quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tipos de Drogas_Drogas Depressoras

No conjunto das drogas depressoras, as mais conhecidas são o álcool, a heroína, a morfina, os remédios ansiolíticos e antidepressivos (barbitúricos) e seus derivados. O seu principal efeito é retardar o funcionamento do organismo, tornando todas as funções metabólicas mais lentas.

A heroína é uma substância inalável, podendo ser injetada, o que leva a um quadro de euforia. Quando inalada, porém, resulta em forte sonolência, náuseas, retenção urinária e prisão de ventre – efeitos que duram cerca de quatro horas. A médio prazo, leva à perda do apetite e do desejo sexual e torna a respiração e os batimentos cardíacos mais lentos. Instalada a dependência, o organismo apresenta forte tolerância, obrigando o usuário a aumentar as doses. A sobredosagem pode resultar em coma e morte por insuficiência respiratória.
Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos com os da heroína, porém, com características euforizantes menores. Seu efeito depressor é explorado pela Medicina há várias décadas, principalmente no alívio da dor de pacientes com câncer em estado terminal.
Outra preocupação constante dos médicos é o uso abusivo dos antidepressivos e ansiolíticos (barbitúricos). Para pessoas que têm doenças psiquiátricas, como depressões e os distúrbios de ansiedade, estas drogas são extremamente importantes, pois o tratamento adequado atenua o mal-estar e permite que o indivíduo leve uma vida normal. Como o próprio nome indica, os antidepressivos aliviam a ansiedade e a tensão mental, mas causam danos à memória, diminuição dos reflexos e da função cardiorrespiratória, sonolência e alterações na capacidade de juízo e raciocínio. A conduta do utilizador é muito parecida com a do dependente alcoólico. Em pouco tempo, estas drogas causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias perturbações mentais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tipos de drogas_Drogas Estimulantes

As drogas estimulantes mais conhecidas são as anfetaminas, a cocaína e seus derivados. As anfetaminas podem ser ingeridas, injectadas ou inaladas. A sua acção dura cerca de quatro horas e os principais efeitos são a sensação de grande força e iniciativa, excitação, euforia e insónia. Em pouco tempo, o organismo passa a ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores. A médio prazo, a droga pode produzir tremores, inquietude, desidratação da mucosa (boca e nariz principalmente), taquicardia, efeitos psicóticos e dependência psicológica.

A cocaína também pode ser inalada, ingerida ou injetada. A duração dos efeitos varia, as a chamada euforia breve persiste por 15 a 30 minutos, em média. Nos primeiros minutos, o consumidor tem alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, ele pode ser náuseas e insônia. Segundo os especialistas, em pessoas que têm problemas psiquiátricos, o uso de cocaína pode desencadear surtos paranóides, crises psicóticas e condutas perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a inalação deixa lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco de contaminação por outras doenças (IST's/SIDA). Em todas as suas formas, pode causar dependência.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Consumo de álcool

O Instituto da Droga e Toxicodependência quer proibir o consumo de álcool a menores de 18 anos e aumentar a fiscalização. A lei actual já prevê os 16 como idade limite, mas nem sempre é cumprida. Nalguns bares e discotecas de Lisboa, há miúdos de 13 anos a beber copos à noite.
De acordo com o II Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas da População, o início do consumo de bebidas alcoólicas está a aumentar entre os 15 e os 17 anos, passando dos 30 por cento em 2001 para os 40 por cento em 2007.
Quase metade dos jovens entre os 15 e os 24 anos admitiu, pelo menos uma vez no último ano, ter tido um consumo tipo «binge» (mais de quatro doses de bebida numa só ocasião) e 11,2 por cento dos adolescentes entre os 15 e os 19 anos assumiram «ter-se embriagado no último mês».
O Inquérito Nacional em Meio Escolar diz que «a cerveja voltou a ser a bebida com maior prevalência de consumo entre os alunos», mas, nos bares das Janelas Verdes, os jovens garantem que «o melhor são os shots».
Os consumidores «apresentam também com mais frequência envolvimento com experimentação e consumo de tabaco e substâncias ilícitas e envolvimento em lutas e situações de violência na escola», alerta o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, do IDT, que a partir de hoje está em discussão.
Para reduzir os consumos, o IDT vai propor ao Ministério da Saúde que altere a permissão de venda e consumo dos actuais 16 para os 18 anos. A «promoção da fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda» é outra das propostas apresentadas no plano.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=372300&page=0

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Plano Nacional para o Álcool

Tal como acontece na maior parte da Europa, Portugal deverá mudar a idade mínima para beber.
O IDT quer que a idade legal para a compra a consumo de bebidas alcoólicas passe de 16 para os 18 anos. A proposta vai ser feita ao Ministério da Saúde até 2010 e integra o Plano Nacional para a Redução dos Problemas do Álcool. O documento começa a ser discutido amanhã e prolonga-se pelo próximo mês.
Médicos e especialistas estão de acordo com esta medida, que está em vigor na maioria dos países europeus, à excepção de Itália e algumas regiões de Espanha. Temem porém que a fiscalização desta norma não seja diferentes da actual. "É uma vergonha. Vemos jovens de 14 ou 15 anos a beber em bares e nas ruas e nada parece ser fiscalizado", diz o psiquiatra Luís Patrício. De forma a garantir o cumprimento desta medida, IDT e entidades parceiras do plano vão promover a fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda de bebidas alcoólicas e divulgar os resultados obtidos em articulação com a ASAE.

O consumo de álcool em crianças, jovens e grávidas é uma área prioritária do plano. Segundo João Goulão, o presidente do IDT, o principal objectivo do mesmo é reduzir os consumos, mas sobretudo "focar-se na diminuição das consequências nefastas do consumo abusivo, quer sejam a nível da sinistralidade rodoviária, saúde, a nível familiar, social ou laboral".
O enfoque nos jovens baseia-se em dados que mostram a enorme proporção de jovens que consome estas bebidas e que o faz da pior forma: no segundo inquérito nacional ao consumo de substâncias psicoactivas na população em geral em 2007, conclui-se que 40% iniciou o consumo de álcool entre os 15 e os 17 anos. Em 2001, esta faixa era de 30%.
Já o consumo binge (mais de seis bebidas por homem ou quatro por mulher numa ocasião) foi admitida por 48,3% dos inquiridos entre os 15 e os 24 anos, que o fizeram pelo menos uma vez no último ano. João Goulão diz que até 2012, o objectivo é baixar esta percentagem para menos de 43%". Já os casos de embriaguez no último ano deverão cair de 34,6% para 30%, admite.

O novo plano, que terá de ser aprovado em conselho de ministros depois da discussão pública, tem como objectivo geral diminuir a exposição ao álcool de crianças por nascer, em famílias com problema associados à bebida e em jovens. Além das propostas relativas à idade do consumo pretendem criar-se linhas de intervenção junto das grávidas e elaborar materiais de sen- sibilização, bem como encaminhar quem precisa para as entidades que intervêm em caso de consumo abusivo.
João Goulão realça que, "nas grávidas, o consumo deve ser zero, porque pode originar malformações nos bebés, baixo peso ou problemas de desenvolvimento", explica.
A protecção das crianças em famílias problemáticas terá novas linhas e o acesso às estruturas de saúde será facilitado, através de uma rede de acompanhamento. Na publicidade, as empresas vão auto-regular-se e impedir a venda aos mais jovens.
Este Plano propõe que o combate ao álcool seja feito em sete áreas: crianças, jovens e grávidas, sinistralidade rodoviária, adultos em meio laboral, comunicação e informação, criação de bases de dados comuns, tratamento, reinserção e também prevenção.
Diana Mendes
http://dn.sapo.pt/2009/02/08/sociedade/consumo_alcool_a_partir_18_anos.html

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Plano nacional contra alcoolismo sugere proibição de venda de álcool a menores de 18

O novo Plano Nacional para a Redução dos Problemas do Álcool, que será discutido a partir de amanhã, propõe a proibição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, noticia hoje o “Diário de Notícias”. Até agora a venda era permitida a partir dos 16 anos.
O documento, redigido pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), que será entregue ao Ministério da Saúde até 2010, prevê assim uma medida já em vigor na maioria dos países da União Europeia, com excepção da Itália e de algumas regiões espanholas e agrada a médicos e especialistas.
João Goulão, presidente do IDT, adiantou ao “Diário de Notícias” que o plano prevê uma fiscalização mais apertada nos locais de consumo, em articulação com a ASAE, e uma intervenção prioritária na prevenção do consumo de álcool entre grávidas e crianças e adolescentes.
O plano prevê ainda uma redução da taxa legal de alcoolemia para novos condutores dos 0,5 actuais para os 0,2 gramas por litro de sangue.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364419&idCanal=62

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Noites de sumo para evitar álcool

A primeira quarta-feira do mês é diferente, no Bar Quebra, em Coimbra. As bandejas levam álcool e sumos naturais, porque é noite de "Juicy Event" ("Evento Sumarento"). Tudo em nome da nossa saúde.
Por detrás da iniciativa está a associação Existências, sem vocação para dar lições de moral, mas preocupada com os riscos associados ao consumo de álcool. "A saúde das pessoas é que nos move. Não adoptamos uma postura de não consumo de álcool. Dizemos: consome informado, sabendo os efeitos que tem", explica Paulo Anjos, dirigente da associação sediada em Coimbra. O JN esteve lá, na noite de anteontem, e confirmou: eles não vedam o álcool a ninguém. Mas o responsável do bar, Paulo França, consegue ser muito persuasivo.
"Ia pedir um fino, só que o empregado convenceu-me a beber um sumo", conta Miguel Tavares, 19 anos, estudante de Engenharia Informática habituado a consumir álcool. Ao lado está a açoriana Catarina Cordeiro, de Psicologia. Tem 20 anos e aplaude a ideia. Ela não deu luta na hora de trocar o café pelo sumo de kiwi, banana e maracujá: "Devia haver sempre alternativas destas, nos bares. Sabe bem variar".
Esta é a terceira edição do "Juicy Event". O Bar Quebra foi o aliado desde a primeira hora. E Paulo França aproveita para treinar as suas receitas de sumos naturais, feitos a partir de fruta fresca, cedidos a troco de euro e meio. "Muitas das ideias vêm das papas que dou à minha filhota, que tem três anos", conta. Paulo, que trabalha ali há quase uma década, tem um sentido de dever apurado. "Temos de ser educadores de boémios. Quando achamos que o cliente já está a exagerar no consumo de álcool, convencemo-lo a não beber mais". Este é mais um passo no sentido de educar - desta feita, os hábitos dos noctívagos.
"Há uma relação entre sair à noite e beber álcool. A ideia não é fazer as pessoas evitar esse consumo, mas mostrar que há outros, melhores para a saúde", esclarece Paulo Anjos. Três vezes por semana, a associação faz rondas pelos bares e discotecas de Coimbra, distribuindo panfletos a informar sobre os riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas - lícitas e ilícitas - em contextos recreativos nocturnos. É que estes "eventos sumarentos" fazem parte do "Nov' Ellos", um projecto mais vasto, apoiado pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, que pretende, não apenas prevenir o consumo, mas também reduzir os perigos inerentes.
Os jovens adultos são o alvo principal destas campanhas. Maria Lobo, psicóloga e técnica do projecto "Nov'Ellos", fala em miúdos de 12 anos já com hábitos de consumo regular de bebidas alcoólicas, por exemplo. E concluiu, com base num questionário a 300 alunos da Universidade de Coimbra, que mais de 50% consome álcool semanalmente. "As pessoas têm muito receio das drogas ilegais. O álcool é mais tolerado. Assustam-se, se souberem que os filhos experimentaram cannabis; mas não se souberem que eles se embebedam todos os fins-de-semana", exemplifica.
Outra tendência observada é que os jovens começam a beber cada vez mais cedo, optando, sobretudo, pelas bebidas destiladas, com alto teor alcoólico. "Hoje há uma moda: quanto mais rapidamente me embebedar, melhor", diz Paulo Anjos. No autocolante que se prepara para afixar na casa-de-banho, lê-se: "O uso de álcool e outras drogas em ambientes recreativos não é obrigatório, nem sinónimo de diversão ou bem-estar!".
Carina Fonseca

Imagens: Juicy Event 3



















Ficam aqui algumas imagens do Juicy Event 3, que decorreu dia 4 de Fevereiro, no bar Quebra desta vez, com a proposta de dois novos sabores para conSumos naturais.
No próximo dia 4 de Março, voltamos a contar com a presença de todos os que queiram participar connosco neste evento.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Consumo de cannabis

O consumo de cannabis entre adolescentes portugueses desceu 10 por cento entre 2002 e 2006, revela um estudo da Universidade de Lausanne (Suíça). A razão está relacionada com o aumento das redes sociais na Internet e dos chats de conversação, que retêm os jovens em casa durante mais horas, ao mesmo tempo que reduzem as saídas semanais.
A investigação, publicada na revista Archives of Pediatrics and Adolescents and Adolescents Medicine, abrangeu 93 mil jovens em 31 países, concluindo que a tendência para descida de consumo daquela droga é generalizada.
http://jornal.publico.clix.pt/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Popers


Apresentação

O Nitrato de Amyl é conhecido pelos seus consumidores pelas denominações poppers, rush ou liquid gold. É um líquido amarelado, altamente inflamável, que é geralmente vendido em garrafas pequenas. O seu consumo é feito por inalação de vapores através de uma garrafa pequena ou tubo, por vezes em conjunto com outras drogas como o ecstasy.
Tem uma acção psicadélica e provoca relaxamento dos músculos lisos e vasodilatação.


Origem

O nitrato de amyl foi descoberto durante o século XIX. Em 1857, Brunton fez a administração do nitrato por inalação e observou a diminuição da dor em 30 ou 60 segundos. Em 1879, William Murrell encontrou semelhanças entre a acção desta substância e a da nitroglicerina, pelo que a primeira começou a cair em desuso. Nos anos 80, o nitrato de amyl começou a ser usado de forma não terapêutica devido aos seus efeitos psicadélicos.

Efeitos

Esta substância tem efeitos que duram apenas 2 ou 3 minutos e que podem incluir agitação, riso histérico, náuseas, tonturas, aumento do prazer sexual, relaxamento muscular, rubor facial, dor de cabeça, sensação de desmaio, mau-estar ou problemas de pele à volta da boca e nariz.

Riscos

Podem queimar a pele se entornados ou ser fatais se engolidos.
Os poppers não devem ser consumidos por pessoas com anemia, problemas cardíacos, de tensão arterial, respiratórios, de visão e glaucoma.
Não devem ser misturados com estimulantes (porque ambos provocam taquicardia) nem com Viagra.
Dependência
Não cria dependência física mas pode criar dependência psicológica.

Retirado de: http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=amyl

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Taxas autárquicas à Queima das Fitas


Na tomada de posse da DG/AAC para 2009, o presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) cessante, André Oliveira, foi o primeiro a tomar a palavra.
(…)
Sobre a perspectiva da Câmara Municipal de Coimbra cobrar taxas autárquicas à Queima das Fitas, André Oliveira teceu algumas críticas e convidou o “poder local a não esquecer tudo isto [o papel da AAC] sob pena de serem os próprios estudantes a esquecerem o governo da cidade”.
(…)
Retirado de
Jornal Universitário de Coimbra - A CABRA - Secção de Jornalismo da Associação Académica de Coimbra

Juicy Event 3

No dia 4 de de Fevereiro realiza-se o Juicy Event 3 no bar Quebra, em Coimbra. Este evento é organizado pela Associação Existências, no âmbito do Projecto Nov'Ellos.

Como habitualmente será proposto aos presentes que experimentem os sumos naturais
existentes. Serão ainda disponibilizados materiais preventivos e informativos sobre substâncias psicoactivas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Queima das Fitas de 2008 em Coimbra



Queima das Fitas de Coimbra de 2008 deu lucro recorde superior a um milhão de euros.

Organização registou mais de 500 mil entradas nas nove noites de concertos na Praça da Canção.


A Queima das Fitas de Coimbra alcançou na edição de 2008 os melhores resultados de sempre com um lucro de 1,24 milhões de euros e com mais de 500 mil entradas registadas nas nove noites de concertos na Praça da Canção. As receitas vão ser distribuídas pelas secções culturais e desportivas da Associação Académica (AAC), mas também utilizadas no pagamentos de dívidas que resultaram de edições anteriores da Queima, como a de 2005, que teve um prejuízo de 140 mil euros.A organização da festa estudantil, que apresentou ontem o relatório e contas da edição de 2008, defende que o aumento significativo das receitas ficou sobretudo a dever-se à maior afluência de público, mais 20 por cento do que na edição de há dois anos, e também à gestão "rigorosa". Grande parte das verbas, cerca de 961 mil euros, vai ser distribuída à direcção-geral da AAC, mas também a todas as secções e organismos da associação. E a lista de necessidades é longa: a linha SOS Estudante precisa de pagar o número azul de que beneficia; a secção de ioga quer aproveitar as receitas para comprar zafus e futons (almofadas e colchões de origem oriental); a secção de jornalismo quer uma máquina fotográfica e três gravadores digitais; a tuna de Medicina quer comprar instrumentos; e há também repúblicas de estudantes que querem aproveitar para fazer obras de beneficiação."Estas verbas são essenciais para a vida da AAC e por isso é uma responsabilidade muito grande organizar uma festa como a Queima das Fitas", realça Nuno Pais, presidente da organização da Queima de 2008. Mas nem sempre a Queima ajudou a AAC. Cerca de 13 mil euros das receitas deste ano vão também servir para pagar dívidas de edições anteriores, inclusive parte dos prejuízos da Queima de 2005, que teve perdas de 140 mil euros, um valor negativo que a organização desse ano defendeu ter ficado a dever-se a um deficiente controlo nas entradas do recinto da festa, que permitiu que milhares de pessoas assistissem aos concertos sem pagar bilhete. À semelhança de outros anos, as receitas da festa vão ser também direccionadas para o projecto Queima Solidária, que tem apoiado instituições de solidariedade social.

Jornal Público, 20.01.2009, André Jegundo

Papilas gustativas abrem caminho à dependência do tabaco


Nem só o cérebro têm receptores à nicotina, a substância do tabaco que cria dependência, existem também receptores nicotínicos nas papilas gustativas, segundo um estudo publicado segunda-feira na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Até agora, os cientistas pensavam que a nicotina teria de migrar até ao cérebro, passando pelos pulmões e a corrente sanguínea, para conseguir os seus efeitos.
No entanto, uma equipa de investigadores descobriu que existe um segundo caminho de reconhecimento da nicotina que provavelmente contribui para a dependência. É na boca que se encontram esses receptores, que são responsáveis pela activação do córtex gustativo (no cérebro). Os investigadores explicam que a nicotina estimula os sistemas na boca: um relacionado com o sabor amargo e outro específico da nicotina.Os receptores da nicotina presentes nas papilas gustativas produzem a activação neuronal do córtex gustativo, que está na ilha do córtex.Sabe-se que os danos nessa região cerebral podem terminar de forma instantânea com a adição à nicotina, pelo que os cientistas estudam agora se os receptores bucais estão relacionados com os efeitos dessa substância no cérebro.Se assim for, o bloqueio pode converter-se numa arma eficaz contra o tabagismo.O poder aditivo do tabaco reside no efeito que a nicotina tem no cérebro. A equipa de investigadores sugere que o desenvolvimento de medicamentos para aplicar nos receptores bucais da nicotina de forma tópica reduziria drasticamente os efeitos secundários dos tratamentos actuais.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

"Juicy Events 2"

No próximo dia 7 de Janeiro de 2009 a Associação Existências, no âmbito do Projecto Nov'Ellos irá realizar o segundo "Juicy Event” no Bar Quebra, com a presença habitual do DJ by accident.


Através desta actividade pretende-se promover o consumo de bebidas não alcoólicas, nomeadamente sumos naturais.


Tal como na primeira sessão será realizada a distribuição de material informativo sobre substâncias psicoactivas e preventivo e existirão vários sumos naturais para consumo.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um quinto dos portugueses fuma menos por causa da nova lei.










Um quinto dos portugueses fuma menos por causa da nova lei.
Um ano após a entrada em vigor da Lei do Tabaco, o universo de fumadores terá diminuído em cinco por cento, e um quinto diz que passou a fumar menos nove cigarros por dia por causa das restrições ao consumo em locais de trabalho e espaços públicos, revela um estudo que será hoje apresentado em Lisboa. A ministra da Saúde, Ana Jorge, começou ontem a levantar o véu sobre os primeiros resultados da avaliação do impacto da Lei do Tabaco. Desde 1 de Janeiro que é proibido fumar em locais de trabalho e espaços públicos, como restaurantes, bares e discotecas. Inquiridos 6308 portugueses com mais de 15 anos, numa amostra representativa da população do continente, conclui-se que cerca de cinco por cento dos fumadores dizem ter deixado de fumar no último ano. A prevalência de fumadores neste estudo é 16 por cento da população. Resta é saber se continuarão a não fumar, isto porque 54 por cento dos fumadores dizem já ter tentado fazê-lo alguma vez na vida. Os inquéritos foram feitos entre Maio e Novembro. 18 cigarros por dia Em média, os homens fumam 18 cigarros por dia e as mulheres 13. Os dados do inquérito dizem que 22 por cento fumam menos, por causa das restrições impostas pela legislação. Um dos medos dos legisladores era que, não podendo fumar em locais públicos, os portugueses estivessem a fazê-lo mais em casa. São 43 por cento os que dizem que rotineiramente puxam do cigarro em ambiente doméstico - número que é menor na presença de grávidas ou crianças - mas a proporção não aumentou, referem os dados do estudo preparado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) com o trabalho de campo da empresa EpiScience. O coordenador do programa de prevenção e tratamento do tabagismo da Administração Regional de Saúde do Norte, Sérgio Vinagre, diz que os bons resultados se ficam a dever a uma série de factores. Um deles foi a aposta nas consultas de cessação tabágica - que passaram de 150 para 240: um aumento de 60 por cento - e ao facto de se ter falado muito no tema e de ter havido campanhas de sensibilização. O médico diz não se deve abrandar em nenhuma destas frentes, sob pena de o efeito positivo se perder e diz que há exemplos de países que se saíram melhor no primeiro do que no segundo ano de aplicação da lei. Chama, por isso, a atenção para o facto de "a lei não estar a ser respeitada uniformemente" e alerta para o perigo de se assistir "a um retrocesso": "Há esforços para continuar a aumentar as vendas de tabaco". Números da Associação Nacional de Grossistas de Tabaco apontam para a descida de 13,5 por cento nas vendas de tabaco de Janeiro a Outubro, face ao mesmo período do ano anterior, mas o seu presidente, Jorge Duarte, não atribui apenas à lei as quebras. Fala da crescente subida do preço dos cigarros e da crise económica. O número português da quebra de vendas reflecte uma tendência europeia de descida, semelhante à verificada em países que aplicaram leis antitabaco do mesmo tipo. Um balanço feito pela Comissão Europeia sobre o assunto constata que em Itália, onde a proibição de fumar em locais públicos é de 2005, as vendas de tabaco desceram oito por cento, na Noruega andou nos 14 por cento. Em Espanha a legislação aplicada foi mais flexível e previa a hipótese de os proprietários dos estabelecimentos poderem optar pela proibição. Neste país a venda de cigarros foi em sentido inverso, tendo aumentado desde que entrou em vigor a lei antitabaco, em 2006.Asmáticos beneficiadosPara Luís Rebelo, médico e Presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, mais importante do que saber que efeitos a lei teve sobre os fumadores é perceber que benefícios trouxe aos não-fumadores, uma vez que o seu grande objectivo era proteger do fumo passivo. E aqui os resultados também parecem ser positivos. O estudo revela que 35 por cento dos cidadãos admitem ter sentido melhorias na sua saúde. Os que sofrem de asma são os que mais assinalam benefícios, seguidos dos que têm rinite, problemas nos olhos, alergias e bronquite. No geral, 94 por cento dos inquiridos acham que a lei protege a saúde. Genericamente, há grande apoio em torno da lei, mas tudo depende do local de que estamos a falar. O apoio maior é em serviços de saúde e estabelecimentos de ensino (quase 100 por cento), nos locais de trabalho desce para os 88 por cento, nos restaurantes são 80 por cento os que concordam com a proibição, descendo para os 68 por cento em caso de cafés. A concordância às restrições é menor em bares, pubs e discotecas (61 por cento).Já quanto ao seu cumprimento, só 35 por cento dizem que está a ser "totalmente respeitada", 43 por cento que está a ser "moderadamente respeitada" e 13 por cento que está a ser "pouco respeitada".

31.12.2008, Jornal Público, Catarina Gomes




sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

beba com cabeça



Site permite medir hábitos de consumo alcoólico
"Seja responsável, beba com moderação." A frase é conhecida, mas afinal o que é beber com moderação? As dúvidas já podem ser testadas através de um simulador que, indicando o sexo do utilizador, o tipo e a quantidade de álcool ingerido ou a ingerir, mostra quantas unidades de álcool foram consumidas, mostrando se esse é ou não um comportamento moderado. O simulador está disponível no site www.bebacomcabeca.pt, o novo projecto da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) que pretende que os consumidores conheçam os efeitos do álcool no corpo e possam testar se o seu consumo de álcool é responsável. O secretário-geral da ANEBE, Mário Moniz Barreto, explica que o site coloca "na mão do consumidor toda a informação para fazer escolhas acertadas". Para além do simulador, o site tem várias informações sobre hábitos de consumo alcoólico, para esclarecer os utilizadores e tentar "desfazer mitos urbanos, distinguir preconceito do conhecimento, dar informação científica sobre os reais efeitos do álcool", explicou Moniz. O site vai ter informações dedicadas a pais, grávidas, portadores de doenças para tentar esclarecer "da melhor maneira possível" os efeitos do álcool e os comportamentos correctos a adoptar. O conceito, Drink Aware, nasceu no Reino Unido, há cerca de oito anos. Chega agora a Portugal e em Fevereiro será apresentado oficialmente.
Jornal Público 19.12.2008 Cláudia Lomba

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Licença musical


Cinco responsáveis de estabelecimentos nocturnos do Porto foram constituídos arguidos por crime de usurpação de direitos conexos, na sequência de uma acção de fiscalização da Polícia Municipal, segundo a Passmúsica. Durante a acção, que decorreu na madrugada de sexta-feira para sábado, foi apreendido todo o material de reprodução musical, disse em comunicado aquela entidade agregadora de produtores e artistas musicais que cobra direitos conexos de música gravada e videoclips. A Passmúsica afirma ainda que "tem insistentemente alertado os agentes económicos e os utilizadores de música gravada para a necessidade de proceder ao respectivo licenciamento (...) em estabelecimentos que retiram evidentes benefícios económicos desta utilização". Já em Novembro tinha sido dada razão à Passmúsica na primeira de 500 providências cautelares. Na altura, Miguel Carreta, responsável da Audiogest (um dos membros da Passmúsica), estimou que mais de metade dos 2500 bares e discotecas em Portugal passam música sem estarem licenciados.

16.12.2008, Jornal Público, Vera Monteiro

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Juicy Events



A Associação Existências realizou ontem, dia 3 de Dezembro, o primeiro “Juicy Event” no Bar Quebra.
Esta actividade pretende promover o consumo de bebidas não alcoólicas, nomeadamente sumos naturais, ao mesmo tempo que se efectua a distribuição de material informativo e preventivo.
As próximas sessões estão agendadas para as primeiras quartas-feiras de cada mês.
Esta actividade contou com a colaboração do DJ “By accident”.

Um quarto dos fumadores pode desenvolver obstrução crónica dos pulmões



Um em cada quatro fumadores ou ex-fumadores tem obstrução pulmonar. Um problema que pode desencadear a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que afecta 600 mil portugueses e é a sexta causa de morte. Os dados resultam de um estudo elaborado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela Iniciativa Global para a DPOC. Foram rastreados mais de cinco mil pessoas com mais de 40 anos em empresas públicas e privadas de todo o país durante um ano, com o objectivo de avaliar na população residente no continente, a presença de sintomas respiratórios. Uma das conclusões foi que "os fumadores e ex-fumadores continuam a ignorar os principais sintomas das doenças respiratórias, mesmo quando se tornam incomodativos, limitativos e frequentes", salientou a pneumologista Bárbara Cristina, coordenadora do estudo. Cerca de 56 por cento dos rastreados referiu ter dispneia (falta de ar) 23 por cento referiram ter tosse com frequência, onze por cento dos quais durante mais de três meses por ano, e 23 por cento referiram ter expectoração, doze por cento dos quais durante mais de três meses por ano. Esta avaliação, segundo a coordenadora do estudo, foi efectuada através de espirometria, designação técnica do exame que permite o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). A unidade móvel de rastreios à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica percorreu mais de 20 mil quilómetros entre Maio de 2007 e Maio de 2008. Ao longo da campanha foram realizadas 5324 espirometrias, 2808 no sector público e 2516 no sector privado.
Doença mata mais do que sida
Segundo a avaliação, apenas dez por cento dos rastreados tinham consultado um médico por causa de uma alteração respiratória. No estudo participaram 4210 homens e 1105 mulheres, com a média de idades a rondar os 50 anos, os hábitos tabágicos foram semelhantes entre o sexo feminino e masculino, verificando-se que a população analisada que deixou de fumar fê-lo, em média, por volta dos 40 anos.A iniciativa permitiu detectar casos de obstrução pulmonar, assim como informar a população sobre esta doença crónica e silenciosa. A DPOC é, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a única doença crónica que regista crescimento e mata mais do que o cancro do pulmão ou mesmo a SIDA. A doença caracteriza-se por obstrução dos canais respiratórios que diminui a quantidade de ar que entra nos pulmões e é acompanhada por dificuldade respiratória (dispneia), tosse e aumento da produção de expectoração. As conclusões deste estudo vão ser divulgadas sexta-feira no Congresso de Pneumologia que se realiza no Porto. O estudo incluiu empresas privadas de ramos tão diferentes como indústria têxtil, comércio, indústria metalúrgica, serviços, e instituições públicas de saúde como hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiar.
04.12.2008 - 16h14 Lusa – Jornal Público

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Gala Transformismo


Realiza-se pelo segundo ano consecutivo, na discoteca Ar D'Rato em Coimbra, a Gala de Transformismo promovida pela Existências no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA - 1 de Dezembro.

Plastic Session 2



A Associação Existências, no âmbito dos seus projectos, incluindo o Projecto Nov'Ellos. irá realizar em colaboração com a IC-Zero (associação cultural), o evento Plastic Session 2, dia 28 de Novembro, na discoteca Via Latina, em Coimbra.

Este evento está incluído nas comemorações do 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a SIDA.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

1 de Dezembro

No dia 1 de Dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, evento ao qual a Associação Existências não poderia deixar de se associar.
As actividades a desenvolver incluem:

Dia 26 (quarta-feira): Conversas na rua
Praça da República (entre as 14 e as 19 horas), estando presentes ainda o CAD e a APF
Actividade de Rua: conversas com as pessoas que circulam sobre a importância da prevenção na área do VIH/ Sida; sensibilizar para a importância de realização regular do teste de detecção de anticorpos VIH; distribuição de materiias informativos

Dia 28 (sexta-feira): Plastic Session 2
Discoteca Via Latina, em colaboração com a associação ICO. Com a presença da Cosa Nostra.
Jantar seguido de diversas actividades.

(Presença no jantar dependente de inscrição)

Dia 30 (domingo): Festa Trans
Discoteca Ar D´Rato (a partir das 24h)
Evento de transformismo promovido pela Existências

Dia 1 (segunda-feira): Dia Mundial de Luta Contra a SIDA
Baixa de Coimbra e Parque Verde (entre as 15 e as 19 horas)
Actividade de Rua: conversas com as pessoas que circulam sobre a importância da prevenção na área do VIH/ Sida; sensibilizar para a importância de realização regular do teste de detecção de anticorpos VIH; distribuição de materiais informativo.

Contamos com todos os que se queiram juntar a nós!!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Anfetaminas

A história das anfetaminas e das metanfetaminas está intimamente relacionada à história de medicamentos estimulantes naturais. No final do século XIX, um cientista resolveu estudar o chá de Ma Huang, uma planta chinesa, actualmente conhecida como efedra. O chá de efedra era muito empregado na medicina chinesa para tratamento de doenças respiratórias e como tónico estimulante nos estados gripais e doenças debilitantes. Esse cientista descobriu que os efeitos do chá eram produzidos por algumas substâncias químicas presentes na planta.
Uma dessas substâncias foi isolada da planta e identificada, recebendo o nome de efedrina. Algum tempo depois, a molécula da efedrina passou a ser fabricada em laboratório, de modo que ninguém mais dependia do cultivo da planta para obter a efedrina. A efedrina foi, portanto, o primeiro estimulante natural que virou droga sintética.
A efedrina possui vários efeitos. A partir desse conhecimento, alguns cientistas resolveram fabricar várias moléculas parecidas com a efedrina para ver que efeitos elas teriam e se poderiam ser de alguma valia no tratamento de doenças. Entre essas primeiras moléculas destacam-se:
Anfetamina – sintetizada pelo químico alemão Lazar Edeleanu, em 1887.
Metilenodioxianfetamina (MDA) – sintetizada por G. Mannish e W. Jacobson, em 1910.
Metilenodioximetanfetamina (MDMA) – sintetizada pela Merck, em 1912, na Alemanha.
Metanfetamina – sintetizada pelo químico japonês, A. Ogata, em 1919Com o avanço dos testes clínicos, muitos dos efeitos desses fármacos passaram a ser conhecidos, sendo semelhantes a alguns efeitos da efedrina, ainda que com intensidade diferente. Durante a Segunda Grande Guerra, os soldados recebiam anfetaminas como estimulantes. O propósito era mantê-los acordados por mais tempo, com menos cansaço, menos sede ou fome, com maior força física e mais agressivos. Essas anfetaminas produzem efeitos mais fortes sobre o sistema nervoso central do que a efedrina.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Heroína volta a infiltrar-se nos hábitos de consumo dos jovens



Entre 2001 e 2007, o consumo diminuiu na população total, mas aumentou entre os jovens adultos, indica o relatório anual do IDT.


Os jovens adultos portugueses estão outra vez a experimentar heroína. "Há um ano, ninguém pensava nisto", comenta João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e até "havia a ideia de que o problema estava resolvido". Alguns até defendiam que o dispositivo montado para enfrentar a heroína já não fazia sentido. Os resultados de estudos epidemiológicos nacionais do último ano, porém, contradizem essas certezas.
Entre 2001 e 2007, a prevalência de consumo de heroína ao longo da vida passou de 0,7 para 1,1 por cento do total da população portuguesa. Esta subida não surpreendeu Goulão. A taxa "irá continuar a crescer". Nela cabem "todas as pessoas que alguma vez na vida consumiram" o opiáceo. Mas as prevalências de consumo nos últimos 30 dias aumentaram tanto na população em geral (0,1 para 0,2 por cento) como na jovem adulta (0,1 para 0,3).
Goulão valorizou mais a taxa de continuidade de consumo de heroína - isto é, a proporção de indivíduos que, tendo consumido a substância ao longo da vida, o fez, com regularidade, ao longo do último ano. Houve uma diminuição na percentagem de consumidores regulares entre o total de consumidores (26 para 24 por cento) entre 2001 e 2007) e um aumento entre a população jovem adulta (28,2 para 34,6).
O II Inquérito Nacional de Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Portuguesa, realizado no ano passado, mostrava algo que o Relatório Anual 2007 - A Situação do País em Matéria de Droga e de Toxicodependência (apresentado na quarta-feira) omite. "Entre os 15 e os 19 anos, houve uma diminuição significativa", lembra o presidente do IDT. "Entre os 20 e os 24 é que houve um aumento." Esta "ligeira" alteração é consistente com o alerta lançado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência há uma semana. O consumo de heroína estabilizou na Europa (há entre 1,3 e 1,7 milhões de consumidores problemáticos). Não desceu, como em outros anos.
Estes dados remetem para o crescimento da produção mundial de heroína (subiu 34 por cento em 2007), consequência directa da situação no Afeganistão, principal fornecedor global de ópio. "Estava-se a passar a ideia que o problema da heroína estava resolvido e não está", comenta Goulão. Responsabiliza o aumento da produção, o reactivar de algumas redes de tráfico, mas também factores como a crise ou o abandono escolar.
Num estudo citado pelo relatório sobre a subcultura juvenil trance, a heroína era "rejeitada por completo": "Conotada com outro estilo de vida", esta substância era tida como "perigosa e de efeito contrário ao pretendido". Só que ela ainda atrai jovens oriundos de contextos críticos. Está mais barata. Em 2006, um grama custava em média 42,17 euros. No ano passado, bastavam 37,57 euros. Apesar disto, nas ruas de Lisboa ou Porto, há alguns anos que uma dose custa cinco euros. E a maior parte dos alunos portugueses ainda considera "muito difícil ou difícil" arranjar heroína.O relatório anual indica ainda que em 2007, "tal como vem sucedendo desde 2002, o número de apreensões de heroína (1309) foi inferior ao de haxixe". Contabilizaram-se quase tantas apreensões como no ano anterior; a quantidade é que caiu 57 por cento.

Jornal Público - 14.11.2008, Ana Cristina Pereira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Portugal lidera nas infecções de VIH associadas à droga

Portugal é o segundo país com menos jovens consumidores de injectáveis
"Portugal continua a ser o País com maior incidência de sida relacionada com o consumo de droga injectável", diz o relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) divulgado ontem, em Bruxelas. Para Lisboa segue o desonroso primeiro lugar por infecções de VIH ligadas à utilização de drogas. Isto, apesar de as autoridades nacionais relatarem, entre 2005 e 2006, uma tendência decrescente.

Em contrapartida, Portugal é, entre dezanove países considerados, o segundo onde existem menos consumidores jovens de drogas injectáveis. Em 2006, Portugal comunicava mais de 66 casos de infecção de VIH por milhão de habitantes e 22 de sida. Na partilha dos lugares cimeiros, embora bastante distantes, estão os dois bálticos, Estónia e Letónia. Para o OEDT, o consumo de heroína pela via injectável nestes países " regista índices desproporcionadamente elevados de novas infecções e são responsáveis por uma percentagem significativa dos novos casos de VIH". Assim, relatório conclui, por isso, que os números "sugerem uma persistência de altos níveis de transmissão nestes países".

No capítulo da mortalidade, Portugal ocupa o nono lugar em 28 países (aqui, contabilizaram-se os 27 Estados-membros da União Europeia e a Noruega), com uma taxa de pouco mais de 30% por milhão de habitantes. Esta rubrica contempla as mortes induzidas directa e indirectamente pelo consumo de drogas. No entanto, o estudo aponta que 90% do número de mortes indirectamente derivadas do consumo, como as doenças infecto-contagiosas, acontecem, acima de tudo, no sul da Europa.

Wolfgang Götz, director do OEDT, sublinha que "os dados sugerem que o recrutamento de novos consumidores de heroína continua a produzir-se a uma frequência tal que é possível garantir que o problema não diminuirá significativamente num futuro próximo". Todos os anos, entre sete e oito mil europeus morrem devido à utilização de opiáceos, sendo a overdose a causa mais comum entre a população mais jovem, acrescentou.

ALEXANDRA CARREIRA
NATACHA CARDOSO -ARQUIVO D
N

http://dn.sapo.pt/2008/11/07/sociedade/portugal_lidera_infeccoes_vih_associ.html

Kit Sexy


Primeiro tenho de explicar o que é o Kit Sexy, trata-se de um saquinho que contém dois preservativos e uma embalagem de gel lubrificante. O Kit Sexy, mudou radicalmente a forma de as pessoas encararem a distribuição de preservativos durante as Equipas de Rua do Projecto Nov'Ellos. Se anteriormente muitas reagiam à pergunta: "Queres preservativos?", com alguma relutância, sem saber bem o que dizer, desde que começámos a distribuir o Kit expressões como: "Destes quero", "Que giro", "Espetacular", "Tão fashion", passaram a incluir-se nas respostas obtidas. Apenas esperamos que tal se associe a um uso efectivo destes e, se a imagem pode ser tão importante para a mudança de comportamentos, então dou os parabéns a quem teve a ideia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Latada 2008






























Entre os dias 22 e 29 de Outubro decorreu em Coimbra mais uma "Festa das Latas".
Trata-se de um evento que pretende comemorar o início de mais um ano lectivo e sobretudo a chegada dos novos caloiros. O Projecto Nov'Ellos esteve presente pela segunda vez, durante as sete noites de festa, contando com a presença de sete elementos, procurando efectuar a redução de riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ecstasy reduz as defesas

Os efeitos adversos da utilização de ecstasy danificam não apenas o cérebro, mas também o sistema imunitário. É a principal conclusão de um estudo do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que durante três anos seguiu a evolução de um grupo de consumidores desta substância.


Mais de metade dos consumidores de ecstasy têm algum diagnóstico psiquiátrico, sendo que muitos deles têm problemas cognitivos, de aprendizagem e de memória.


São também susceptíveis de contrair infecções, tendo muito menos defesas.

De acordo com os investigadores do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que avaliou cem jovens entre os 18 e os 30 anos, o ectasy muda o estado de espírito dos consumidores porque bloqueia os receptores de um neurotransmissor - a serotonina -, que regula o humor, mas também actua nos processos de memória e de aprendizagem.

"Se as doses que tomam são elevadas e durante algum tempo, os neurónios alteram-se", explica um investigador.

O ecstasy altera também o sistema imunitário, aumentando a secreção de uma hormona, o cortisol, fazendo com que haja uma menor produção de células fundamentais para sistema imunitário.

http://sic.aeiou.pt/online/noticias/vida/20081014+Ecstasy+reduz+as+defesas.htm

terça-feira, 23 de setembro de 2008

LSD

Nomes de Rua: Ácido, Pills, Trips
Apresentação
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).
Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Origem
O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir.
Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD.
Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.

Efeitos
Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.

Riscos
Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.
O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.
O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.
Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.
Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.
Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.
Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Tolerância e Dependência
Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.

Fonte:
http://www.psicologia.com

sábado, 30 de agosto de 2008

Mulheres e Álcool

O álcool, mesmo quando consumido em quantidade iguais, não afecta igualmente homens e mulheres. As mulheres sentem mais os efeitos do álcool do que os homens por um conjunto de motivos fisiológicos:

Capacidade de diluir álcool
As mulheres têm uma menor percentagem de água no organismo (52%, contra 61% nos homens). Isso significa que o corpo dos homens tem maior capacidade para diluir o álcool, mesmo se ambos tiverem o mesmo peso.

Capacidade de metabolizar o álcool
As mulheres têm menos álcool-desidrogenase - ADH (enzima que degrada o álcool) do que os homens, por isso, metabolizam o álcool mais lentamente. A degradação do álcool verifica-se sobretudo ao nível do fígado, tendo no entanto início no estômago. Sendo a ADH mais activa no organismo masculino, nos homens a digestão do álcool inicia-se mais cedo no processo digestivo, acelerando o processo.

Factores hormonais
As modificações hormonais que antecedem a menstruação aceleram o processo de intoxicação alcoólica. Além disso, pílulas anticoncepcionais ou outros medicamentos que contenham estrogénios diminuem a velocidade com que o álcool é eliminado do organismo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

GHB - conhecido também por Ecstasy líquido

Apresentação
O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.
Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.
O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.

Origem
O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio.
No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB.
Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.

Efeitos
A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais).
Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco.
Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte.
Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte.
Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.

Riscos
Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy.
Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos. O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância.
Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais.

Dependência
Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência
Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.

Fonte: www.psicologia.com

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças
No mercado de drogas ilegais, os principais representantes do grupo das anfetaminas são a anfetamina e a metanfetamina (e respectivos sais) — duas substâncias sintéticas estreitamente relacionadas entre si e membros da família das fenetilaminas. Ambas as substâncias são estimulantes do sistema nervoso central, partilhando o mesmo mecanismo de acção, efeitos comportamentais, tolerância, efeitos de abstinência e de consumo prolongado (crónicos). A anfetamina é menos potente do que a metanfetamina, mas em situações não controladas os efeitos são quase indistinguíveis.
Os produtos das anfetaminas e das metanfetaminas são sobretudo constituídos por pós, mas o hidrocloreto de metanfetamina, um sal puro e cristalino, também é consumido. Os comprimidos com anfetaminas ou metanfetaminas podem ter logótipos semelhantes aos observados nos comprimidos de MDMA e noutros comprimidos de ecstasy.
Em virtude das forma físicas em que se encontram disponíveis, as anfetaminas e metanfetaminas podem ser ingeridas, aspiradas, inaladas e, o que é menos comum, injectadas. Ao contrário do sal de sulfato de anfetamina, o hidrocloreto de metanfetamina, em especial na sua forma cristalina, é suficientemente volátil para ser fumado.
Fonte: OEDT, Drug profiles.

domingo, 17 de agosto de 2008

Macário Correia preocupado com alcoolismo nocturno

Autarca quer pôr na ordem os jovens espanhóis que trazem para as madrugadas algarvias ruído e álcool, que "acabam sempre em vandalismo e em desordem"
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa

Jornal Público13.08.2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Controlo de clientes em discotecas



Governo de acordo com controlo de clientes em discotecas

A Associação de bares da Zona Histórica do Porto apresentou uma proposta ao ministro da Administração Interna para a criação de uma lista negra de clientes nas discotecas. A proposta, de âmbito e aplicaçao nacionais, foi bem recebida pelo Governo que vai estudar o enquadramento legal. A proposta foi enviada por António Fonseca, no passado dia 13 de Julho, e pretende a criação de uma espécie de cadastro que, em última instância, pode proibir a entrada do cliente. Depois da reunião com o ministro do MAI, Rui Pereira, António Fonseca disse “haver receptividade e empenho totais” por parte do governo, segundo revela a notícia publicada hoje no “Jornal de Noticias”.O Ministério vai agora estudar as alternativas jurídicas que permitam ir ao encontro das pretensões dos proprietários de bares que querem ver limitado o acesso aos clientes considerados indesejáveis, uma vez que já não é aplicável o “Reservado Direito de Admissão”.
Pouco tempo depois da entrada em vigor do decreto que define os sistemas de segurança, a associação reclamou a aplicação do “controlo do cliente indesejável”. Ou seja, “aquele que utiliza os espaços de diversão nocturna” e demonstra uma “postura agressiva e provocatória sobre toda e qualquer contrariedade que atravesse o seus objectivos”, incomodando outros clientes.
António Fonseca diz querer proteger o cliente cumpridor e evitar, assim, “incidentes graves” como os ocorridos no ano passado na noite do Porto. Além disso, argumenta que sistemas semelhantes existem em outros países, como a Irlanda.
13.08.2008 - 09h26 PUBLICO.PT

domingo, 20 de julho de 2008

Hi Summer 08_Imagens



Hi Summer 08


O Projecto Nov'Ellos esteve presente no HiSummer, evento promovido pela SporJovem entre os os dias 16 e 20 de Julho, na Praia de Pedrogão. As actividades de prevenção do consumo de substâncias psicoactivas decorreram no Parque de Campismo, na Praia e na Discoteca Stess Less.

Cidades, Saúde e Segurança 3

Conferência do Dr. António Arnaut na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Cidades, Saúde e Segurança 2

Imagem da Sessão de Abertura do Congresso com a presença do Dr. Fernando Mendes (IREFREA), Prof. Doutor Eduardo Santos (IPCDVS) e Dr. Paulo Anjos (Associação Existências).

Cidades, Saúde e Segurança 1

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Congresso Cidades, Saúde e Segurança



Decorreu de 7 a 9 de Julho no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra o Congresso "Cidades, Saúde e Segurança", promovido pela Associação Existências em colaboração com o IREFREA Portugal e com o IPCDVS, da Universidade de Coimbra.
Destacaram-se, como matérias em discussão neste encontro, aspectos ligados espaços recreativos, a mobilidade causada pelos cidadãos durante os dias de semana e, especialmente, ao fim-de-semana e a avaliação do impacto que estas actividades têm na vida das cidades, assim como questões ligadas aos comportamentos violentos, comportamentos sexuais de risco e ao consumo de substâncias psicoactivas, lícitas e ilícitas.
No final do Congresso, que contou com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, foi assinada a constituição do Observatório para o Estudo e Monitorização das Actividades Recreativas, um Projecto pioneiro a nível nacional, que contou, para além das três subscritores fundadores acima mencionados, com a subscrição da Câmara Municipal de Coimbra e da Quebra Produções Lda.

domingo, 22 de junho de 2008

Plastic Session


Ontém, foi realizada, no Salão Brazil, a primeira das "Plastic Sessions", em colaboração com a associação Cultural IC-zero.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Conferência de Imprensa



Foi ontem, dia18 de Junho, apresentado, em Conferência de Imprensa, no auditório da FNAC, no Centro Comercial Forum, o Congresso Cidades, Saúde e Segurança e a constituição do Observatório das Cidades Recreativas. Para o efeito estiveram presentes o Prof. Doutor Eduardo Santos do IPCDVS da Universidade de Coimbra, o Dr. Fernando Mendes do IREFREA e o dr. Paulo Anjos da Associação Existências.