quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estranónio

Datura stramoniun (estramónio, figueira-do-inferno, erva-do-demónio, erva-das-bruxas, erva-dos-mágicos, figueira-brava, castanheiro-do-diabo, pomo-espinhoso)

É uma planta nativa da América do Norte, utilizada, assim como outras variedades de plantas do género das Daturas, dos povos euro-asiáticos e ameríndios.

É uma erva que pode atingir 30 e 150 cm de altura. As folhas são grandes, 7 a 20 cm, com dentes irregulares semelhante às folhas de carvalho. As flores apresentam uma das características mais distintivas da Datura stramonium, possuindo forma de trombeta, com 5 a 17,5 cm. Podem apresentar cores diversas, que vão do branco ao púrpura. A fruta tem forma oval, coberta de espinhos, é dividida em quatro câmaras, cada uma delas com dúzias de sementes de cor negra e pequenas. Todas as zonas da planta emitem um odor fétido, quando esmagadas ou apertadas.

Esta planta possui, em todas as zonas que a compõe, diversas substâncias psicoactivas, nomeadamente alcalóides tropânicos, nomeadamente a atropina, hiosciamina, escopolamina e compostos relacionados, que, quando consumidos em doses elevadas podem, por acção no sistema nervoso central, causar delírios, perda da consciência e amnésia.

O consumo recreativo desta planta apresenta um elevado risco de overdose, com risco de morte.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Jovem hospitalizado após consumo de estramónio

O jovem de 23 anos, que deu entrada num hospital de Badajoz em coma, depois de consumir estramónio (uma planta venenosa que produz efeitos alucinogénos) é português. Já recuperou do coma, mas continua internado em estado grave.

O jovem que, no domingo, deu entrada no Hospital Infanta Cristina de Badajoz em coma e em "agitação psicomotora", como consequência da ingestão de estramónio, já recuperou do coma.

Em conferência de imprensa, a médica dos Cuidados Intensivos do hospital, Elena Gálvez, assegurou que a evolução do jovem nas primeiras 24 horas "está a ser favorável" e que o paciente está "hemodinamicamente estável", com respiração espontânea.

Apesar do jovem estar "consciente", o prognóstico "ainda é reservado", acrescentou a médica, esta segunda-feira.

Quando questionada sobre a quantidade de estramónio que o jovem terá consumido, a médica disse que isso "não é importante porque depende muito de cada pessoa e depende do peso corporal e do metabolismo".

O jovem teve acesso ao estramónio nas margens do rio Guadiana, quando estava com um grupo de amigos. Foram os amigos que, alertados pelo seu estado de alucinação, chamaram o serviço de emergência médica, que procedeu à transferência do jovem para o hospital.

A mãe do jovem hospitalizado disse, esta segunda-feira, que o filho não tem culpa do sucedido, já que as plantas estavam ao alcance de qualquer pessoa, junto às margens do rio Guadiana.

Entretanto, a polícia local de Badajoz, com a ajuda dos bombeiros, recolheu, nas últimas horas, mais de 50 plantas que continham estramónio e outras espécies de plantas como medida preventiva.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1963993&page=-1

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PSP deteve 2700 condutores por excesso álcool em sete meses

A PSP fiscalizou de Janeiro a Julho mais de 534 mil condutores, dos quais 2700 foram detidos e mais de quatro mil foram autuados por excesso de álcool no sangue, revelou o comissário Paulo Flor, responsável das Relações Públicas.

Em declarações aos jornalistas ao início da madrugada em Portimão, durante uma operação "100% Cool", que tem decorrido em todo o país no âmbito de um protocolo celebrado com a Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), o comissário Paulo Flor explicou que o objectivo da acção é "a prevenção" e a sensibilização dos jovens dos 18 aos 30 anos para não consumirem álcool quando conduzirem.

"Claramente a nossa pretensão é a prevenção, certamente que encontraremos condutores infelizmente alcoolizados. A PSP ao longo deste ano, até Julho, já fiscalizou mais de 534 mil condutores - mais de 2700 foram detidos por álcool e mais de quatro mil foram autuados por excesso de álcool no sangue", adiantou o comissário.

Paulo Flor frisou que estes "são números que fazem pensar" porque "são 6600 pessoas que este ano em Portugal foram autuadas ou detidas pela PSP, em áreas urbanas, sensíveis, onde os despistes, as colisões e os atropelamentos têm de facto consequências mortais".

"Independentemente de haver 534 mil condutores identificados, continua a haver um número inferior de detenções e autuações relativamente ao ano passado", acrescentou.

Paulo Flor explicou que "a PSP desde o início do ano tem promovido este tipo de operações" e "este ano, no Verão, entre 15 de Julho e 15 de Setembro, vai fazer mais de 60 operações dentro do '100% Cool', principalmente na óptica da prevenção".

Na operação desta quinta-feira de madrugada, esteve presente o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Juvenal Silva Peneda, que considerou que "a razão de ser desta campanha é alertar os condutores para aquilo que não devem fazer".

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1961866&page=-1

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Maioria dos condutores jovens detectados nas operações 100%Cool não tinha bebido

Quase 80 por cento dos mais de 1300 jovens condutores fiscalizados desde Junho nas acções 100%Cool não apresentavam qualquer taxa de alcoolemia, segundo dados da operação Verão Seguro, realizada em todo o país.
A PSP e a GNR realizaram desde meados de Junho deste ano 40 operações 100%Cool, promovidas pela Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), com o objectivo de sensibilizar os jovens para o consumo moderado de álcool. O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Juvenal Silva Peneda, vai acompanhar na noite de hoje uma acção 100%Cool, em Portimão.

Nas acções já realizadas em todo o país, incluindo regiões autónomas, foram fiscalizados 1323 condutores entre os 18 e os 30 anos, dos quais a grande maioria – 1031 (77,9 por cento) – conduzia com 0,00 gramas de álcool por litro de sangue (g/l).

Apenas 11 condutores apresentavam uma taxa de alcoolemia entre os 0,80 e os 1,19 g/l, correspondendo a uma contra-ordenação muito grave. Dos jovens que foram sujeitos à fiscalização, 15 tinham uma taxa entre os 0,50 e os 0,79 g/l (contra-ordenação grave). A conduzir com uma taxa entre os 0,01 e os 0,49 g/l (sem contra-ordenarão) foram identificados 266 jovens.

Nas acções de sensibilização, os condutores detectados sem álcool recebem um prémio, que podem depois trocar por senhas de 20 euros em combustível ou ofertas dos parceiros da campanha, entre os quais o Automóvel Clube de Portugal.

http://www.publico.pt/Sociedade/maioria-dos-condutores-jovens-detectados-nas-operacoes-100cool-nao-tinha-bebido_1508937

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cigarro matinal quase duplica risco de cancro

Fumar nos primeiros 30 minutos depois de acordar aumenta, quase para o dobro, o risco de desenvolver cancro do pulmão, cabeça e pescoço, afirma um estudo publicado pela Sociedade Americana do Cancro.

Depois da análise a quase 5000 pessoas, fumadoras e com cancro de pulmão, e perto de 3000 pessoas saudáveis, "observou-se que o risco aumenta quase para o dobro naqueles que fumam um cigarro durante os primeiros 30 minutos depois de acordar, em comparação com aqueles que esperam, pelo menos, uma hora", afirma Joshua Muscat, da Faculdade de Medicina de Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América.

O estudo revela ainda que o tempo desde que a pessoa acorda até ao momento em que acende um cigarro é igualmente relevante para o desenvolvimento de tumores na cabeça e no pescoço. Os investigadores admitem que o risco possa ser maior nos primeiros 15 minutos após acordar.

Esta teoria já era apontada na pesquisa "Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention" (2009), segundo a qual não é só importante o "número de cigarros fumados por dia" ou o "número de anos que em que se mantém o hábito", mas também o "tempo decorrido desde que se acorda até ao acto de fumar o primeiro cigarro". Como foi então revelado, "durante os primeiros cinco minutos do dia, a nicotina no sangue aumenta até 437 nanogramas por mililitro (ng/ml). Entre os seis primeiros minutos e a primeira meia hora do dia, os níveis de nicotina atingem 352 ng/ml e, depois de uma hora, 215 ng/ml.

Dada a relevante e reconhecida associação entre a nicotina e os diferentes tipos de cancro (pulmão, boca, laringe, esófago, estômago, cólon, pâncreas, bexiga, útero e mama), o estudo conclui que quem fumar pouco tempo depois de acordar torna-se mais susceptível para o desenvolvimento de tumores.

A identificação de fumadores com esta prática "pode ajudar a identificar os fumadores com maior risco e ajuda-los, com intervenções preventivas, a evitar problemas maiores", pode ler-se no estudo.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1948222

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

50% dos jovens que saem à noite já tiveram sexo embriagados

Mais de metade dos jovens entre os 15 e 30 anos teve relações sexuais sob o efeito de álcool no último ano. Esta é uma das conclusões de um inquérito a 1257 jovens de nove cidades portuguesas publicado na revista Toxicodependências.

O estudo focou-se em jovens que saem à noite, a maioria dos quais consome álcool (91%) e é sexualmente activa (85%). Uma combinação que leva a comportamentos de risco, como sexo desprotegido.

A percentagem dos que tiveram relações embriagados é superior em cidades como Coimbra (64,80%) e Lisboa (60,42%), mas a média - incluindo Angra do Heroísmo, Aveiro, Funchal, Porto, Viana do Castelo, Viseu, Ponta Delgada - é de 53,5%. E cerca de um quinto teve sexo sob o efeito de outras drogas.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1940174

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Jovens de Coimbra são dos que mais arriscam à noite

Estudo analisou consumo de álcool e drogas nos espaços de diversão nocturna e detectou números preocupantes na condução sob o efeito destas substâncias

Um estudo da Agência Europeia de Informação sobre Droga (OEDT) coloca Coimbra entre as três cidades portuguesas em que os jovens adoptam mais comportamentos de risco, juntamente com Lisboa e Funchal. Realizado em nove cidades portuguesas, entre os anos de 2007 e 2010, o estudo inquiriu 1.257 jovens frequentadores de espaços de diversão nocturna, dos quais 144 em Coimbra.

http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_frontpage&Itemid=135

domingo, 3 de julho de 2011

Jovens estão a consumir mais heroína e alucinogénios

A tendência entre os jovens para o consumo de novas drogas e, sobretudo, de drogas mais viciantes foi um dos aspectos salientados pelo director do IDT, João Goulão, quando apresentou o estudo onde foram analisadas as respostas de cerca de 12.000 jovens (com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos) num universo de 15.000, todos do ensino público, que foram inquiridos a nível nacional, no primeiro estudo efectuado junto desta faixa etária.

O estudo (incidência de 45 por cento de rapazes e 55 por cento de raparigas) mostra ainda que existe um ligeiro aumento do consumo de cocaína no grupo etário compreendido entre os 15 e os 16 anos e que se tem registado um aumento exponencial no consumo de cogumelos mágicos, sobretudo entre os menores. Também a utilização de anfetaminas tem aumentado entre os alunos de menor idade que responderam ao inquérito.

No dia em que se assinalou o 10.º aniversário da entrada em vigor da lei que despenaliza o consumo de drogas, o director do IDT fez ainda questão de salientar que, apesar dos temores relativos ao aparente aumento do consumo de drogas duras entre estudantes com 14 e 15 anos, é de registar o facto de, na última década, ter diminuído (entre todos os grupos etários) o consumo de todo o tipo de estupefacientes.

Se o consumo de heroína (não há indicadores que apontem para um aumento do consumo através de injecção, mas sim por inalação) e de LSD (um alucinogénio) estão a ressurgir em idades cada vez mais baixas, já o mesmo não se passa com a cannabis e o ecstasy, estupefacientes que até há poucos anos eram tidos como uma espécie de moda entre os jovens.

Para João Goulão, apesar dos indicadores mostrarem que há grupos etários de risco onde se nota um aumento no consumo de drogas sintéticas, é um facto que "há [em Portugal] uma diminuição de toxicodependentes". O relatório ontem divulgado refere, por sua vez, que "a descriminalização [do consumo de drogas] não afectou negativamente a evolução do fenómeno", ao mesmo tempo que salienta a necessidade de "os toxicodependentes serem tratados como doentes com necessidade de cuidados, em vez de serem encarados como criminosos ou delinquentes".

O director do IDT, que defende a necessidade de realizar inquéritos globais para melhor se conhecer a realidade do consumo de drogas em Portugal, alerta ainda para o facto de a actual crise económica do país poder vir a contribuir para um eventual agravamento do tráfico e do consumo de drogas, facto que poderá redundar numa possível inversão dos resultados (diminuição de toxicodependentes) registados nos últimos dez anos.

As acções de prevenção, mas também a intensificação das terapias de tratamento, a dissuasão dos hábitos de consumo, a redução da oferta de drogas e a continuidade de políticas de reinserção são apontados como fundamentais no combate à toxicodependência.

http://www.publico.pt/Sociedade/jovens-estao-a-consumir-mais-heroina-e-alucinogenios_1501147

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Operação Viagem Segura

De acordo com os dados do balanço final da Operação “Viagem Segura” da GNR, dos 22.578 condutores fiscalizados, 2.568 foram autuados por excesso de velocidade e 515 tinham excesso de álcool no sangue. Destes números resultaram 326 detenções, condutores, 213 delas de condutores com uma taxa superior a 1,2 gr/l de álcool no sangue.


O excesso de velocidade e o excesso de álcool são aliás as duas causas mais frequentes de sinistralidade. Em Fevereiro deste ano a GNR efectuou uma operação alargada, durante um fim-de-semana, de controlo da velocidade e álcool, que levou à detenção de 229 condutores com excesso de álcool no sangue e detectou 343 casos de excesso de velocidade.

Num comunicado feito então, a GNR afirmava que, apesar da sinistralidade estar a diminuir, ela ainda atinge níveis preocupantes.

A brigada de trânsito autuou ainda este fim-de-semana 2.165 condutores por outros motivos, como uso de telemóvel durante a condução, falta de utilização de cintos de segurança e sistemas de retenção e falta de inspecção periódica obrigatória.

Neste mesmo período, das 00h00 de quinta-feira até às 24h00 de domingo, os dados da GNR relativamente à sinistralidade rodoviária dão conta de um total de 750 acidentes, dos quais resultaram quatro mortos, 20 feridos graves e 267 feridos ligeiros, disse à Lusa fonte da GNR.

Comparativamente ao mesmo período do ano passado, houve menos 263 acidentes, menos seis mortos, menos quatro feridos graves e menos 59 feridos ligeiros, adiantou a mesma fonte.

Por Lusa, PÚBLICO

http://www.publico.pt/Sociedade/fim-de-semana-alargado-com-quatro-mortos-nas-estradas-e-213-detidos-por-excesso-de-alcool_1498514

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Descobertas 41 novas drogas na UE só em 2010

O relatório foi apresentado hoje, durante o primeiro fórum internacional multidisciplinar sobre novas drogas da agência de informação sobre droga da UE, que decorre entre hoje e amanhã em Lisboa.

Em 2009 foram identificadas 24 novas drogas, quase o dobro das detectadas no ano anterior. Acutalmente o OEDT acompanha entre uma centena e centena e meia destas substâncias, disse ao PÚBLICO o coordenador do departamento da Acção sobre as Novas Drogas do OEDT, Roumen Sedefov. O número de lojas que comercializam estes produtos na Internet identificadas também aumentou significativamente no espaço de um ano: de 170 para 277.

"[Este encontro] é importante porque o fenómeno das novas drogas está a tornar-se num fenómeno verdadeiramente global - as substâncias que detectamos na Europa são produzidas noutros lugares, muitas vezes fora da Europa", explica Roumen Sedefov. Daí que tenham decidido abrir o fórum a outros países europeus e de outros continentes, como a Austrália, o Canadá, o Japão ou Israel e várias organizações internacionais como a Organização Mundial de Saúde. O departamento de novas drogas organizava, até aqui, reuniões anuais, apenas com as entidades responsáveis pelo combate às drogas nos Estados-membros.

As novas drogas são substâncias químicas que vão surgindo no mercado e que, até que haja uma intervenção, são comercializadas de forma legal - normalmente em smart shops e na Internet - porque estão sempre um passo à frente da lei. O fenómeno assume cada vez maiores proporções dentro da própria UE - em cada ano que passa tem crescido o número de novas substâncias psico-activas sintéticas detectadas.

"O ritmo a que este fenómeno das novas drogas se está a desenvolver reflecte-se não só no elevado número de substâncias disponíveis no mercado, mas também na sua diversidade e nos métodos de produção, distribuição e colocação no mercado", diz o director do OEDT, Wolfgang Götz, num comunicado sobre o fórum, em que se abordam temas como o sistema de alerta precoce, a avaliação dos riscos envolvidos no consumo e como devem ser feitos o controlo e a prevenção das novas drogas.
E nem sempre é fácil dar uma resposta rápida a um fenómeno em constante desenvolvimento, admite Roumen Sedefov. "O nosso sistema de alerta precoce [de novas drogas] é claramente o mais forte, mas claro que precisa de melhorar. É muito reactivo, dependente dos relatos que recebemos de cada Estado-membro. Precisa de ser mais pró-activo", admite. Uma das formas será "tentar antever o passo seguinte".

A mefedrona - uma nova droga com efeitos semelhantes aos da cocaína e do ecstasy, vendida como "fertilizante de plantas" -, foi a que mais preocupou o OEDT durante o ano passado e é um exemplo do quanto pode demorar uma substância a ser proibida desde que é detectada e identificada como “potencialmente perigosa”. Quase quatro anos após ter sido detectada na UE e cinco meses depois de uma directiva europeia para a sua proibição em todos os Estados-membros, continua à venda nas smart shops portuguesas.

http://www.publico.pt/Sociedade/descobertas-41-novas-drogas-na-ue-so-em-2010_1493666

terça-feira, 10 de maio de 2011

Queima das Fitas



O cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, em que participaram, na tarde de domingo, 106 carros alegóricos, deixou nas ruas da cidade por onde desfilou e artérias circundantes, “16 toneladas de resíduos sólidos”, segundo fonte da autarquia.

Durante a reunião da Câmara, na tarde de hoje, a vice-presidente da câmara, Maria José Azevedo Santos, lamentou os “excessos” cometidos, durante a Queima das Fitas, pelos estudantes dos diferentes estabelecimentos de ensino superior da cidade e muitos forasteiros.

Reflexo desses “excessos” é, designadamente, a “vandalização de 15 stands” dos já 70 instalados no Parque Verde do Mondego, para a realização da feira do livro da cidade, que abre no próximo fim de semana, disse a autarca social democrata.


Sublinhando que não se quer imiscuir nas questões da Academia de Coimbra, Maria José

Azevedo Santos, propôs que a câmara promova, para o ano, reuniões, designadamente, com os organizadores da Queima das Fitas para os sensibilizar no sentido de “que sejam regulados os excessos”.

“Quero os estudantes irreverentes”, mas “não posso aceitar que vandalizem o património”, como sucedeu também, por exemplo, com a ponte pedonal sobre o Mondego, disse a autarca, reagindo a advertências dos vereadores eleitos pelo PS.

“O pior que nos pode acontecer é tentarmos ser paternalistas em relação à Academia ou tentarmos impor-lhe regras”, alertou o socialista Carlos Cidade, considerando que a Queima das Fitas, que é “a maior festa de Coimbra, tem muitos mais aspetos positivos que negativos”.

Daquelas 16 toneladas, “6,5 toneladas eram garrafas de plástico e latas de bebidas”, revelou o vereador do CDS Luís Providência, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, que detém maioria no executivo.

Luís Providência, responsável pelo pelouro do Ambiente, sublinhou o facto do vasilhame em vidro recolhido, imediatamente a seguir ao desfile, ao final da tarde de domingo, corresponder apenas a meia tonelada de resíduos.

A “reduzida quantidade de vidro” recolhido pelos serviços de higiene e limpeza da autarquia resulta, em boa medida, com certeza, das campanhas de sensibilização que têm sido desenvolvidas junto dos estudantes e distribuidores de bebidas, no sentido de evitarem o uso de recipientes de vidro, acredita o vereador.

por Agência Lusa, Publicado em 09 de Maio de 2011
http://www.ionline.pt/conteudo/122166-coimbra-queima-deixa-rasto-16-toneladas-lixo-e-15-stands-vandalizados

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Jovens sem controlo em festas de droga

Há cada vez mais festas de música trance, em Portugal, onde menores misturam drogas químicas como o MD e o LSD. A situação, que se vive em muitos outros países europeus, está a preocupar a União Europeia que, numa conferência realizada no mês passado, alertou para o perigo da mistura de substâncias psicoactivas. Em Portugal, as autoridades também estão em alerta com estes eventos que, com a chegada do bom tempo, se multiplicam de Norte a Sul.

Aliás, um estudo da Organização Mundial de Saúde, apresentado na última semana, sobre comportamentos de risco entre os jovens portugueses, dos 11 aos 16 anos, revela um padrão no aumento do consumo de todas as drogas entre 2006 e 2010: 1,8% para 2% no LSD, 1,6% para 1,9% na cocaína e 1,6% para 1,8% no ecstasy. «É preocupante porque revela um padrão nos aumentos de consumo», diz Margarida Gaspar de Matos, que coordenou o trabalho em Portugal.

Quanto à entrada de jovens nas festas trance, a investigadora considera que «as autoridades deveriam monitorizar estas situações junto dos organizadores». Os 15, 16 anos, explica Margarida Gaspar de Matos, são precisamente «as idades em que os jovens começam a experimentar substâncias químicas». Isto, refere, «apesar de serem sobretudo os universitários» a fazê-lo.

Na maioria das festas, os menores não têm qualquer dificuldade em entrar e a segurança é quase nula. Por isso, também o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, admite que é necessário maior controlo. «A forma como estes eventos são organizados escapa ao controlo das autoridades», avisa o especialista.

São vários os tipos de festas existentes, que variam consoante o género de música, que vai desde o trance até ao dubstep, passando pelo drum and bass e o electro.

Para controlar situações perigosas, o IDT 'infiltrou' técnicos nestas festas, que se misturam com a multidão. São profissionais treinados para influenciar os utilizadores de modo a evitar o consumo excessivo de químicos e a actuar em casos extremos em que alguém tenha, por exemplo, um surto psicótico. Ao todo, adiantou ao SOL João Goulão são mais de 20 equipas de Norte a Sul do país nestas festas.

«A forma que temos de agir, em parceria com entidades locais, é pôr no terreno pessoas com quem os jovens se identificam», explica Goulão.

O SOL encontrou adolescentes de 15 e 16 anos nestas festas, que explicam o que os leva a consumir drogas tão perigosas e radicais como os alucinogéneos.

Diogo, 15 anos

Consome MD

'Fico no meu mundo'

Enquanto dança com energia no Opart, espaço de festas situado em Alcântara, Diogo conta a sua experiência com drogas. Considera-se «um noctívago» e confessa ser um habitual consumidor de MD (cristais sintéticos). Percorre as festas electrónicas por toda a região de Lisboa. «Gosto de tudo um pouco na música electrónica. Trance, electro, drum & bass. Tudo dá para dançar», refere o jovem, explicando que a música electrónica e as drogas estão misturadas. «Fico no meu mundo. Abstraio-me de tudo e de todos. Sou eu e a música».

Pedro, 16 anos

Consome MD e Haxixe

'Para as festas, só a ganza já não serve'

Pedro tem 16 anos e começou por consumir haxixe com os amigos aos 14. Hoje, admite, «para as festas só a ganza já não serve». Pedro explica o motivo: «Tenho de acelerar». O adolescente garante que não tem qualquer dificuldade de acesso às drogas. «O MD compra-se ao grama. Costumo comprar com amigos, para ficar mais barato», conta ao SOL. Apreciador de festas de trance, esclarece que consome para aguentar uma noite inteira: «Chego a beber três a quatro garrafas pequenas com mais um amigo. Tenho de ter energia para a noite toda».

E nem o medo do vício e dos problemas associados ao consumo destas drogas o preocupam: «No momento só quero aproveitar. Sou novo, depois logo se vê».

Lúcia, 15 anos

Consome MD, erva e LSD

'É fácil encontrar os vendedores'

Lúcia iniciou-se no mundo das drogas com 15 anos, ao fumar erva com uma amiga. Aos 16, já experimentou erva, haxixe, MD e ácidos. Não se sente viciada. «As drogas são um complemento para a diversão», diz, especificando: «Ajudam-me a criar estados de espírito diferentes do normal».

Por ser estudante, é dos pais que vem o dinheiro para comprar a droga e também ela garante que «é fácil encontrar os vendedores». «Quem quer comprar, tem sempre gente na zona que vende de tudo. Hoje torna-se mais fácil», refere.

Consome quando tem necessidade, quer seja «nos intervalos das aulas, na rua com os amigos ou em festas». Garante ainda que «agora toda a gente que chega aos 18 já experimentou muita coisa». Lúcia diz--se, porém, consciente de tudo. «Cada vez mais cedo vamos sabendo os efeitos e as consequências. Somos jovens, temos tempo para novas experiências».

Carlos, 16 anos

Consome MD e LSD

'É uma droga perigosa'

«Fico concentrado, e vivo para o mundo. Nem sempre a droga te deixa mais lento», conta ao SOL Carlos, de 16 anos. Gosta de «meter MD para curtir o som», e classifica-se como um consumidor consciente. Carlos gasta em média 10 euros por semana em haxixe e MD. «Sei até onde posso ir. No meu grupo de amigos todos nos controlamos e vemos se algum está a abusar», explica.

Trabalhador-estudante, afirma que o dinheiro para estas coisas vem do seu «bolso». Além disso, garante, peremptório: «Controlo o que compro porque o dinheiro custa-me a ganhar. É uma forma de não consumir demasiado».

Já experimentou LSD, mas admite que «é uma droga perigosa». «Esta sim, tira-te do mundo real. Não penso meter mais», promete.

Tiago, 16 anos

Consome Cocaína, MD, LSD

'Os ácidos queimam mais a cabeça'

Tiago, de 16 anos, está visivelmente cansado ao sair de uma festa na zona de Lisboa: «Aqui gasta-se muita energia. É a noite toda a dançar». Envolveu-se no mundo das drogas com apenas 14 anos, ao experimentar haxixe. Desde aí diz que já consumiu haxixe, erva, LSD, MD e cocaína. «Habitualmente consumo haxixe. MD, só nas festas e ácidos (LSD), só uma vez ou outra na casa de amigos. Cocaína só experimentei uma vez e não quero mais», conta ao SOL. Diz que o MD lhe dá energia.

«O corpo fica completamente enérgico e só queres curtir. E admite que os ácidos são mais perigosos. «Os ácidos queimam mais a cabeça. Ficas a alucinar com tudo e isso pode dar bom ou mau resultado». Consome MD por via nasal para «bater mais e mais rápido».

Luís, 17 anos

Consome Haxixe e MD

Para Luís, de 17 anos, a droga é «o fruto proibido mais apetecido». Consome haxixe e MD quando sai à noite e nas férias.

Apesar de dizer que «o MD é uma droga de diversão - a música, a noite, as luzes, tudo fazem querer mexer» -, admite que as consequências físicas podem ser desagradáveis quando passa o efeito. «Às vezes fico enjoado e com dores de cabeça».

sonia.balasteiro@sol.pt

por João Correia, João Vieira, Sónia Balasteiro

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=17376

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Consumo de haxixe aumenta entre os jovens

Os adolescentes portugueses consomem cada vez mais haxixe mas estão a fumar menos cigarros, revela um estudo nacional que entrevistou 5050 estudantes entre os dez e os 21 anos.

De quatro em quatro anos, a equipa do projecto Aventura Social da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, regressa ao terreno e tenta traçar um quadro dos "estilos de vida e comportamentos dos adolescentes portugueses".

Em 2010, a equipa entrevistou 5050 alunos do 6º, 8º e 10º anos, com idade média de 14 anos e realizou um estudo, que é apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian, esta quinta-feira.

Através deste trabalho, que é feito em Portugal desde 1996, é possível perceber as mudanças que se registaram na saúde dos adolescentes portugueses nos últimos 12 anos.

O estudo revela que os jovens consomem cada vez mais haxixe, depois da "baixa histórica" registada em 2006, e cada vez menos tabaco. O consumo regular do álcool também tem vindo a diminuir, apesar de o mesmo não se verificar com o "abuso episódico" de álcool, que continua a ser uma preocupação.

Há cada vez mais jovens a usar preservativos e é com os colegas que os adolescentes se sentem mais à vontade para conversar sobre sexualidade. Pais e professores são, regra geral, a última opção. Os investigadores verificaram ainda que, entre os adolescentes, os mais novos são os que têm mais comportamentos de risco, porque são os que menos usam preservativo.

O estudo revela ainda que os alunos passam mais tempo "sentados" a ver televisão ou em frente ao computador, que o consumo excessivo de doces (que tinha começado em 2002) continua a aumentar e que há cada vez mais casos de excesso de peso, que estava mais associado à infância e não à adolescência.

Os investigadores consideram que a saúde dos jovens adolescentes reflecte uma situação favorável, mas alertam para a dificuldade de manter as medidas quando elas começam a ter resultados positivos: "Veja-se o caso da experimentação do haxixe e do excesso de peso", lê-se no resumo do relatório.

O trabalho foi realizado pelo projecto de Aventura Social e pelo Centro da Malária e Doenças Tropicais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Universidade Nova de Lisboa). Este é um estudo colaborativo da Organização Mundial de Saúde, que se realiza de quatro em quatro anos em 44 países.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1830419&page=-1

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Alunos de 13 e 15 anos apanhados com droga no interior da escola Escola Secundária Infanta D. Maria

Na semana passada, um aluno do 8.o ano da Escola Secundária Infanta D. Maria foi surpreendido na posse de quatro gramas de haxixe, enquanto outro, do 10.o ano, deixou cair, em plena sala de aula, um saco com produto estupefaciente
A comunidade educativa da Escola Secundária Infanta D. Maria anda alarmada com o possível tráfico de droga nas imediações do estabelecimento de ensino, concretamente no espaço da Praça Heróis do Ultramar, em frente ao Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra e ao Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia. Na semana passada, dois alunos, do sexo masculino, foram detectados na posse de produto estupefaciente. Numa das situações, um jovem de 13 anos, aluno do 8.o ano, foi apanhado com quatro gramas de haxixe (equivalente a uma pequena barra). Noutro caso, um aluno do 10.o ano, com 15 anos, deixou cair, em plena sala de aula, um saco com droga.
Ontem, confrontada com estas duas situações, Maria do Rosário Gama não tentou esconder o que quer que fosse. «É verdade. Detectámos situações de consumo e dois jovens na posse de droga», lamentou a directora da escola, antes de revelar que «já foram accionados todos os meios», explicando que as situações «já foram comunicadas aos serviços de segurança da Direcção Regional de Educação do Centro, à Escola Segura da PSP, ao Instituto de Droga e da Toxicodependência e ao Governo Civil de Coimbra».
Segundo Maria do Rosário Gama, também já foi «pedida ajuda ao comandante da PSP», assim como foi «realizada uma reunião com a Associação de Pais e dois juízes, que são pais, deram uma ajuda». A preocupação da escola é ainda maior, dado o conhecimento da existência de «meninas envolvidas no consumo» de droga. «Não sei a extensão do consumo», assumiu a directora da Escola Secundária Infanta D. Maria, mais habituada a ver a sua escola ser falada pelos melhores motivos entre os quais a liderança do ranking das melhores escolas públicas nacionais.
«Já tinha avisado, há muito tempo, para o que se passava aqui à frente da escola, alertando para a possibilidade de ser traficada aqui droga», realçou Maria do Rosário Gama, que, no entanto, reconheceu «a falta de meios da Escola Segura», antes de destacar que «polícias à paisana era a maneira mais fácil de apanhar quem aqui anda nessas práticas». «O segurança que aqui está vê os garotos a traficar fora da escola. Muitos não são daqui, mas vêm aqui ter e passam de carro», assegurou, antes de anunciar que, «antes das 8h00 e depois das 18h30, é muito fácil traficar».
Situações envolvem alunos novos na escola
Ainda segundo a directora, os alunos envolvidos nestas práticas «vieram todos este ano para a escola», integrando uma turma do 8.o ano e outra do 10.o ano. «Estamos a fazer o que podemos e a Associação de Pais também. Está toda a gente avisada», reconheceu Maria do Rosário Gama, reforçando o apelo às autoridades: «Têm de ir mais além e exercer maior vigilância em frente à escola, mas disfarçada». Após revelar que «os pais envolvidos já foram avisados das suspeitas», a directora apelou a «uma atitude concertada para, com segurança, identificar todos os casos».
Maria do Rosário Gama assumiu que «o problema tem de ser atacado com força», de modo «a não perder o controlo da situação». «A vontade que me dá, é revistar toda a gente, todos os dias», continuou, assegurando que «todos sabem que há consumo» e afligindo-se com «o grande número de miúdos em risco». «Há pais muito atentos, mas outros não. Os pais têm de perceber que os filhos não precisam de dinheiro dentro da escola, pois têm um cartão electrónico com que podem comprar tudo», prosseguiu.
Antes de concluir, a directora da Escola Secundária Infanta
D. Maria garantiu que «a escola está atenta», apelando à «colaboração» de todos os pais e destacando o trabalho «impecável» da associação de pais. «Somos uma escola de reconhecida qualidade e a grande qualidade da maior parte dos alunos é conhecida. Não queremos que meia-dúzia de alunos estrague o que de bom aqui temos», encerrou Maria do Rosário Gama.
Escrito por João Henriques
Jornal Diário de Coimbra
http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=12019&Itemid=135

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Droga "miau-miau" será proibida em Portugal

A "droga legal" mefedrona, com efeitos semelhantes à cocaína ou LSD, vai ser proibida brevemente em Portugal. Conhecida como "miau-miau", está a ser vendida em lojas a preço de saldo.

Apesar de ser comercializada sob a capa de produto para plantas ou incensos, a mefedrona é consumida para efeitos recreativos em todo o mundo e em Portugal por cada vez mais jovens que procuram efeitos semelhantes aos das drogas ilegais como a cocaína, ecstasy e LSD.

O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) confirmou à agência Lusa que esta substância está prestes a ser proibida em Portugal, tal como aconteceu em outros países, depois de o seu consumo ter sido associado a mortes e problemas de saúde graves.

João Goulão reconheceu as dificuldades de as autoridades europeias acompanharem com legislação adequada o aparecimento de novas drogas no mercado. Até lá, o vazio legal permite que uma substância cientificamente associada a problemas de saúde possa ser vendida legalmente.

Só a inclusão desta substância na lista de produtos controlados, como defende a autoridade que regula o sector do medicamento, impedirá a comercialização. O Infarmed confirmou à Lusa que está a "ultimar o projecto de proposta de lei, a apresentar pelo Governo à Assembleia da República", para incluir a mefedrona nessa lista.

"Após a aprovação e entrada em vigor da nova tabela, o Infarmed irá controlar todo o seu circuito legal e esta substância só poderá ser vendida pelas entidades por si licenciadas", adiantou este organismo do Ministério da Saúde.

Em Portugal há pelo menos oito lojas que vendem legalmente este tipo de substâncias, uma das quais está já a preparar-se para a proibição da mefedrona, fazendo promoções para quem comprar em grandes quantidades.

Numa loja, situada no Bairro Alto, em Lisboa, há até um aviso que anuncia a iminência da proibição e convida os clientes a aproveitarem os saldos.

Com ou sem descontos, este e outros produtos são muito procurados por quem acredita estar a consumir uma droga que "não faz mal".

"Quando soubemos que existia uma loja que vendia estes produtos ficámos muito contentes, pois pensámos que esta droga não podia fazer mal e dava uma boa pedrada", contou à Lusa Francisca Alves, 21 anos.

Francisca só experimentou uma vez um produto, classificado como adubo. Ela e os amigos foram à loja e pediram um produto que desse "uma grande pedrada".

Sem questionar - nem solicitar bilhete de identidade - o funcionário vendeu uma bolsa com produto para ser fumado, apesar deste ter na embalagem uma advertência de que não é para consumo humano.

Francisca e os amigos não gostaram da experiência. "Parecia que o coração rebentava e deixámos de sentir as pernas. Foi muito mau", disse.

Apesar de depender das pessoas, os efeitos da mefedrona passam por aumento do ritmo cardíaco e irregularidades na batida, como palpitações, dificuldades de concentração e da memória a curto prazo, comparáveis aos do ecstasy ou da cocaína.

Francisca diz que estes produtos são cada vez mais famosos entre o seu grupo de amigos e que, à noite, a loja do Bairro Alto se enche de jovens ansiosos por uma "trip" com drogas legais.

Para o presidente do IDT, o importante é os pais estarem atentos. "Por serem vendidas numa loja de porta aberta não significa que sejam isentos de risco", disse.

Comercializada desde 2007 na Europa, a mefedrona é normalmente vendida em pó, mas existe igualmente em comprimidos.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tabaco explica entre 40 a 60% da diferença de longevidade entre homens e mulheres

De acordo com a agência AFP, os motivos pelos quais as mulheres vivem mais tempo do que os homens, sobretudo nos países europeus mais desenvolvidos, são sempre alvo de debate, mesmo que se reconheça que o tabaco tenha sido um factor relevante para esta diferença no passado, sublinham os autores do estudo, que será publicado na terça-feira.

As causas biológicas também foram invocadas, bem como o facto de as mulheres serem mais propensas a recorrer a cuidados de saúde do que os homens.

A equipa de investigadores liderada por Gerry McCartney, da Social and Public Health Sciences Unit, em Glasgow, no Reino Unido, utilizou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as taxas de mortalidade masculinas e femininas. Estes dados incluíam a taxa de mortalidade por todas as causas, e também as mortes atribuídas especificamente aos consumos de tabaco e álcool, em 30 países europeus, em 2005.

Entre as mortes ligadas ao tabaco estão as provocadas por cancro nas vias respiratórias, enfartes, ataques cerebrais e bronquite crónica obstrutiva. Quanto às mortes associadas ao consumo de álcool destacam-se o cancro da garganta e do esófago, as doenças hepáticas crónicas e a psicose alcoólica.

O excesso de mortes masculinas varia consideravelmente entre os países estudados. A maioria dos países que apresenta uma diferença significativa entre sexos localiza-se na Europa de Leste.

Segundo os investigadores, o tabaco explica entre 40 a 60 por cento da diferença de mortalidade entre homens e mulheres em todos os países, à excepção de Dinamarca, Portugal e França, onde a sua contribuição para aquela diferença é média, e de Malta, onde, ao contrário, é a causa mais importante para aquele desfasamento (74 por cento).

Por outro lado, as mortes atribuídas ao álcool explicam cerca de 20 por cento da diferença de longevidade entre sexos.

Os investigadores estimam que as alterações profundas no consumo de tabaco deverão contribuir para a diminuição das diferenças de longevidade entre homens e mulheres nas próximas décadas.

http://www.destak.pt/artigo/85158-tabaco-explica-entre-40-a-60-da-diferenca-de-longevidade-entre-homens-e-mulheres

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Adolescentes e mulheres jovens estão a fumar e a beber mais

(…)
O consumo de tabaco continua a aumentar entre as mulheres, especialmente as mais jovens. Os dados obtidos este ano após o inquérito a 1077 lares, mostraram que 17,3% das mulheres entre os 15 e os 24 anos já fumavam diariamente, quando em 2005/6 eram 14,2%. Apesar de os universos serem distintos e não inteiramente comparáveis, parece haver um distanciamento da meta de 5% para 2010 no Plano Nacional de Saúde. No caso dos homens, houve uma descida, de 25,9% para 23,4%, uma tendência que já vinha a verificar--se. A meta era atingir os 13% em 2010.
Em termos de álcool, a situação piora claramente, apesar da diferença dos dados e do método usado. Entre os 18 e os 24 anos, 85,4% da população masculina inquirida tinha bebido pelo menos uma bebida alcoólica nos últimos doze meses, muito acima dos 50,1% encontrados no último Inquérito Nacional de Saúde. Entre as mulheres a subida foi de 35,2%, para 60,9%.
(…)

Diário de Noticias
5 de Janeiro de 2011
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1748855

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

























CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!


Reserve o seu bilhete através do e-mail rexiste.existencias@gmail.com

Outros locais de venda:

- FNAC Coimbra

- Associação Existências

- Scatx Bar

- Phive

- Be One. Hair Care - Cabeleireiro

- Loja 5ª Avenida

- Loja On-line (ao lado do Pavilhão OAF)

- Óptica 21 (Golden Shopping)


O bilhete tem o valor de 10€ e possibilita a entrada nos 2 locais do evento!

No Scotch Club dá direito ao consumo de uma bebida!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Todos os anos surgem dezenas de novas drogas, permitidas graças ao vazio legal

A cada ano que passa é batido o recorde do número de novas drogas descobertas na União Europeia. Só este ano já foram identificadas 33 novas substâncias - no ano passado foram 24, quase o dobro das detectadas há dois anos. O PÚBLICO comprou uma destas drogas numa smart shop (tipo de loja onde são vendidas drogas que a lei não proíbe) de Lisboa. Comprou porque é legal. Até quando? A UE quer proibi-la e o mais certo é que o faça dentro de pouco tempo.

Conhecida como "miau-miau" ou "m-cat", a mefedrona está disponível nestas lojas ou em sites que comercializam as ditas "drogas legais". Comerciantes e consumidores dizem que imita os efeitos da cocaína ou do ecstasy. É vendida em saquinhos coloridos, em pó ou em pastilhas e o preço varia entre os 13 e os 35 euros. É vendida com rótulo de "fertilizante de plantas" ou outros semelhantes e um aviso: "Impróprio para consumo humano." Ingredientes: cetonas, extractos vegetais e glicose.

Mas como pode fertilizante imitar os efeitos de drogas proibidas? "Não é fertilizante", assegurou o especialista em novas drogas Roumen Sedefov, responsável pelo mecanismo de alerta rápido europeu do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), que ontem divulgou o seu relatório anual (ver texto principal). "O nome que lhe dão é uma estratégia para fugir ao controlo." A substância faz parte das catinonas sintéticas, que são derivados do composto principal da catinona, uma espécie de anfetamina.

Os efeitos a longo prazo da mefedrona não se conseguem avaliar, porque circula na Europa apenas desde 2007. Entretanto analisaram-na e, nas palavras de Sedefov, trata-se de uma droga "potencialmente perigosa". Sabe-se que está associada à morte de várias pessoas na Europa. O seu consumo preocupa o OEDT por se tratar de uma droga com "potencial para se fixar no mercado", ao contrário de outras novas drogas.

Por isso, a agência europeia das drogas pediu, há duas semanas, a interdição do consumo de mefedrona, confirmou ontem, em Lisboa, Wolfgang Götz, director daquele organismo, devido aos seus riscos para a saúde de quem a consome. A decisão, a tomar pela Comissão Europeia, deverá ser conhecida nas próximas semanas. Segundo o director do Instituto das Drogas e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, "tudo indica que venha a ser colocada na lista de substâncias proibidas".

É um jogo do gato e do rato. "O que se discute agora é a possibilidade de fazer classificações mais genéricas, mas depois há o problema de muitas destas substâncias serem parentes de medicamentos", disse.

A mefredona já é controlada em 15 países da UE, na Croácia e na Noruega. Portugal está fora dessa lista.

Em Março deste ano o IDT dizia ainda não a ter detectado no país. "Entretanto apareceu", afirmou ontem Goulão. "Temos casos muito pontuais e não temos registos de complicações nem de pedidos de ajuda."

Sobre a dimensão do consumo há só pequenos estudos. No Reino Unido, país onde a mefedrona goza de uma grande popularidade, um inquérito do OEDT em colaboração com a revista Mixmag, concluiu que a mefedrona era apontada pelas 2295 pessoas que responderam ao inquérito como a quarta droga mais comum depois da cannabis, do ecstasy e da cocaína.

O IDT não tem dados sobre o consumo em Portugal, mas o PÚBLICO identificou um indicador: no site de uma das smart shops portuguesas que faz o ranking dos produtos mais vendidos, o primeiro e o segundo lugares são ocupados por "fertilizantes de plantas".

Por Cláudia Sobral, com Amílcar Correia
http://www.publico.pt/Sociedade/todos-os-anos-surgem-dezenas-de-novas-drogas-permitidas-gracas-ao-vazio-legal_1465507

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cocaína tem sido adulterada na Europa com medicamentos veterinários

O número de mortes causadas pelo consumo de cocaína tem vindo a crescer nos últimos anos na União Europeia (UE). É no Reino Unido que a mortalidade associada à utilização de cocaína mais tem crescido (161 casos notificados em 2003 e 325 situações confirmadas em 2008). No total, morrem cerca de mil pessoas todos os anos devido à utilização daquela droga.

Cerca de 70 mil pessoas iniciaram tratamento, em 2008, devido ao consumo de cocaína nos 27 países da UE, o que quer dizer que estes consumidores constituem já 17 por cento dos novos utentes dos programas. A cocaína é a segunda droga mais consumida na Europa, estando a sua utilização mais concentrada nos países do Ocidente e Sul do continente.

A actual oferta de cocaína na Europa pode oferecer uma explicação plausível para estes dados. A esmagadora maioria de cocaína disponível em solo europeu é adulterada, devido aos chamados “agentes de corte”, de modo a aumentar o seu valor de mercado. O relatório do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (OEDT) hoje divulgado dá vários exemplos de quais são os agentes de corte que podem ser empregues: dos açúcares ou amido até à fenacetina ou à cafeína...

Mas a substância mais detectada e a que mais prejuízos pode causar à saúde dos consumidores é o levamisol – um anti-helmíntico para as lombrigas. Aquela substância tem sido utilizada como agente anti-parasitário na medicina veterinária e anteriormente tinha sido igualmente empregue como imunoestimulante na medicina humana. O observatório nota que 70 por cento da cocaína analisada nos EUA, em Julho de 2009, tinha sido acrescentada com aquela substância e nota que uma percentagem muito significativa da droga apreendida e analisada na UE continha levamisol. Este tipo de químicos é adicionado à cocaína, ou a outras drogas em pó, de forma a aumentar o seu valor de compra e os seus consequentes lucros.

O consumo como hábito inócuo
Wolfgang Götz, director do observatório, chama a atenção para o facto de muitos europeus ainda considerarem que o consumo de cocaína é um hábito inócuo, associado a uma determinado estilo de vida urbano e sofisticado. “Estamos a constatar progressivamente que, à medida que o consumo de cocaína aumenta, o mesmo acontece com o seu impacte na saúde pública”, afirma Götz. O consumo desta droga, acrescenta, “não só pode progredir rapidamente, como também pode causar vítimas mortais, mesmo quando consumida ocasionalmente e em pequenas doses”. Paul Griffthis, especialista do OEDT, realça que o consumo de cocaína adulterada pode causar efeitos nefastos em quem tem problemas cardiovasculares e em situações de policonsumo de várias substâncias psicoactivas.

A estatística disponível refere que o número de adultos que na Europa já experimentou cocaína, pelo menos uma vez, ronde os 14 milhões (dos quais 8 milhões têm entre os 15 e os 34 anos) e que o número de utilizadores no último ano se aproxime dos 4 milhões. Dinamarca, Irlanda, Espanha, Itália e, particularmente, Reino Unido são os países onde o seu consumo é mais elevado.

Espanha como porta de entrada
Espanha tem sido a porta principal desta droga na Europa, cujo tráfico se tem vindo a sofisticar. A sua introdução no continente tem sido feita através da incorporação de cocaína-base ou de hidrocloreto em materiais de transporte, como a cera de abelhas, vestuário ou adubos, para posterior extracção em laboratórios clandestinos já em solo europeu. Segundo dados coligidos pelo Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, cerca de 30 desses laboratórios foram desmantelados em Espanha. Segundo Paul Griffiths, existem, actualmente, três rotas principais de tráfico de cocaína. A saber: a proveniente da Colômbia e que passa pelos Açores; a que é oriunda do Brasil e que faz escala em Cabo Verde e, por fim, a da Venezuela, que atravessa o Norte de África e que se destina à Península Ibérica.

Estima-se que o número de apreensões de cocaína em 2008 tenha ultrapassado as 96 mil. Embora este seja um número que é considerado reduzido, o certo é que o número de apreensões duplicou em alguns países da Europa Central e Oriental.

(....)


O perigo dos cortes orçamentais
João Goulão, presidente da administração do OEDT e que também dirige o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) português, e Wolfgang Götz, director do observatório, escrevem, inclusive, no prefácio do documento, que “os serviços prestados aos consumidores de droga são cada vez mais ameaçados por cortes orçamentais, que poderão ter um efeito nefasto não só para as pessoas que consomem drogas mas também para as comunidades que nelas vivem”.

Os mencionados cortes orçamentais não excluem o caso português. A diminuição da despesa do Estado vai obrigar o IDT a fechar estruturas de tratamento, a reduzir horários de funcionamento ou do número de funcionários e a sacrificar o apoio a alguns programas de intervenção.

A agência europeia para a droga e a toxicodependência tem vindo a contribuir para uma política comum nestas questões e o seu papel tem sido determinante para que os “factos se sobreponham à ideologia”.

Os avanços registados na última década não são estranhos ao trabalho de análise e de investigação dos seus especialistas e são cada vez mais comuns aos 27 países da UE: aumentou o número de pessoas em tratamento, as políticas de redução de riscos generalizaram-se, com os inevitáveis impactes nas infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH); os países-membros adoptaram planos nacionais e estratégias nacionais, etc. No fundo, a União Europeia tem equilibrado as políticas de redução da procura com as políticas mais repressivas de redução da oferta, que eram até há pouco tempo predominantes. Alguns estudos referem mesmo que políticas de prevenção e de redução de riscos têm vantagens económicas, ao reduzir a despesa com os problemas de saúde, de inserção social ou associados à criminalidade.

Amílcar Correia
http://www.publico.pt/Sociedade/cocaina-tem-sido-adulterada-na-europa-com-medicamentos-veterinarios_146527

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O álcool, a droga "mais perigosa", afecta 500 mil portugueses

O álcool é considerado a mais perigosa das drogas, à frente mesmo das chamadas "drogas duras" como a heroína, o crack e a cocaína, numa avaliação ontem publicada na prestigiada revista médica "The Lancet" - que calcula de forma combinada os danos individuais e sociais.

Mas em Portugal, apesar dos sucessivos planos de combate, os jovens começam a consumir álcool muito cedo.

Confrontado com os resultados do ranking elaborado pelo Comité Científico Independente sobre as Drogas do Reino Unido, o ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa Domingos Neto não se mostra minimamente surpreendido. "O álcool é muito mais perigoso do que se imagina", comenta o psiquiatra. É responsável por "cerca de 40 doenças, além de muita violência, conflitos e perturbação da ordem pública", enumera. Ainda assim, "há imensas forças a favor do consumo dos jovens", um "lobby fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas".

E a dependência do álcool continua a ser "muito tolerada" em Portugal, onde, para um máximo de "entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados", existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de álcool. Mas o problema não é só português. "O álcool é a cocaína da Europa", diz o psiquiatra, que lamenta que em Portugal "falte uma atitude de saúde pública integrada para combater" este problema.

A cocaína também surge no ranking britânico, mas bem longe do álcool, da heroína e do crack. E o tabaco aparece logo a seguir, acima das anfetaminas, do ecstasy e dos cogumelos mágicos (ver gráfico). Realizado pelo comité liderado pelo ex-consultor governamental britânico David Nutt - demitido em 2009 depois de propor a alteração da classificação das drogas e de chegar a afirmar que andar a cavalo era mais perigoso do que consumir ecstasy -, o ranking foi ontem apresentado em Londres, numa reunião em que participou o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, João Goulão, agora responsável pela aplicação da política portuguesa do álcool.

O que pensa Goulão do estudo? "É uma metodologia que, não sendo perfeita, pode ser uma nova forma de avaliar, sem pressupostos ideológicos, o que realmente é perigoso", concede.

Sobre a política portuguesa a este nível João Goulão lembra que o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool - aprovado este ano e que prevê o aumento da idade de proibição de venda dos 16 para os 18 anos e a redução da taxa de alcoolemia para recém-encartados até 2012 - contempla metas que "vão demorar algum tempo" a concretizar. Defende, aliás, que a primeira medida "não faz sentido sem que a proibição de venda a menores de 16 anos seja efectiva". E isto passa mais "pela educação e formação dos pais, envolvendo os jovens e os vendedores", do que pela "repressão".

Mas reconhece que há aspectos da lei que devem ser revistos. Dá o exemplo da fiscalização, a cargo da ASAE e das polícias. As autoridades apenas podem abrir processos se apanharem os jovens em flagrante delito.

Num estudo divulgado este ano, a associação de defesa dos consumidores Deco concluiu que mais de metade dos jovens com idade inferior a 16 anos compravam bebidas alcoólicas, apesar da proibição legal.

Alexandra Campos
http://www.publico.pt/Sociedade/o-alcool-a-droga-mais-perigosa-afecta-500-mil-portugueses_1463878