baixo nível de CBD e o segundo receberá mais canabidiol do que THC.
Depois de um mês os grupos serão trocados e, durante a experiência, os pacientes preencherão questionários avaliando as alterações na intensidade da dor.

domingo, 11 de novembro de 2012

Toxicodependência IDT avança com lei contra as "drogas legais" nas smartshops até fim do mês

O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) deverá avançar ainda este mês com uma proposta de criminalização das substâncias psicoactivas que compõem a maioria das chamadas "drogas legais" à venda nas smartshops, sob a forma de pílulas, ervas, incensos, suplementos e até fertilizantes. Apesar de maioritariamente surgirem como não sendo indicadas para consumo humano, estas substâncias são comercializadas com indicações sobre o modo como devem ser consumidas para obter um efeito psicotrópico e já terão provocado a morte de algumas pessoas em Portugal.

No mesmo dia em que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou a apreensão de 9.790 unidades daqueles produtos, na sequência de uma operação de fiscalização a 40 smartshops, o presidente do IDT, João Goulão, adiantou ao PÚBLICO que quer apresentar ainda este mês à tutela uma proposta de criminalização das duas "grandes famílias de substâncias" - os canabinóides sintéticos e as catinonas - que compõem a vasta maioria dos produtos comercializados nas smartshops do país.

"A maioria das substâncias à venda nestas lojas são parentes próximas de substâncias proibidas mas que, mercê de pequenas alterações na estrutura molecular, transformam-se noutras substâncias, cuja comercialização não está criminalizada. Dado o ritmo acelerado de criação destas drogas, uma forma de intervir será classificar as grandes famílias de substâncias", precisou Goulão.

Na região autónoma da Madeira já há legislação em vigor neste sentido, não obstante as reservas levantadas pelo Tribunal Constitucional. Apesar de reconhecer as dificuldades em criar uma lei eficaz na proibição da comercialização destas substâncias, João Goulão sublinha a urgência de igual medida numa altura em que as urgências hospitalares já registam casos de complicações e até mesmo de mortes relacionadas com o consumo destas "drogas legais".

"São situações agudas, como crises de taquicardia, surtos psicóticos, ataques de pânico. Há alguns relatos de mortes atribuídas a estas substâncias, mas não temos ainda a evidência de que tenha havido nexo de causalidade", disse João Goulão, citado pela agência Lusa.

Actualmente, a vasta maioria destas substâncias é protegida pelo facto de conterem indicação escrita de que não se destinam a consumo humano. Porém, como lembra o presidente do IDT, os próprios vendedores indicam aos clientes como consumir tais produtos para obterem um efeito psicotrópico. "A venda em lojas de porta aberta cria uma falsa ilusão de segurança nos consumidores e isso torna ainda mais importante que as coisas sejam clarificadas".

Enquanto não avança a lei, Goulão considera que a ASAE pode e deve continuar a fiscalizar as smartshops, "no âmbito da fiscalização da saúde pública, uma vez que há evidência de episódios graves".

Na última destas operações, quarta e quinta-feira passadas, a ASAE apreendeu 9.790 unidades de produto, num montante de 165.823 euros, instaurou um processo-crime e 26 processos de contra-ordenação e deteve uma pessoa. Desde Dezembro passado até hoje, a ASAE desenvolveu seis operações do género, tendo fiscalizado um total de 116 estabelecimentos e apreendido 62.000 unidades de produto, num valor aproximado de 735 mil euros.