Autarca quer pôr na ordem os jovens espanhóis que trazem para as madrugadas algarvias ruído e álcool, que "acabam sempre em vandalismo e em desordem"
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa
Jornal Público13.08.2008
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa
Jornal Público13.08.2008
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