sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Lei do tabaco provocou redução de 5% de fumadores

A aplicação da lei do tabaco provocou uma redução de cinco por cento do número de fumadores, mas um em cada quatro portugueses ainda morre prematuramente, em parte devido ao tabaco.

Quatro anos após a entrada em vigor da legislação que veio proibir o fumo na maioria dos espaços públicos fechados, as notícias, para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, são animadoras: há menos fumadores em Portugal.
"O facto de não se poder fumar em qualquer lado levou a uma redução de cinco por cento dos fumadores", lembrou o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Carlos Robalo Cordeiro, referindo-se a um estudo nacional que indica que a lei do tabaco levou a que 5,1 por cento(%) dos fumadores deixassem de fumar e 22,3% diminuísse o consumo.
O estudo sobre o impacto da legislação coordenado pela Direção Geral de Saúde - o Infotabaco - detetou ainda uma "diminuição muito significativa do tabagismo passivo, que diminuiu 20 por cento".
A mudança de hábitos já começa a refletir-se timidamente na saúde dos portugueses: "em 2009 diminuiu o número de internamentos por doenças cardiovasculares e os episódios de internamento por Doença Pulmonar Obstrutiva mostram uma tendência de diminuição", lembrou o presidente da SPP.
De acordo com o Infotabaco, os episódios de internamento por doença isquémica cardíaca "diminuíram pela primeira vez em 16 anos".
Apesar das notícias, o diretor-geral de Saúde, Francisco George, considerou que ainda há muito por fazer: "Temos de ser todos mais exigentes com a prevenção e controlo do tabagismo", disse o responsável, defendendo que "não faz sentido que aqueles que não fumam fumem os cigarros dos outros em espaços fechados".
Entre 2005 e 2010, Portugal passou a ser o país europeu com maior diminuição de prevalência de fumadores passivos no local de trabalho (cerca de 20%), estando agora na 6.ª posição na Europa a 27.
No entanto, o último estudo nacional alerta precisamente para o facto de os espaços criados especificamente para os fumadores (como por exemplo em centros comerciais ou locais de trabalho) serem "locais inóspitos, com extração deficiente que faz com que se contamine o ar circundante".
Nestes quatro anos os inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) registaram 830 casos em que os espaços para fumadores não cumpriam os requisitos necessários.
Francisco George lembrou que o tabagismo ainda é a principal causa de morte prematura em Portugal, que atinge os 24,3 por cento da população: "Um em cada quatro portugueses não atinge os 70 anos de idade, em grande parte devido ao tabagismo".
No período de vigência da lei do tabaco, apenas 38,3% dos fumadores admitiu ter alterado os seus hábitos tabágicos, mas depois 64% dos inquiridos disse ter deixado de fumar quando está ao pé de filhos, crianças ou mulheres grávidas. Mais de um quarto dos fumadores (27,2%) deixou de fumar dentro de casa e um quinto (19,9%) não voltou a acender um cigarro no carro, refere o Infotabaco.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2213664&page=-1

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Relatório da droga Só 25 processos por álcool abaixo dos 16 anos

Governo quer subir para os 18 anos a idade legal para o consumo e venda de álcool, mas o reduzido número de contra-ordenações registado em 2010 prova a ineficácia da fiscalização.
No ano passado apenas foram instaurados 25 processos de contra-ordenação por venda e consumo de álcool a menores de 16 anos em locais públicos, informou ontem o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, sublinhando que aquele dado é a prova da ineficácia da fiscalização e de que pouco serve subir a idade legal para 18 anos, se não houver mudanças na área.

Além da divulgação dos dados sobre a situação do país em matéria de drogas e toxicodependências, constante no relatório anual do IDT de 2010 que ontem foi apresentado, Goulão levou ao Parlamento dados sobre o consumo de álcool no país. Em Portugal é proibido por lei vender e ingerir álcool abaixo dos 16 anos, mas, no ano passado, apenas foram abertos dez processos de contra-ordenação por consumo de álcool e outros 15 por venda de bebidas a miúdos abaixo daquela idade. De acordo com o último Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco e Drogas, realizado este ano com base num inquérito feito a 13 mil alunos, aos 16 anos 9% dos rapazes e 5,5% das raparigas dizem ter-se embriagado, no último ano, entre seis a 19 vezes.

O Governo anunciou recentemente que vai subir a idade legal para 18 anos. O presidente do IDT disse que os dados são a prova de que "não há fiscalização aos 16 anos, não haverá aos 18 anos, não vale a pena alterar a lei", a não ser que seja acompanhada "pelo aumento da capacidade de intervenção efectiva da fiscalização".

O presidente do IDT notou também que das 31.235 ocorrências de violência domésticas registadas em Portugal no ano passado, 43% estão relacionadas com problemas ligados ao álcool.

Quanto ao panorama das drogas, o responsável traçou ontem aos deputados da Comissão parlamentar de Saúde um retrato positivo da evolução do fenómeno. À cabeça destacou a continuação do decréscimo das infecções por VIH entre os toxicodependentes. Nas notificações de casos de VIH diagnosticados em 2010, os casos associados à toxicodependência representavam 15%, um valor que sobe para 41%, se se tiver em conta o total acumulado de notificações. Os novos casos diagnosticados com VIH associados à toxicodependência foram 149 casos em 2010, 387 em 2008, 521 em 2006 e 662 em 2004.

Mas a apresentação ficou sobretudo marcada pelo já anunciado fim do IDT e o futuro incerto do sector. Este organismo vai desaparecer para dar origem ao Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, passando a área do tratamento para a alçada das administrações regionais de Saúde.

Os partidos de esquerda alertaram para os riscos da mudança. Face aos "ganhos em saúde" na área, a deputada socialista Elza Pais criticou "o desmantelamento do IDT", em vez da consolidação "de um modelo de sucesso". A deputada comunista Paula Santos disse temer "que o desinvestimento possa colocar em causa a capacidade de intervenção". João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda, afirmou que "a mudança é uma verdadeira aventura numa altura em que tudo desaconselhava à mudança", vendo nestas alterações uma forma de "mudar a política da droga, não [vendo] outra justificação".

Embora não se tenha pronunciado sobre Portugal, o director do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Wolfgang Götz, que esteve na apresentação, avisou que não deve ser "subestimado o impacto dos cortes na área", referindo que em termos europeus a crise já afectou intervenções na investigação, prevenção e reintegração social.

22.12.2011 - 21:01 Por Catarina Gomes

http://www.publico.pt/Sociedade/so-25-processos-por-alcool-abaixo-dos-16-anos-1526197

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Segurança rodoviária defende diminuição da taxa de alcoolemia para jovens

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária defende a redução da taxa de alcoolemia para 0,2 gramas por litro de álcool de sangue (g/l) para os jovens, porque 34% dos mortos na estrada apresentam taxas superiores a 0,5 gramas.
Em declarações à agência Lusa o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques, disse a propósito da revisão do Código da Estrada que "a redução da taxa de álcool na faixa etária dos 18 aos 24 é uma medida positiva".
Existe um "conjunto de dados e de estudos que apontam para as vantagens em reduzir a taxa de álcool para valores mais baixos", referiu o presidente da ANSR, citando que "34% dos condutores mortos na estrada, apresentam nas autopsias valores, de álcool no sangue superiores a 0,5 g/l".

Vários estudos apontam que "os mais jovens, entre os 18 e os 24 anos, com uma taxa de álcool no sangue de 0,2 gramas por litro será equivalente a uma taxa de álcool de 0,5 nos adultos", acrescentou.
Apesar de existir uma recomendação da União Europeia de 2001 que avançava com os valores de 0,2 g/l para os jovens, a medida também já estava inscrita na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, referiu Paulo Marques.
A revisão do Código da Estrada está a ser estudada pela tutela e este é um assunto que está em cima da mesa, concluiu o presidente da ANSR.
O Diário de Notícias refere, esta quarta-feira, que no âmbito da revisão do Código da Estrada a Prevenção Rodoviária Portuguesa quer restringir ainda mais a utilização dos telemóveis, que ainda é possível através de "kit" mãos livres, sobretudo aos jovens.
  

sábado, 10 de dezembro de 2011

Missão Sorriso 2011 - Projecto Associação Existências


A Associação Existências candidatou-se à Missão Sorriso, com o PROJECTO CRESCER, que pretende apoiar idosos em situação isolamento social.
Só tem de ir ao endereço www.http://missaosorriso.continente.pt/ e votar no nosso projecto (pág. 4).

Contamos consigo!!
Obrigada