segunda-feira, 6 de julho de 2009

ESPAD/2007

NOTA DE IMPRENSA
para
Apresentação de resultados do ESPAD/2007
Lisboa, 26 de Março de 2009

O “ESPAD – European School Survey on Alcohol and Drugs” é um inquérito a nível europeu, que se realiza actualmente em 35 países de acordo com uma metodologia normalizada, de modo a permitir a máxima comparabilidade possível entre os resultados dos diversos países. Conta com o apoio do Grupo Pompidou do Conselho da Europa e do OEDT –
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Este inquérito repete-se a cada 4 anos, foi iniciado em 1995, e Portugal participa desde o início. A sua realização é coordenada, a nível europeu, por Björn Hibell do CAN (Suécia) e um grupo de investigadores e, em cada país participante, por um investigador que o desenvolve com o apoio de uma ou mais instituições nacionais. No nosso país tem sido desenvolvido no IDT, IP (IDT, IPDT, GPCCD) com o apoio do Ministério da Educação e desde 2000, a coordenadora nacional do ESPAD é Dr. Fernanda Feijão, actual Responsável pelo Núcleo de Estudos e Investigação do IDT.

As amostras são representativas dos alunos que completam 16 anos no ano em que decorre a recolha de dados do estudo (nesta caso 2007) e o objectivo do estudo é obter informação que permita acompanhar a evolução dos consumos de substâncias psicoactivas (álcool, tabaco, drogas e medicamentos) entre os adolescentes europeus.

As principais conclusões do Relatório que agora se apresenta apontam genericamente para uma descida dos consumos (cfr. pg. 15 do relatório). Em síntese, e por grupos de substâncias:

- A nível europeu, de 2003 para 2007:
- TABACO - é a substância em que a tendência para a descida das prevalências de consumo (percentagens de consumidores no período de tempo em referência) é mais generalizada; com efeito assiste-se à descida em quase todos os países, Portugal incluído.
- ÁLCOOL – Globalmente a tendência é para a descida ou manutenção das prevalências de consumo, mas em muitos países há um aumento da percentagem de consumidores com padrões de consumo intensivos, Portugal incluído.
- DROGA – Globalmente, há um grupo de países (maioritariamente da Europa de Leste) em que há um aumento das prevalências de consumo (particularmente no que se refere a outras drogas que não a cannabis), outro grupo com uma certa estabilidade (variações até ± 5%) – o decréscimo em Portugal está neste intervalo – e um terceiro grupo de países em que a descida é mais acentuada, em particular alguns daqueles em que as prevalências eram das mais elevadas.
De referir que a tendência, relativamente ao consumo de cannabis é, genericamente, para o decréscimo ou manutenção do nível anterior e consumos.
- OUTRAS SUBSTÂNCIAS – relativamente aos “Tranquilizantes ou Sedativos”, aos “Inalantes” e “Álcool com Comprimidos”, as tendências gerais são, também, para a manutenção dos níveis anteriores de consumo, Portugal incluído.

Em síntese, e no que a Portugal diz respeito, os resultados mostram a descida no consumo de tabaco, um agravamento nos padrões de consumo de álcool, decréscimo ou estabilização nos consumos de drogas ilícitas e estabilização nos consumos das outras substâncias.

Publicado originalmente no sitio do IDT
relatório disponível no seguinte endereço:
http://www.idt.pt/PT/COMUNICACAOSOCIAL/COMUNICADOSIMPRENSA/Paginas/ESPAD2007eECATD2007.aspx

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