quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Uruguai torna-se no primeiro país do mundo a legalizar comércio de marijuana



O Uruguai deu um passo pioneiro ao aprovar a polémica legislação que regula a produção, distribuição e venda de marijuana no país. A aprovação do documento na terça-feira, no Senado, faz assim com que este país de 3,3 milhões de habitantes se torne no primeiro no mundo a dar um passo neste sentido, ao mesmo tempo que a América Latina tenta combater de várias formas o crescente problema do narcotráfico.
O projecto de lei já tinha passado a 31 de Julho da Câmara dos Representantes, mas faltava agora a luz-verde do Senado, onde conseguiu reunir 16 votos a favor e 13 contra, adianta o diário espanhol El País. A favor votaram todos os senadores da coligação governamental Frente Ampla, do Presidente do Uruguai, José Mujica, e que integra socialistas, comunistas e tupamaros.
O país avança assim com a mudança apesar das críticas, com a própria Agência Internacional de Controlo de Narcóticos, das Nações Unidas, a advertir aquando da aprovação de Julho que a lei estaria “em completa contravenção com as provisões dos tratados internacionais sobre drogas que o Uruguai assinou”.
Apesar da maioria da Frente Ampla no Senado, mesmo assim o debate demorou 13 horas, tendo terminado com aplausos e com gritos na tribuna onde se ouviu “Uruguai, Uruguai” por parte dos activistas que esperavam exactamente este resultado.
Um grama a um dólar
No final de Outubro, o país já tinha feito saber que quer vender um grama de marijuana a um dólar (pouco mais de 70 cêntimos), com o objectivo de retirar mercado ao narcotráfico. A mudança inclui também um regime para o auto-cultivo e para os clubes de fumo. As vendas devem começar no segundo semestre de 2014, de acordo com o secretário-geral da Junta Nacional das Drogas (JND) do Uruguai, Julio Calzada. “É o tempo de colher e vender”, acrescentou, na altura, ao diário uruguaio El País.
Os interessados devem fazer um registo numa base de dados, que não será pública, e podem comprar até 40 gramas por mês nas farmácias. O responsável estimou que “um grama de marijuana equivale a um cigarro maior ou dois ou três dos mais finos”.
O consumo de cannabis no Uruguai não é penalizado, mas as penas vão ser altas para quem não esteja registado. O preço fixado tem o objectivo de “competir” com os narcotraficantes. “O custo da marijuana tem de se aproximar do preço em que se consegue a marijuana ilegal. Estamos a falar do preço do produto paraguaio, que é o que se vende cá, e que está perto do dólar por grama”, explicou Calzada.
Para além da venda, o projecto prevê mais duas modalidades para o acesso à marijuana. A auto-cultura, com um limite máximo de seis plantas, e a plantação em clubes, com uma capacidade até 45 pessoas e 99 plantas. De acordo com a JND, 20 hectares de plantações serão suficientes para cobrir o consumo do país.
120 mil a 200 mil consumidores
O consumo de marijuana duplicou nos últimos anos no país. Calcula-se que 22 toneladas sejam transaccionadas todos os anos, de acordo com dados da JND. No Uruguai existem entre 120 mil e 200 mil consumidores.
Foi em Junho de 2012 que o Governo do Uruguai anunciou pela primeira vez que estava a preparar uma nova legislação no sentido de legalizar a produção e consumo de marijuana, que ficaria nas mãos do Estado. A medida fazia parte de um pacote de 15 mudanças que o Executivo constituído pela coligação Frente Ampla estava a preparar para combater a insegurança sentida no país – em muito relacionada com o tráfico e consumo ilegal de estupefacientes. A medida chegou a ser retirada por ser bastante controversa no país sul-americano.
Na altura, José Mujica, antigo guerrilheiro tupamaro que foi eleito Presidente em 2010 e lidera o Executivo de coligação, adiantou que a venda a estrangeiros será proibida para evitar o turismo associado ao consumo de droga. Disse ainda que a ideia é que apenas o Estado possa plantar e vender marijuana a um grupo de adultos que estaria registado numa base de dados e, com isso, evitar também o consumo das chamadas drogas duras.
Mais tarde, em Dezembro, o Presidente do Uruguai recuou na intenção de legalização justificando que a decisão não estava “madura”, acrescentando que o povo tem de querer este tipo de medida e que não a deve impor só porque detém maioria. Porém, neste ano, os deputados retomaram a ideia.
A marijuana é apenas uma pequena parte de todo o narcotráfico, pelo que, mesmo com a legalização desta droga, ainda fica aberta uma grande porta para o mercado negro. Estima-se que só a marijuana represente um volume anual de 75 milhões de dólares (54,5 milhões de euros). As estatísticas do país indicam que cerca de 20% dos 3,3 milhões de uruguaios já consumiram pelo menos uma vez marijuana. Além disso, um estudo realizado pelas Nações Unidas em 2010 indica que 25% dos crimes cometidos por adolescentes que se encontram nos centros para menores do país estiveram relacionados com o consumo ou compra de álcool e droga.
A regulação da cannabis segue-se também a uma série de outros passos pioneiros no país, que no último ano aprovou a despenalização do aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, lembra o El País.
Jornal Público - 11/12/2013
Romana Borja-Santos
http://www.publico.pt/mundo/noticia/uruguai-tornase-no-primeiro-pais-do-mundo-a-legalizar-comercio-de-marijuana-1615876


domingo, 1 de dezembro de 2013

Berlim prepara-se para abrir a primeira coffee shop



Berlim vai passar a contar com coffee shops, locais onde é autorizada a comercialização de drogas leves. Os vereadores do município de Friedrichshein-Kreuzberg aprovaram na quinta-feira um diploma que prevê a construção de uma coffee shop como forma de combater o tráfico de droga na capital alemã.
Será no Parque Görlitz, zona muito popular da cidade mas que nos últimos anos se tornou num dos principais locais de tráfico, que será construído o estabelecimento. A presidente do município, Monika Herrmann, eleita pelos Verdes, defende que a medida irá corrigir o falhanço da proibição de marijuana em vigor na Alemanha.
“A situação no Parque Görlitz mostra que a política de proibição das últimas décadas falhou. Chegou o momento de aplicar medidas fora do comum”, observou Herrmann, citada pelo Süddeutsch Zeitung.
A lei alemã proíbe a venda de marijuana, mas o executivo camarário já enviou a proposta para o Instituto Federal de Medicamentos e Dispositivos Médicos, que terá de aprová-la. “É a primeira vez que se faz uma proposta semelhante, portanto não se pode dizer se vai ser aprovada ou chumbada”, afirmou um porta-voz do instituto, citado pelo diário espanhol El País. A esperança do município é de que lhe seja concedida uma excepção baseada no interesse público da medida.
O diploma prevê que os futuros clientes terão de provar que têm mais de 18 anos e que nos locais será assegurada a presença de especialistas, que devem aconselhar sobre os malefícios do consumo de drogas.
O ministro do Interior do Estado de Berlim, Frank Henkel, eleito pelos conservadores da CDU, defende que “a ideia de se criarem coffee shops não é uma solução”. “A banalização de drogas perigosas não soluciona o problema”, acrescentou.
Pelo contrário, a autarca dos Verdes quer ir mais longe e sugere mesmo que a autorização se estenda a toda a capital. “Não se pode esquecer que a marijuana vendida pelo Estado é de melhor qualidade que a ilegal”, notou Herrmann.
A insegurança na zona é o grande argumento dos defensores da venda autorizada de drogas leves. No Parque Görlitz, durante os primeiros nove meses do ano, tiveram lugar 113 rusgas, de acordo com a polícia, sem que com isso o tráfico tenha cessado.

Jornal Publico 29/11/2013

http://www.publico.pt/mundo/noticia/berlim-preparase-para-abrir-a-primeira-coffee-shop-1614424


domingo, 17 de novembro de 2013

Viciados nos jogos online com comportamentos de risco - País - Notícias - RTP

A RTP emitiu ontém, dia 16 de Novembro, uma reportagem que aborda a temática da dependência do Jogo, com o titulo: "Viciados nos jogos online com comportamentos de risco"

Para terem acesso à reportagem é só utilizarem o seguinte "link":

Viciados nos jogos online com comportamentos de risco - País - Notícias - RTP

Paula Rebelo/Paulo Maio Gomes/Pedro Miguel Gomes/Sérgio Tomás
16 Nov, 2013, 21:26 / atualizado em 16 Nov, 2013, 21:31

Estima-se que em Portugal existam 20 mil dependentes do jogo e 450 mil jogadores de risco. Este mundo tem um lado oculto escondido por detrás da relação de milhares de pessoas com a Internet. A maioria são jovens e estão literalmente viciados nos jogos online. O que muitas vezes começa como uma brincadeira abre a porta ao jogo real a dinheiro. E os especialistas lembram que há adolescentes com estes novos comportamentos de risco.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Estudo a esgotos revela uma dose de cocaína por 50 pessoas



Primeira pesquisa do género feita em Portugal revela que Lisboa fica a meio da tabela europeia no consumo deste tipo de droga

A primeira análise feita em Portugal à presença de metabolitos de cocaína nas águas residuais, revelou um consumo médio de uma dose diária de 0,1 grama por 50 pessoas, noticia a edição desta quinta-feira do “JN”.

A investigação, que foi realizada por uma equipa da Faculdade de Farmácia de Lisboa sob a coordenação de Álvaro Lopes, especialista em toxicologia forense, recolheu amostras na entrada na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara, em Lisboa, e detectou nos resíduos analisados (urina e fezes) 252 gramas de cocaína, num período de 24 horas e abrangendo uma área onde se encontram vários estabelecimentos de diversão nocturna e por onde terão passado 380 mil pessoas. A ETAR de Alcântara recebe resíduos expelidos dos bares concentrados em zonas como o Bairro Alto, Santos, Cais do Sodré e Docas.

Álvaro Lopes diz, por isso, que o valor é significativo, mas ressalva que é arriscado transpor o cenário para todo o país porque a amostra apresenta características específicas, no caso clientes dos bares daquelas áreas da capital, apesar de ter sido recolhida às terças e quintas. “Ao fim-de-semana, estas quantidades disparariam”, explicou o investigador ao “JN”.

A realização do primeiro estudo do género, em Portugal, coloca Lisboa a meio da tabela relativamente ao consumo de cocaína, atrás de Milão, Santiago de Compostela, Paris e Bruxelas, mas à frente de Estocolmo, Oslo e Helsínquia.

Segundo Álvaro Lopes, este tipo de pesquisa permite uma avaliação mais rigorosa do consumo de drogas ilícitas, do que as investigações que são feitas com base em inquéritos e onde as pessoas podem mentir e omitir informações.

Apesar dos vestígios encontrados nas águas residuais, os metabolitos de cocaína não se apresentam como um perigo para a saúde pública.

Jornal i
Por Ana Tomás
publicado em 14 Nov 2013

http://www.ionline.pt/artigos/portugal-iciencia/estudo-esgotos-revela-uma-dose-cocaina-50-pessoas


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Plano para combater a toxicodependência

Há plano para combater a toxicodependência, diz ministro da Saúde.
"O que nós temos que ver - é para isso que temos um plano - é como temos de atacar [a toxicodependência] nas diversas vertentes", disse Paulo Macedo.

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse hoje em Almada que está a ser preparado um plano para combater a toxicodependência, face ao aumento de 70% que se verificou nos atendimentos em unidades terapêuticas.

"Nós temos fatores na área da toxicodependência que têm tido uma evolução positiva na última década, temos outros que nos preocupam", disse.

Paulo Macedo comentava a notícia avançada hoje pelo semanário Expresso, de acordo com dados do relatório dobra a situação da droga em Portugal relativo a 2012, que aponta para um aumento significativo do consumo de drogas nos últimos anos.

"Num período tão longo (dez anos), há questões relacionadas com a economia, como o desemprego, que tem fenómenos de ligação, mas também há outras questões, culturais e sociais", justificou.

"O que nós temos que ver - é para isso que temos um plano - é como temos de atacar [a toxicodependência] nas diversas vertentes", acrescentou Paulo Macedo, sem avançar qualquer medida concreta do referido plano de combate à toxicodependência.

Lusa
17:24 Sábado, 12 de outubro de 2013

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ha-plano-para-combater-a-toxicodependencia-diz-ministro-da-saude=f835366#ixzz2jGoeSlOI

http://expresso.sapo.pt/ha-plano-para-combater-a-toxicodependencia-diz-ministro-da-saude=f835366

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Plano para redução de dependências apresentado este mês



O novo organismo para as drogas e toxicodependência (SICAD) apresenta até final deste mês o próximo plano nacional para redução de dependências até 2016 e que pretende reduzir o início e o consumo de álcool entre os jovens.

O anúncio foi feito hoje à agência Lusa pelo subdiretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), Manuel Cardoso, que explicou que, terminado o prazo de consulta pública no final de setembro, o organismo está agora a definir “as metas e ações a desenvolver para cada uma das [suas] áreas” de intervenção.

O plano nacional engloba problemas com álcool, jogo e substâncias psicoativas, adiantou.

Este será o primeiro plano nacional já elaborado pelo novo organismo – que substituiu este ano o antigo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) –, sendo que a aposta é ter uma “rede de referenciação de problemas aditivos o mais próximo possível da população”, referiu Manuel Cardoso.

O novo Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências prevê que a prevalência de embriaguez diminua de 5,1% para 4,6% nos próximos 3 anos e que a idade de início do consumo de álcool e droga seja retardada, diminuindo em 30% até 2020 o início destes consumos a menores de 13 anos.

O documento, que traça a estratégia portuguesa de combate às dependências, visa ainda que a prevalência de consumo de drogas e da dependência do jogo em Portugal diminua 10% até 2016 e que o consumo de qualquer droga ilícita diminua para 1,8% em 2020, quando em 2012 se situava nos 2,3% da população entre os 15 e os 74 anos.

Apesar de nos últimos 10 anos se ter registado uma diminuição do consumo de álcool per capital, Portugal continua a ser um dos 10 países do mundo com maior consumo per capita, admitiu o subdiretor do SICAD.

Por outro lado, sublinhou, “quando olhamos para a taxa de abstinência do último ano, vemos dos valores mais altos, o que significa que, no último ano, o álcool que se consumiu foi bebido por um número menor de indivíduos”, referiu.

A grande preocupação centra-se nos mais jovens, ou seja, nos consumidores até aos 30 anos.

“Do que nos dizem os inquéritos, aquilo que está a acontecer, principalmente entre os mais jovens, é que estão a consumir de uma forma mais pesada. Portanto, entre os mais novos, são menos os que consomem [álcool] mas têm um padrão de consumo mais grave, bebendo muito em pouco tempo”, adiantou.

O Plano define ainda que, até 2016, deve ser aumentada em um ano a idade média do início dos consumos, passando dos 17 para os 18 anos no caso das drogas e dos 16 para os 17 nas bebidas alcoólicas.

Diário Digital

7 de Outubro de 2013

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=660427

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Suíça descriminaliza cannabis


Lei aprovada há um ano entrou em vigor no início do mês. Posse até dez gramas é penalizada com multa.
Desde o início do mês que a posse de cannabis deixou de ser considerada crime na Suíça. Uma alteração legislativa vem permitir que os adultos que sejam encontrados com uma quantidade de marijuana inferior a dez gramas tenham de pagar uma multa de 100 francos suíços (cerca de 80 euros), sem qualquer registo criminal.
A revisão da lei foi aprovada pelo Parlamento há um ano, mas a discussão pública gerada dividiu o país. O objectivo do novo diploma é uniformizar a legislação, que até agora variava de acordo com cada cantão (divisão administrativa suíça), refere a agência estatal Swiss Broadcasting Corporation.
Os apoiantes da descriminalização consideram que o novo regime é uma aproximação pequena mas realista ao problema do consumo. Espera-se também que a medida sirva para poupar recursos, evitando os cerca de 30 mil casos em média que chegavam a tribunal por causa do consumo de cannabis. “Os recursos da polícia devem ficar livres para perseguir o tráfico de droga”, sublinhou a porta-voz da Addiction Switzerland, Corine Kibora, em declarações à SBC.
Uma proposta do Governo para descriminalizar o consumo de cannabis foi rejeitada há cinco anos em referendo, o que reforça o principal argumento dos opositores da medida, de que esta é contrária ao desejo dos cidadãos suíços. O receio de que o consumo entre os jovens aumente também motiva apreensão. “Facilita muito poder ter drogas e não ser punido”, observa um homem de 40 anos, ouvido pela SBC. “Acho que a marijuana pode ser um passo para uma carreira nas drogas”, acrescenta.
Estima-se que cerca de 500 mil cidadãos suíços — numa população de oito milhões — sejam consumidores ocasionais de drogas leves.
Com o novo regime, a Suíça junta-se aos países que descriminalizaram a posse de cannabis, entre os quais Portugal.


Jornal Público

João Ruela Ribeiro
03/10/2013 - 23:26

http://www.publico.pt/mundo/noticia/suica-descriminaliza-cannabis-1608018

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Combate às drogas ilegais está a falhar, alertam investigadores

Preço das drogas caiu e que estas estão mais puras. Investigadores sugerem no British Medical Journal que caminho passa pela despenalização em vez de se apostar em leis duras.

As políticas seguidas em Portugal têm servido de exemplo a nível internacional Reuters


As drogas ilegais são agora mais baratas e mais puras do que alguma vez nos últimos 20 anos, o que mostra que as políticas de combate seguidas estão a falhar. O alerta é feito num estudo do International Centre for Science in Drug Policy, publicado nesta terça-feira no British Medical Journal.
O relatório foi feito com base nos dados de sete observatórios diferentes relacionados com o consumo e tráfico de droga e que contêm informação, de pelo menos dez anos, relacionada com o preço e a pureza da cannabis, cocaína e opiáceos, incluindo heroína. Um deles contém dados de todos os países das Nações Unidas. Os investigadores consideram que chegou a altura de se assumir que o consumo de droga é um problema de saúde pública, muito mais do que uma questão criminal.
De acordo com o documento, entre 1990 e 2010 o preço da droga vendida nas ruas baixou e, pelo contrário, a sua pureza e potência aumentou. Na Europa, por exemplo, o preço dos opiáceos e da cocaína ajustado pela inflação e pureza caiu 74% e 51%, respectivamente, no período de dez anos, de acordo com o observatório sedeado em Vancouver, no Canadá.
Em relação às quantidades apreendidas, também foi possível encontrar uma tendência de aumento consistente desde 1990, tanto na cocaína, heroína como na cannabis, sendo que os autores atribuem estas falhas ao facto de as estratégias dos países se terem focado maioritariamente em endurecer a legislação em vez de optar por soluções como a despenalização.
“Estas conclusões sugerem que expandir esforços no sentido de controlar o mercado ilegal de droga através do endurecimento legal está a falhar”, lê-se no estudo, citado pela BBC. E acrescenta-se: “Precisamos desesperadamente de mudar de um regime proibicionista para um de regulamentação legal”.
Um dos co-autores do estudo, Evan Wood, do International Centre for Science in Drug Policy, com sede no Canadá, reiterou a importância de enquadrar a política de combate às drogas como mais uma vertente da “saúde e segurança da comunidade”, apostando mais em tratamentos do que em condenações.
Dados das Nações Unidas indicam que o tráfico de droga possa representar um volume anual de negócio na ordem dos 350 mil milhões de dólares, contribuindo também para o aumento da incidência de doenças infecciosas como o VIH e para a violência e a criminalidade em muitos países.


Novo plano para Portugal
 
Em Portugal, entrou em Agosto em discussão pública o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências. A estratégia, que deverá vigorar entre 2013 e 2020, dirige-se às adições com e sem substâncias psicoactivas, e tem em conta os vários ciclos de vida e estabelece metas quantitativas: a prevalência de consumo de drogas em Portugal terá de diminuir 10% nos próximos três anos.
Das avaliações ao Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências 2005/2012 e ao Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool 2010/2012 resultou a opção de alargar a estrutura de coordenação aos comportamentos aditivos que não o álcool e as drogas ilícitas.
O atraso na apresentação do plano é imputado à mudança que, em Dezembro de 2011, extinguiu o Instituto da Droga e da Toxicodependência e criou o Serviço e Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), transferindo para as administrações regionais de saúde a resposta ao fenómeno.
O texto é uma espécie de tratado sobre dependências. Está muito orientado para a redução da oferta e da procura. E deverá ser complementado com planos de acção baseados em diagnósticos. A estratégia, agora em debate, propõe que a intervenção se faça atendendo aos contextos sociais e aos ciclos de vida. Esses ciclos compreendem a gravidez, o período pré-natal, as crianças até nove anos, as crianças e jovens dos dez aos 24, os adultos dos 25 aos 64 e os idosos a partir dos 65. O objectivo é reduzir todas as dependências em todas as idades.
Aliás, as políticas seguidas em Portugal nesta área têm sido várias vezes citadas como paradigma a nível internacional. Por exemplo, há um ano, no Reino Unido, um relatório que defendia a despenalização do consumo de drogas naquele país citava Portugal como um exemplo de sucesso na estratégia que já implementou há cerca de 12 anos.
Portugal descriminalizou em 2001 a posse de cannabis, cocaína, heroína e metanfetaminas para consumo próprio, tendo passado a considerar o toxicodependente como doente e substituindo a pena de prisão pela possibilidade de o infractor ser encaminhado para uma Comissão de Dissuasão e para tratamento. Foi ainda em 1998 que José Sócrates, na altura ministro-adjunto do primeiro-ministro António Guterres, lançou uma política integrada para a toxicodependência, que começou a vigorar três anos depois - apostava na redução de riscos, nomeadamente através da vulgarização da substituição por metadona e do alargamento da troca de seringas.
 


Should Kratom Use Be Legal?



Thailand is considering legalizing kratom as a safer alternative for meth addicts, and U.S. researchers are studying its potential to help opiate abusers kick the habit without withdrawal side effects. Is that a good thing?
The leaves of the herb kratom (Mitragyna speciosa), a native of Southeast Asia in the coffee family, are used to relieve pain and improve mood as an opiate substitute and stimulant. The herb is also combined with cough syrup to make a popular beverage in Thailand called “4x100.” Because of its psychoactive properties, however, kratom is illegal in Thailand, Australia, Myanmar (Burma) and Malaysia. The U.S. Drug Enforcement Administration lists kratom as a “drug of concern” because of its abuse potential, stating it has no legitimate medical use. The state of Indiana has banned kratom consumption outright.

Now, looking to control its population’s growing dependence on methamphetamines, Thailand is attempting to legalize kratom, which it had originally banned 70 years ago.

At the same time, researchers are studying kratom’s ability to help wean addicts from much stronger drugs, such as heroin and cocaine. Studies show that a compound found in the plant could even serve as the basis for an alternative to methadone in treating addictions to opioids. The moves are just the latest step in kratom’s strange journey from home-brewed stimulant to illegal painkiller to, possibly, a withdrawal-free treatment for opioid abuse.

With kratom’s legal status under review in Thailand and U.S. researchers delving into the substance’s potential to help drug addicts, Scientific American spoke with Edward Boyer, a professor of emergency medicine and director of medical toxicology at the University of Massachusetts Medical School. Boyer has worked with Chris McCurdy, a University of Mississippi professor of medicinal chemistry and pharmacology, and others for the past several years to better understand whether kratom use should be stigmatized or celebrated.

[An edited transcript of the interview follows.]

How did you become interested in studying kratom?
A few years ago [the National Institutes of Health] wanted me to do a bit of consulting on emerging drugs that people might abuse. I came across kratom while searching online, but didn’t think much of it at first. When I mentioned it to the NIH, they suggested I speak with a researcher at the University of Mississippi who was doing work on kratom. [The researcher, McCurdy,] assured me that kratom was fascinating, and he started to go through the science behind it. I decided I needed to look into it further. Talk about chance favoring the prepared mind. I no sooner hung up the phone when a case of kratom abuse popped up at Massachusetts General Hospital.

How did this Mass General patient come to abuse kratom?
He was a [43-year-old] successful software engineer who had been self-medicating for chronic pain [as a result of thoracic outlet syndrome, a group of disorders that occurs when the blood vessels or nerves in the space between the collarbone and the first rib—the thoracic outlet—become compressed, causing pain in the shoulders and neck as well as numbness in the fingers]. He had started with pain pills, then switched to OxyContin, and then moved to Dilaudid, which is a high-potency opioid analgesic. He had gotten to the point where he was injecting himself with 10 milligrams of Dilaudid per day, which is a large dose. His wife found out and demanded that he quit.

He read about kratom online and started making a tea out of it. For the most part, this helped him avoid the opioid withdrawal he had been experiencing. After he started drinking the kratom tea, he also began to notice that he could work longer hours and that he was more attentive to his wife when they would speak. He began experimenting with ways to boost his alertness by adding modafinil [a U.S. Food and Drug Administration–approved stimulant] with his kratom tea. That’s when he started to seize and had to be brought to the hospital. I have no idea how that combination of drugs caused a seizure, but that’s how he ended up at Mass General Hospital. Nobody there had heard of kratom abuse at the time. [Boyer and several colleagues, including McCurdy, published a case study about this incident in the June 2008 issue of the journal Addiction.]

The patient was spending $15,000 annually on kratom, according to your study, which is quite a lot for tea. What happened when he left the hospital and stopped using it?
After his stay at Mass General, he went off kratom cold turkey. The fascinating thing is that his only withdrawal symptom was a runny noise. As for his opioid withdrawal, we learned that kratom blunts that process awfully, awfully well.

Where did your kratom research go from there?
I had a small grant from the NIH’s National Institute on Drug Abuse to look at individuals who self-treated chronic pain with opioid analgesics they purchased without prescription on the Internet. This was an extremely restricted population, but it nonetheless measures in the hundreds of thousands of people. About the time I started the study, the DEA and the state boards of pharmacy began shutting down online pharmacies, so sources of pain pills for these hundreds of thousands of people in the United States dried up instantaneously. A number of them switched to kratom.

How many people are using kratom in the U.S.?
I don’t know that there’s any epidemiology to inform that in an honest way. The typical drug abuse metrics don’t exist. But what I can tell you, based on my experience researching emerging drugs of abuse is that it is not difficult to get online.
How does kratom work?
Its pharmacology and toxicology aren’t well understood. Mitragynine—the isolated natural product in kratom leaves—binds to the same mu-opioid receptor as morphine, which explains why it treats pain. It’s got kappa-opioid receptor activity as well, and it’s also got adrenergic activity as well, so you stay alert throughout the day. This would explain why the guy who overdosed described himself as being more attentive. Some opioid medicinal chemists would suggest that kratom pharmacology might [reduce cravings for opioids] while at the same time providing pain relief. I don’t know how realistic that is in humans who take the drug, but that’s what some medicinal chemists would seem to suggest.

Kratom also has serotonergic activity, too—it binds with serotonin receptors. So if you want to treat depression, if you want to treat opioid pain, if you want to treat sleepiness, this [compound] really puts it all together.

Overdosing and drug mixing aside, is kratom dangerous?
People are afraid of opioid analgesics because they can lead to respiratory depression [difficulty breathing]. When you overdose on these drugs, your respiratory rate drops to zero. In animal studies where rats were given mitragynine, those rats had no respiratory depression. This opens the possibility of someday developing a pain medication as effective as morphine but without the risk of accidentally overdosing and dying.

What barriers have you run into when trying to study kratom?
I tried to get an NIH grant to study kratom specifically. When I went to the National Institute on Drug Abuse, they said they’d never heard of that drug. When I went to the National Center for Complementary and Alternative Medicine, they said this is a drug of abuse, and we don’t fund drug of abuse research. They want drugs that are used therapeutically. [A team led by McCurdy, who confirms that it is difficult to get funding to study kratom, did manage to secure a three-year grant from the NIH Centers of Biomedical Research Excellence to investigate the herb’s opioid-like effects.]

So the study of this type of substance falls to academics or pharma companies. Drug companies are the ones who can isolate a particular compound, do chemistry on it, study and modify the structure, figure out its activity relationships, and then create modified molecules for testing. Then you have eventually file for a new drug application with the FDA in order to conduct clinical trials. Based on my experiences, the likelihood of that happening is reasonably small.

Why wouldn’t large pharmaceutical companies try to make a blockbuster drug from kratom?
At least one pharma company [Smith, Kline & French, now part of GlaxoSmithKline] was looking at it in the 1960s, but something didn’t work for them. Either it wasn’t a strong enough analgesic or the solubility was bad or they didn’t have a drug delivery system for it. To the state of the art pharmaceutical business thinking in 1960s, this compound was not sufficient to be brought to market. Of course, now that we have a country with many addicted people dying of respiratory depression, having a drug that can effectively treat your pain with no respiratory depression, I think that’s pretty cool. It might be worth a second look for pharma companies.

There are reports that Thailand might legalize kratom to help that country control its meth problem. Could that work?
They can decriminalize kratom until they’re blue in the face but the reality is that kratom is indigenous to Thailand—it’s readily available and always has been. Yet drug users are still opting for methamphetamines, which are stronger than kratom, not to mention dirt cheap and widely available. I suspect that Thailand is just trying to say that they’re doing something about their meth problem, but that it might not be that effective.

Is kratom addictive?
I don’t know that there are studies showing animals will compulsively administer kratom, but I know that tolerance develops in animal models. I can tell you the guy in our Mass General case report went from injecting Dilaudid to using [$15,000] worth of kratom per year. That kind of sounds addictive to me. My gut is that, yeah, people can be addicted to it.

What are the dangers posed by kratom use or abuse?
It’s just like any other opioid that has abuse liability. Heroin was once marketed as a therapeutic product and later was criminalized. Yet OxyContin [a painkiller with a high risk for abuse] was marketed as a therapeutic but has remained legal. You put the proper safeguards in place and hope that people won’t abuse a substance. Speaking as a scientist, a physician and a practicing clinician, I think the fears of adverse events don’t mean you stop the scientific discovery process totally.

By Larry Greenemeier

SCIENTIFIC AMERICAN

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=should-kratom-be-legal&WT.mc_id=SA_MindFacebook



quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um quarto dos jovens considera “pouco ou nada” prejudicial fumar marijuana ou haxixe de vez em quando

Mais de 25% dos estudantes inquiridos no estudo Consumos e Estilos de Vida no Ensino Superior consideram “pouco” ou “nada prejudicial” fumar marijuana ou haxixe de vez em quando. Do mesmo modo, 17,1% não vêem muito prejuízo no facto de se tomar medicamentos sem receita médica e 15,2% admitem que conduzir depois de beber três cervejas é “pouco” ou “nada prejudicial”.
“Há na cultura juvenil alguns mitos que é necessário contrariar com perseverança”, comentou ao PÚBLICO João Goulão, presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (Sicad) e um dos presentes na sessão de apresentação do estudo, esta terça-feira, na Universidade de Lisboa.
O documento foi elaborado a partir de 3327 inquéritos a estudantes do primeiro ciclo e mestrados integrados da Universidade de Lisboa, entre 27 de Novembro e 16 de Dezembro de 2012. E, ainda que no se refere à percepção de comportamentos de risco para a saúde, o estudo conclui que a vasta maioria dos inquiridos considera muito prejudicial fumar cigarros regularmente (83%), tomar quatro a cinco bebidas alcoólicas quase todos os dias (82,4%) e consumir-se smart drugs ocasionalmente (70,7%).
Relativamente aos consumos de substâncias ilícitas, 40% dos estudantes declararam já ter consumido cannabis pelo menos uma vez na vida. Quanto a pergunta incide sobre o consumo de smart drugs, as respostas positivas descem para os 5,4%. Mas voltam a subir para os 26% quando a questão é se alguma vez ingeriram álcool misturado com bebidas energéticas.
Quanto ao consumo actual, ou seja, nos 30 dias anteriores à realização do questionário, 11,3% declararam ter consumidocannabis e 6,5% bebidas alcoólicas misturadas com energéticas. No tocante ao álcool, cujo consumo foi declarado por 72,6% dos inquiridos, destaca-se o facto de 37% dos estudantes terem assumido ter consumido cinco ou mais copos (no caso das mulheres) ou seis ou mais copos (no caso dos homens) na mesma ocasião. É o chamado binge drinking, que pode ser explicado como algo como beber episodicamente uma grande quantidade de álcool para atingir a embriaguez.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bruxelas aperta o cerco às "smartshops"


Problemas de saúde ocorridos em Portugal em 2012 na origem da reacção da Comissão Europeia.
A Comissão Europeia apresenta hoje um conjunto de medidas para proibir temporariamente a comercialização de "novas substâncias psicoativas" consideradas perigosas para a saúde humana e para criminalizar a distribuição de alguns destes produtos, equiparando-os a drogas como a heroína e a cocaína.
O alarme soou em 2012, quando no espaço de poucos meses vários Estados-membros da União Europeia (UE), entre os quais Portugal, reportaram a ocorrência de dezenas de casos de complicações de saúde graves e até de mortes na sequência do consumo de substâncias consideradas legais e adquiridas legalmente, na maior parte dos casos nas chamadas smartshops.
Estes casos colocaram em evidência a incapacidade da legislação actual para responder de forma eficaz a um fenómeno caracterizado pelo aparecimento rápido de novas substâncias (300 desde 1997, ao nível europeu), capazes de escapar ao enquadramento legal existente. De acordo com a Comissão Europeia, actualmente podem passar quase 24 meses entre a detecção de um problema e a implementação de uma resposta legal.
Para tentar acertar o passo da luta antidroga com o novo desafio, a Comissão pretende que no futuro, em casos semelhantes aos ocorridos em 2012, os países possam em poucas semanas proibir a venda destes produtos aos consumidores durante um ano. Neste período, as autoridades procederão a uma análise exaustiva para enquadrar a substância em causa numa das três categorias de risco que serão entretanto criadas: reduzido, moderado e elevado.
Caso o risco seja considerado "reduzido" a comercialização poderá ser retomada, mas caso seja "moderado" o consumo ao público será proibido, embora se mantenha a utilização industrial e científica. Nos casos de risco "elevado" também a utilização não comercial poderá ser objecto de limitações e a distribuição e venda ao público será equiparada e criminalizada como o tráfico de drogas ilícitas.
De acordo com um Eurobarómetro de 2011, 5,8% dos jovens portugueses com idades entre os 15 e os 24 anos já consumiram substâncias deste tipo, o oitavo valor mais elevado da União Europeia, onde a média é de 5%.

Jornal Expresso
Daniel do Rosário, correspondente em Bruxelas 8:00 Terça feira, 17 de Setembro de 2013


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bruxelas-aperta-o-cerco-as-smartshops=f830699#ixzz2fCdck6U3

sexta-feira, 6 de setembro de 2013



ENTENDA SEU RIM - ÁGUA & CERVEJA !!! BEBA CORRETAMENTE !!!!

A HORA CORRETA PARA TOMAR ÁGUA

Você vai ao bar ou a uma festa e bebe uma cerveja.
Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu estômago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"
Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de líquido está sendo ingerido, ele sabe apenas que "é líquido".
Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caraca, o cara tá maluco!!!"E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora extra e filtra muito sangue e enche rápido.
Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.
O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estômago manda outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"
O RIM filtra feito um louco, só q agora, o q ele expulsa não é o álcool, ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais"bunitim".
Chega uma hora que você tá com o teor alcoólico tão alto que teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...
Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"
Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".
O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos. Como o CÉREBRO é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca. Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água. Sabia que...
... tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.

Retirado de superdicas - https://www.facebook.com/SuperDicasReBandeira

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Substâncias Psicoativas em Ambientes Recreativos



Substâncias Psicoativas em Ambientes Recreativos 
Desde os anos 90 que, sair ao fim-de-semana para adolescentes e jovens adultos, se converteu numa atividade de divertimento considerada fundamental, muitas vezes associada ao consumismo.
Os dias de semana "mostram uma tendência para a igualização formal na família, na escola, e/ou no trabalho" (Relvas et al., 2006, p.15), pelo contrário, o fim-de-semana é um espaço para a diferenciação e para a distinção social.
Segundo Relvas et al., (2006, p.15) "os jovens herdam uma sociedade definida em termos de consumo e opulência, uma sociedade de bem-estar, onde o ócio e a diversão adquirem um valor hegemónico nos critérios de construção social e onde o consumo é o método de satisfação das necessidades".
Os ambientes recreativos noturnos têm conquistado ao longo do tempo, um maior protagonismo na vida juvenil, "determinando estilos de vida e legitimando comportamentos tidos como necessários para a obtenção da diversão e do prazer imediato" (Lomba et al., 2011, p.3). Sendo o contexto em "que se assiste à generalização e normalização do consumo recreativo[1] de álcool e drogas bem como à adoção de outros comportamentos de risco associados" (Lomba et al., 2011, p.3). Nos dias de hoje os jovens iniciam o consumo de SPA em idades cada vez mais precoces, referindo-se a estas como quase imprescindíveis, para poderem participar em atividades recreativas noturnas (e.g dançar, ouvir música e estar com os amigos). O consumo é considerado "um elemento estrutural da própria diversão" (Calafat et al., 2000, citado por Relvas et al., 2006, p.16). Neste sentido, deve desenvolver-se uma intervenção preventiva precoce, nos quais se deve incluir os jovens que ainda não frequentam os ambientes recreativos noturnos e que não consomem SPA, procurando retardar o seu consumo, bem como, os sujeitos que já o fazem, procurando moderá-lo.
Segundo o OEDT (2002) as SPA consumidas na noite são maioritariamente estimulantes, nomeadamente o ecstasy e cocaína. Entender o crescente protagonismo que as SPA tomam, significa perceber o quão estas facilitam o estabelecimento de relações, o contacto com os grupos, a identidade e coesão ao grupo (ex. reforçam o vínculo tribal do grupo, proporcionam euforia, aumentam a intimidade, desinibição e a dissolução dos medos) (Godinho, 1995; Lorga, 2001; Viana, 2002, citado por Lomba et al., 2008), acentuando uma certa predisposição inconsequente para experiências sexuais efémeras do tipo “one night stand” (Lomba, 2006, citado por Lomba et al., 2008, p.32). Atualmente o uso de SPA em ambientes recreativos é tão elevado que estes contextos são considerados fatores de risco para o seu consumo (Bellis, Hughes & Lowey, 2002; Simões, 2005; OEDT, 2007, citado por Lomba et al., 2011). É importante referir que o consumo de SPA potencia outros comportamentos de risco, na área da sexualidade, circulação rodoviária e violência. Neste sentido, é importante analisar, compreender e dar protagonismo aos ambientes recreativos para que se possam arranjar soluções para estes problemas.
Através de um estudo descritivo[2] realizado numa amostra de 1257 jovens frequentadores de ambientes recreativos noturnos com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos, oriundos de 9 cidades portuguesas[3], foi possível uma melhor compreensão acerca desta realidade. Neste estudo constatou-se que em todas as cidades alvo de análise os jovens saem em média mais do que uma noite por fim de semana e visitam entre 2 a 3 locais de diversão por noite. O roteiro escolhido para cada noite, está dependente dos rituais recreativos, sempre em permanente ligação com a música e a dança. No entanto, tal como refere Alonso (2002, citado por Lomba et al., 2011) esta prática (de mudar frequentemente de local recreativo na mesma noite), pode relacionar-se com um maior consumo de álcool ou de outras SPA, e pode implicar maiores perigos, sobretudo quando associada à condução de veículos automóveis ou a outros fatores como o cansaço.
São vários os motivos subjacentes à escolha dos locais recreativos, entre os quais se destaca: a possibilidade de encontrar amigos e o tipo de música. Estes resultados confirmam que, "para estes jovens, a noite é o espaço em que as redes sociais se entrelaçam com o grupo de iguais e onde a música tem a função de ser o elemento catalisador da socialização" (Lomba et al., 2011, p.7). Outros motivos subjacentes a esta escolha incluem a acessibilidade a bebidas alcoólicas baratas e a outras SPA, bem como, motivações de cariz sexual.

Bibliografia
Lomba, L., Apóstolo, J., Mendes, F., & Campos, D. (2011). Jovens portugueses que frequentam ambientes recreativos nocturnos. Quem são e comportamentos que adoptam. Revista TOXICODPENDÊNCIAS, 17 (1), 3-15.
Lomba, L., et al. (2008). Consumos e comportamentos sexuais de risco na noite de Coimbra. Revista TOXICODPENDÊNCIAS, 14 (1), 31-41.
Relvas, J., Lomba, L., & Mendes, F. (2006). Novas Drogas e Ambientes Recreativos. Camarate: Lusociência.


Texto retirado do Relatório de Estágio "Associação Existências: Velhos Enredos...uma Nova História", realizado por Telma Maques.

 

[1] Os "consumos recreativos, constituem uma nova realidade, dada a sua dimensão sociocultural, transversalidade e impactos económicos e financeiros, com repercussões ainda não bem compreendidas e estudadas na família e na comunidade" (Relvas et al.,2006, p.7)
[2]Este estudo intitula-se de "Jovens portugueses que frequentam ambientes recreativos noturnos. Quem são e comportamentos que adotam" de Lurdes Lomba, João Apóstolo, Fernando Mendes e Diana Catarina de Campos (2011).
[3] Este estudo foi desenvolvido em 9 cidades portuguesas: Angra do Heroísmo, Aveiro, Funchal, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Viseu, Ponta Delgada e Coimbra.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Novo tratamento contra hepatite C curou 70% dos doentes

A combinação de um antiviral e de um medicamento experimental curou 70% dos pacientes com hepatite C em ensaios clínicos iniciais, prometendo uma solução mais simples para a doença hepática crónica, informaram investigadores.
O ensaio clínico de fase II, descrito num artigo divulgado, na terça-feira, no "Journal of the American Medical Association" (JAMA), estudou a eficácia e segurança de um medicamento experimental, sofosbuvir, tomado com o antiviral ribavirina.
Os fármacos foram tomados oralmente e o tratamento realizado durante seis meses conseguiu uma taxa de cura de 70% e foi bem tolerado, precisam os investigadores.
Os tratamentos atuais podem durar um ano e implicam injeções semanais de interferon alfa combinado o ribavirina e outro antiviral. Entre os efeitos secundários, que podem ser graves, incluem-se a depressão, os sintomas de gripe e a anemia.
O ensaio contou com a participação de 60 voluntários infetados com o genótipo 1 do vírus da hepatite C que responde menos bem ao tratamento à base de interferon, segundo a agência France Presse.
Este estudo clínico sobre a hepatite C também é diferente dos anteriores por incluir participantes com um fígado muito deteriorado e outros com lesões nesse órgão menos avançadas.
Vinte e quatro semanas após o final do tratamento, o vírus não foi detetado em 70% dos participantes, o que é considerado uma cura porque este agente patogénico não se integra no ADN humano.
Shyam Kottilil, do Instituto nacional norte-americano das alergias e doenças infeciosas e principal autor do estudo, considerou que, tendo em conta as características dos participantes, "o resultado é particularmente promissor".

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=3391355&page=-1

terça-feira, 27 de agosto de 2013

3.º Relatório do Projecto TEDI

No link apresentado abaixo está disponível o terceiro relatório projeto TEDI (European Drug Information project), onde são apresentados os resultados da análise às substâncias de consumo para o período de janeiro a Junho de 2013-08-27.
O projeto TEDI (-European Drug Information project) é uma rede europeia de instituições que desenvolvem trabalho de campo de análise às substâncias de consumo que partilham os seus conhecimentos e dados obtidos de forma a criar um sistema de informação europeu.
O Projecto TEDI, fazendo parte do projecto NEWIP desenvolve um de banco de dados que reúne, monitoriza e analisa a evolução de várias tendências europeias no consumo de substâncias psicoactivas em contextos recreativos.

http://www.tediproject.org/uploads/trend_reports_file_1377412718.pdf

domingo, 25 de agosto de 2013

Recaídas de heroinómanos triplicaram em três anos

Quase triplicaram as readmissões de consumidores de heroína e isso deve-se à melhoria nos registos - que já não assumem como novo um paciente reincidente - mas também às recaídas de quem foi apanhado pela crise, como Fernando e Paulo.
A repórter Ana Cristina Pereira conta a história de Paulo e Fernando, dois homens que se viraram para a droga, em ambos os casos, depois de a crise económica lhes ter batido à porta.
"Não serve de desculpa", diz Fernando. "Há pessoas em situações piores e não se metem na droga, mas, como tenho experiência com droga tenho este escape."


Médicos e enfermeiros alertam para "situação explosiva" na toxicodependência

Portugal caminha para uma "situação explosiva" na área da prevenção, acompanhamento e tratamento de toxicodependentes, admitiram representantes das Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros. A crescente falta de meios humanos associada à ausência de uma política nacional poderá levar a um crescimento da toxicodependência. 




A Ordem dos Médicos sublinha a crescente perda de recursos humanos e as dificuldades cada vez maiores de acesso dos doentes às consultas e tratamento, a ausência de uma política nacional e o facto de as estruturas e equipas no terreno se encontrarem ao abandono.
Já a Ordem dos Enfermeiros destaca a falta de enfermeiros especializados em saúde mental nas equipas de acompanhamento deste fenómeno, a tendência para um aumento no número de toxicodependentes em momentos de crise e a falência de modelos vigentes no acompanhamento dos doentes.

"Estão a criar-se condições para daqui a alguns anos termos uma situação explosiva. Temos notícia da diminuição de meios técnicos e de um afluxo de doentes com recaídas e problemas relacionados com a crise, bem como de uma acessibilidade cada vez mais diminuída a consultas e tratamentos", disse à Lusa um dos membros do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos, Carlos Ramalheira.
O médico, que liderou o extinto Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) da Região Centro, manifesta ainda a "enorme preocupação" da Ordem dos Médicos perante a reforma que está a ser feita na área desde 2011, "sem objetivos e sem rumo, que se traduziu na desarticulação de serviços, diminuição da eficácia e desnatação de meios técnicos ao dispor das estratégias nacionais coordenadas".
Carlos Ramalheira constata ainda "o depauperamento de técnicos, porque se deixaram caducar e não se renovaram contratos de acumulação de serviços, deixando cair médicos com mais de 10 anos de experiência na área, o que resultou em unidades com dificuldades de resposta para tratar não só os utentes que já possuem, como também para acolher novos casos".

Já o presidente da Mesa do Colégio de Saúde Mental e Psiquiátrica da Ordem dos Enfermeiros sublinha que esta entidade "está preocupada e atenta" a "uma situação potencialmente explosiva" na área da toxicodependência.
"O que nos parece é que a crise motiva o aparecimento de mais casos de incidência de consumo de novas e antigas substâncias e o retraimento de serviços que apenas prestam cuidados básicos estão muito longe da necessidade de resposta a cuidados que são marcados pela sua complexidade", explica Joaquim Lopes, defendendo "a passagem do modelo assistencial biomédico e médico/psicológico para modelos holísticos de prestação de cuidados", dos quais destaca o modelo de gestão de caso.
Ou seja, frisa, "o prejuízo para o utente decorre de termos menos técnicos, da sobrecarga dos cuidadores profissionais, mas não se limita apenas ao rácio, mas à natureza da especialização dos enfermeiros".

O representante da Ordem dos Enfermeiros, contudo, sustenta que a criação do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências "é positiva" ao dar resposta a fenómenos de adição, para além da droga e do álcool, como o sexo e o jogo e por "aproximar a população desfavorecida dos cuidados primários através das estruturas ex-IDT que agora pertencem às Administrações Regionais de Saúde".

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=3385671&page=-1 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ecstasy conquista uma nova roupagem e um novo público

Uma droga conhecida como Molly conquistou uma nova geração de profissionais conscienciosos que jamais fizeram uma noitada a dançar e costumam fazer escolhas cuidadosas quanto à sua comida, café e roupas. Mas a Molly não é exactamente nova.

 Ecstasy conquista uma nova roupagem e um novo público
Conhecida por causar sentimentos de euforia e por reduzir a ansiedade, era conhecida como ecstasy, ou MDMA, nos anos 1980, quando foi rapidamente adoptada por operadores de Wall Street e outros frequentadores da vida nocturna de Nova Iorque.
Mas, com o crescimento da procura, cresceu também o uso de aditivos em cada pílula - cafeína, anfetamina, efedrina, cetamina, LSD, talco e aspirina. Quando chegou o novo milénio, a reputação da droga já estava abalada.
Depois, em algum momento da década passada, regressou às casas nocturnas sob o nome «Molly» e foi apresentada como uma versão cristalina e em pó do MDMA: pura e segura.

Uma mulher de 26 anos chamada Elliott, que trabalha com cinema, levou Molly alguns meses atrás ao apartamento de um amigo, de onde eles saíram para jantar no Souen - um popular restaurante macrobiótico, natural e orgânico do East Village - e em seguida foram dançar. «As drogas apavoravam-me», diz. «Mas estava curiosa quanto a Molly, que as pessoas dizem ser uma droga pura e divertida.»
«Provavelmente estou a ser ingénua», disse, «mas senti que não estava a colocar tantos produtos químicos no meu corpo.»

Robert Glatter, médico no pronto-socorro do hospital Lenox Hill, em Nova Iorque, discorda. Glatter passou meses sem ouvir sobre o uso de Molly, mas agora recebe cerca de quatro pacientes por mês a sofrer de efeitos colaterais usuais da droga: o ranger dos dentes, a desidratação, a ansiedade, a insónia, a febre e a perda de apetite.
Sintomas colaterais mais perigosos incluem hipertermia, convulsões incontroláveis, hipertensão e depressão causada pela queda súbita dos níveis de serotonina nos dias posteriores ao uso da droga, um efeito apelidado de «terça-feira suicida».
«No passado, os pacientes eram os jovens das raves, mas agora recebemos cada vez mais pessoas na casa dos 30 e dos 40 anos que decidiram experimentar a droga», disse Glatter.
Muitos atribuem o ressurgimento do ecstasy ao regresso da música electrónica, que infiltrou o som de cantoras pop como Rihanna, Kesha e Kate Perry. No Ultra Music Festival, em Miami, no ano passado, Madonna foi criticada por perguntar ao público: «Quantas pessoas por aqui conhecem a Molly?». Ela disse mais tarde que estava a falar de uma amiga, não da droga.
Nos últimos meses, os rappers também adoptaram a droga, com referências a Molly nas suas letras. Rick Ross recentemente teve o seu contrato publicitário com a Reebok cancelado depois de um rap no qual falava que havia misturado a droga na bebida de uma mulher sem que ela soubesse.

As pessoas que gostam de Molly, cujo preço varia de 20 a 50 dólares por dose, dizem que é uma droga socialmente mais aceitável que a cocaína, por não causar vício físico. Cat Marnell, de 30 anos, antig
a directora de beleza da xoJane.com, que recentemente vendeu à editora Simon & Schuster um livro que fala do seu vício em drogas, supostamente por 500 mil dólares, disse que «Molly está na moda». Em referência à cannabis e à cocaína, ela diz que «a cocaína é antiquada. Já a cannabis tem um cheiro forte e, por ser barata, é mais usada por adolescentes».
Mas Marnell rejeita a imagem reformulada do MDMA, dizendo que a Molly «continua a ser uma droga pesada».

O MDMA, o metilenodioximetanfetamina, foi patenteado pelo laboratório farmacêutico Merck em 1914 e não atraiu muita atenção antes dos anos 1970, quando psicoterapeutas começaram a tratar pacientes com ele para convencê-los a falar mais dos seus problemas.
A droga chegou às casas nocturnas de Nova Iorque no final dos anos 80 e no começo dos 90 tornou-se a droga preferida das raves. Para alguns, a Molly continua a ser uma substância mais respeitável que outras drogas.