quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um quinto dos portugueses fuma menos por causa da nova lei.










Um quinto dos portugueses fuma menos por causa da nova lei.
Um ano após a entrada em vigor da Lei do Tabaco, o universo de fumadores terá diminuído em cinco por cento, e um quinto diz que passou a fumar menos nove cigarros por dia por causa das restrições ao consumo em locais de trabalho e espaços públicos, revela um estudo que será hoje apresentado em Lisboa. A ministra da Saúde, Ana Jorge, começou ontem a levantar o véu sobre os primeiros resultados da avaliação do impacto da Lei do Tabaco. Desde 1 de Janeiro que é proibido fumar em locais de trabalho e espaços públicos, como restaurantes, bares e discotecas. Inquiridos 6308 portugueses com mais de 15 anos, numa amostra representativa da população do continente, conclui-se que cerca de cinco por cento dos fumadores dizem ter deixado de fumar no último ano. A prevalência de fumadores neste estudo é 16 por cento da população. Resta é saber se continuarão a não fumar, isto porque 54 por cento dos fumadores dizem já ter tentado fazê-lo alguma vez na vida. Os inquéritos foram feitos entre Maio e Novembro. 18 cigarros por dia Em média, os homens fumam 18 cigarros por dia e as mulheres 13. Os dados do inquérito dizem que 22 por cento fumam menos, por causa das restrições impostas pela legislação. Um dos medos dos legisladores era que, não podendo fumar em locais públicos, os portugueses estivessem a fazê-lo mais em casa. São 43 por cento os que dizem que rotineiramente puxam do cigarro em ambiente doméstico - número que é menor na presença de grávidas ou crianças - mas a proporção não aumentou, referem os dados do estudo preparado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) com o trabalho de campo da empresa EpiScience. O coordenador do programa de prevenção e tratamento do tabagismo da Administração Regional de Saúde do Norte, Sérgio Vinagre, diz que os bons resultados se ficam a dever a uma série de factores. Um deles foi a aposta nas consultas de cessação tabágica - que passaram de 150 para 240: um aumento de 60 por cento - e ao facto de se ter falado muito no tema e de ter havido campanhas de sensibilização. O médico diz não se deve abrandar em nenhuma destas frentes, sob pena de o efeito positivo se perder e diz que há exemplos de países que se saíram melhor no primeiro do que no segundo ano de aplicação da lei. Chama, por isso, a atenção para o facto de "a lei não estar a ser respeitada uniformemente" e alerta para o perigo de se assistir "a um retrocesso": "Há esforços para continuar a aumentar as vendas de tabaco". Números da Associação Nacional de Grossistas de Tabaco apontam para a descida de 13,5 por cento nas vendas de tabaco de Janeiro a Outubro, face ao mesmo período do ano anterior, mas o seu presidente, Jorge Duarte, não atribui apenas à lei as quebras. Fala da crescente subida do preço dos cigarros e da crise económica. O número português da quebra de vendas reflecte uma tendência europeia de descida, semelhante à verificada em países que aplicaram leis antitabaco do mesmo tipo. Um balanço feito pela Comissão Europeia sobre o assunto constata que em Itália, onde a proibição de fumar em locais públicos é de 2005, as vendas de tabaco desceram oito por cento, na Noruega andou nos 14 por cento. Em Espanha a legislação aplicada foi mais flexível e previa a hipótese de os proprietários dos estabelecimentos poderem optar pela proibição. Neste país a venda de cigarros foi em sentido inverso, tendo aumentado desde que entrou em vigor a lei antitabaco, em 2006.Asmáticos beneficiadosPara Luís Rebelo, médico e Presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, mais importante do que saber que efeitos a lei teve sobre os fumadores é perceber que benefícios trouxe aos não-fumadores, uma vez que o seu grande objectivo era proteger do fumo passivo. E aqui os resultados também parecem ser positivos. O estudo revela que 35 por cento dos cidadãos admitem ter sentido melhorias na sua saúde. Os que sofrem de asma são os que mais assinalam benefícios, seguidos dos que têm rinite, problemas nos olhos, alergias e bronquite. No geral, 94 por cento dos inquiridos acham que a lei protege a saúde. Genericamente, há grande apoio em torno da lei, mas tudo depende do local de que estamos a falar. O apoio maior é em serviços de saúde e estabelecimentos de ensino (quase 100 por cento), nos locais de trabalho desce para os 88 por cento, nos restaurantes são 80 por cento os que concordam com a proibição, descendo para os 68 por cento em caso de cafés. A concordância às restrições é menor em bares, pubs e discotecas (61 por cento).Já quanto ao seu cumprimento, só 35 por cento dizem que está a ser "totalmente respeitada", 43 por cento que está a ser "moderadamente respeitada" e 13 por cento que está a ser "pouco respeitada".

31.12.2008, Jornal Público, Catarina Gomes




sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

beba com cabeça



Site permite medir hábitos de consumo alcoólico
"Seja responsável, beba com moderação." A frase é conhecida, mas afinal o que é beber com moderação? As dúvidas já podem ser testadas através de um simulador que, indicando o sexo do utilizador, o tipo e a quantidade de álcool ingerido ou a ingerir, mostra quantas unidades de álcool foram consumidas, mostrando se esse é ou não um comportamento moderado. O simulador está disponível no site www.bebacomcabeca.pt, o novo projecto da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) que pretende que os consumidores conheçam os efeitos do álcool no corpo e possam testar se o seu consumo de álcool é responsável. O secretário-geral da ANEBE, Mário Moniz Barreto, explica que o site coloca "na mão do consumidor toda a informação para fazer escolhas acertadas". Para além do simulador, o site tem várias informações sobre hábitos de consumo alcoólico, para esclarecer os utilizadores e tentar "desfazer mitos urbanos, distinguir preconceito do conhecimento, dar informação científica sobre os reais efeitos do álcool", explicou Moniz. O site vai ter informações dedicadas a pais, grávidas, portadores de doenças para tentar esclarecer "da melhor maneira possível" os efeitos do álcool e os comportamentos correctos a adoptar. O conceito, Drink Aware, nasceu no Reino Unido, há cerca de oito anos. Chega agora a Portugal e em Fevereiro será apresentado oficialmente.
Jornal Público 19.12.2008 Cláudia Lomba

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Licença musical


Cinco responsáveis de estabelecimentos nocturnos do Porto foram constituídos arguidos por crime de usurpação de direitos conexos, na sequência de uma acção de fiscalização da Polícia Municipal, segundo a Passmúsica. Durante a acção, que decorreu na madrugada de sexta-feira para sábado, foi apreendido todo o material de reprodução musical, disse em comunicado aquela entidade agregadora de produtores e artistas musicais que cobra direitos conexos de música gravada e videoclips. A Passmúsica afirma ainda que "tem insistentemente alertado os agentes económicos e os utilizadores de música gravada para a necessidade de proceder ao respectivo licenciamento (...) em estabelecimentos que retiram evidentes benefícios económicos desta utilização". Já em Novembro tinha sido dada razão à Passmúsica na primeira de 500 providências cautelares. Na altura, Miguel Carreta, responsável da Audiogest (um dos membros da Passmúsica), estimou que mais de metade dos 2500 bares e discotecas em Portugal passam música sem estarem licenciados.

16.12.2008, Jornal Público, Vera Monteiro

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Juicy Events



A Associação Existências realizou ontem, dia 3 de Dezembro, o primeiro “Juicy Event” no Bar Quebra.
Esta actividade pretende promover o consumo de bebidas não alcoólicas, nomeadamente sumos naturais, ao mesmo tempo que se efectua a distribuição de material informativo e preventivo.
As próximas sessões estão agendadas para as primeiras quartas-feiras de cada mês.
Esta actividade contou com a colaboração do DJ “By accident”.

Um quarto dos fumadores pode desenvolver obstrução crónica dos pulmões



Um em cada quatro fumadores ou ex-fumadores tem obstrução pulmonar. Um problema que pode desencadear a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que afecta 600 mil portugueses e é a sexta causa de morte. Os dados resultam de um estudo elaborado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela Iniciativa Global para a DPOC. Foram rastreados mais de cinco mil pessoas com mais de 40 anos em empresas públicas e privadas de todo o país durante um ano, com o objectivo de avaliar na população residente no continente, a presença de sintomas respiratórios. Uma das conclusões foi que "os fumadores e ex-fumadores continuam a ignorar os principais sintomas das doenças respiratórias, mesmo quando se tornam incomodativos, limitativos e frequentes", salientou a pneumologista Bárbara Cristina, coordenadora do estudo. Cerca de 56 por cento dos rastreados referiu ter dispneia (falta de ar) 23 por cento referiram ter tosse com frequência, onze por cento dos quais durante mais de três meses por ano, e 23 por cento referiram ter expectoração, doze por cento dos quais durante mais de três meses por ano. Esta avaliação, segundo a coordenadora do estudo, foi efectuada através de espirometria, designação técnica do exame que permite o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). A unidade móvel de rastreios à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica percorreu mais de 20 mil quilómetros entre Maio de 2007 e Maio de 2008. Ao longo da campanha foram realizadas 5324 espirometrias, 2808 no sector público e 2516 no sector privado.
Doença mata mais do que sida
Segundo a avaliação, apenas dez por cento dos rastreados tinham consultado um médico por causa de uma alteração respiratória. No estudo participaram 4210 homens e 1105 mulheres, com a média de idades a rondar os 50 anos, os hábitos tabágicos foram semelhantes entre o sexo feminino e masculino, verificando-se que a população analisada que deixou de fumar fê-lo, em média, por volta dos 40 anos.A iniciativa permitiu detectar casos de obstrução pulmonar, assim como informar a população sobre esta doença crónica e silenciosa. A DPOC é, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a única doença crónica que regista crescimento e mata mais do que o cancro do pulmão ou mesmo a SIDA. A doença caracteriza-se por obstrução dos canais respiratórios que diminui a quantidade de ar que entra nos pulmões e é acompanhada por dificuldade respiratória (dispneia), tosse e aumento da produção de expectoração. As conclusões deste estudo vão ser divulgadas sexta-feira no Congresso de Pneumologia que se realiza no Porto. O estudo incluiu empresas privadas de ramos tão diferentes como indústria têxtil, comércio, indústria metalúrgica, serviços, e instituições públicas de saúde como hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiar.
04.12.2008 - 16h14 Lusa – Jornal Público

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Gala Transformismo


Realiza-se pelo segundo ano consecutivo, na discoteca Ar D'Rato em Coimbra, a Gala de Transformismo promovida pela Existências no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA - 1 de Dezembro.

Plastic Session 2



A Associação Existências, no âmbito dos seus projectos, incluindo o Projecto Nov'Ellos. irá realizar em colaboração com a IC-Zero (associação cultural), o evento Plastic Session 2, dia 28 de Novembro, na discoteca Via Latina, em Coimbra.

Este evento está incluído nas comemorações do 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a SIDA.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

1 de Dezembro

No dia 1 de Dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, evento ao qual a Associação Existências não poderia deixar de se associar.
As actividades a desenvolver incluem:

Dia 26 (quarta-feira): Conversas na rua
Praça da República (entre as 14 e as 19 horas), estando presentes ainda o CAD e a APF
Actividade de Rua: conversas com as pessoas que circulam sobre a importância da prevenção na área do VIH/ Sida; sensibilizar para a importância de realização regular do teste de detecção de anticorpos VIH; distribuição de materiias informativos

Dia 28 (sexta-feira): Plastic Session 2
Discoteca Via Latina, em colaboração com a associação ICO. Com a presença da Cosa Nostra.
Jantar seguido de diversas actividades.

(Presença no jantar dependente de inscrição)

Dia 30 (domingo): Festa Trans
Discoteca Ar D´Rato (a partir das 24h)
Evento de transformismo promovido pela Existências

Dia 1 (segunda-feira): Dia Mundial de Luta Contra a SIDA
Baixa de Coimbra e Parque Verde (entre as 15 e as 19 horas)
Actividade de Rua: conversas com as pessoas que circulam sobre a importância da prevenção na área do VIH/ Sida; sensibilizar para a importância de realização regular do teste de detecção de anticorpos VIH; distribuição de materiais informativo.

Contamos com todos os que se queiram juntar a nós!!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Anfetaminas

A história das anfetaminas e das metanfetaminas está intimamente relacionada à história de medicamentos estimulantes naturais. No final do século XIX, um cientista resolveu estudar o chá de Ma Huang, uma planta chinesa, actualmente conhecida como efedra. O chá de efedra era muito empregado na medicina chinesa para tratamento de doenças respiratórias e como tónico estimulante nos estados gripais e doenças debilitantes. Esse cientista descobriu que os efeitos do chá eram produzidos por algumas substâncias químicas presentes na planta.
Uma dessas substâncias foi isolada da planta e identificada, recebendo o nome de efedrina. Algum tempo depois, a molécula da efedrina passou a ser fabricada em laboratório, de modo que ninguém mais dependia do cultivo da planta para obter a efedrina. A efedrina foi, portanto, o primeiro estimulante natural que virou droga sintética.
A efedrina possui vários efeitos. A partir desse conhecimento, alguns cientistas resolveram fabricar várias moléculas parecidas com a efedrina para ver que efeitos elas teriam e se poderiam ser de alguma valia no tratamento de doenças. Entre essas primeiras moléculas destacam-se:
Anfetamina – sintetizada pelo químico alemão Lazar Edeleanu, em 1887.
Metilenodioxianfetamina (MDA) – sintetizada por G. Mannish e W. Jacobson, em 1910.
Metilenodioximetanfetamina (MDMA) – sintetizada pela Merck, em 1912, na Alemanha.
Metanfetamina – sintetizada pelo químico japonês, A. Ogata, em 1919Com o avanço dos testes clínicos, muitos dos efeitos desses fármacos passaram a ser conhecidos, sendo semelhantes a alguns efeitos da efedrina, ainda que com intensidade diferente. Durante a Segunda Grande Guerra, os soldados recebiam anfetaminas como estimulantes. O propósito era mantê-los acordados por mais tempo, com menos cansaço, menos sede ou fome, com maior força física e mais agressivos. Essas anfetaminas produzem efeitos mais fortes sobre o sistema nervoso central do que a efedrina.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Heroína volta a infiltrar-se nos hábitos de consumo dos jovens



Entre 2001 e 2007, o consumo diminuiu na população total, mas aumentou entre os jovens adultos, indica o relatório anual do IDT.


Os jovens adultos portugueses estão outra vez a experimentar heroína. "Há um ano, ninguém pensava nisto", comenta João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e até "havia a ideia de que o problema estava resolvido". Alguns até defendiam que o dispositivo montado para enfrentar a heroína já não fazia sentido. Os resultados de estudos epidemiológicos nacionais do último ano, porém, contradizem essas certezas.
Entre 2001 e 2007, a prevalência de consumo de heroína ao longo da vida passou de 0,7 para 1,1 por cento do total da população portuguesa. Esta subida não surpreendeu Goulão. A taxa "irá continuar a crescer". Nela cabem "todas as pessoas que alguma vez na vida consumiram" o opiáceo. Mas as prevalências de consumo nos últimos 30 dias aumentaram tanto na população em geral (0,1 para 0,2 por cento) como na jovem adulta (0,1 para 0,3).
Goulão valorizou mais a taxa de continuidade de consumo de heroína - isto é, a proporção de indivíduos que, tendo consumido a substância ao longo da vida, o fez, com regularidade, ao longo do último ano. Houve uma diminuição na percentagem de consumidores regulares entre o total de consumidores (26 para 24 por cento) entre 2001 e 2007) e um aumento entre a população jovem adulta (28,2 para 34,6).
O II Inquérito Nacional de Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Portuguesa, realizado no ano passado, mostrava algo que o Relatório Anual 2007 - A Situação do País em Matéria de Droga e de Toxicodependência (apresentado na quarta-feira) omite. "Entre os 15 e os 19 anos, houve uma diminuição significativa", lembra o presidente do IDT. "Entre os 20 e os 24 é que houve um aumento." Esta "ligeira" alteração é consistente com o alerta lançado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência há uma semana. O consumo de heroína estabilizou na Europa (há entre 1,3 e 1,7 milhões de consumidores problemáticos). Não desceu, como em outros anos.
Estes dados remetem para o crescimento da produção mundial de heroína (subiu 34 por cento em 2007), consequência directa da situação no Afeganistão, principal fornecedor global de ópio. "Estava-se a passar a ideia que o problema da heroína estava resolvido e não está", comenta Goulão. Responsabiliza o aumento da produção, o reactivar de algumas redes de tráfico, mas também factores como a crise ou o abandono escolar.
Num estudo citado pelo relatório sobre a subcultura juvenil trance, a heroína era "rejeitada por completo": "Conotada com outro estilo de vida", esta substância era tida como "perigosa e de efeito contrário ao pretendido". Só que ela ainda atrai jovens oriundos de contextos críticos. Está mais barata. Em 2006, um grama custava em média 42,17 euros. No ano passado, bastavam 37,57 euros. Apesar disto, nas ruas de Lisboa ou Porto, há alguns anos que uma dose custa cinco euros. E a maior parte dos alunos portugueses ainda considera "muito difícil ou difícil" arranjar heroína.O relatório anual indica ainda que em 2007, "tal como vem sucedendo desde 2002, o número de apreensões de heroína (1309) foi inferior ao de haxixe". Contabilizaram-se quase tantas apreensões como no ano anterior; a quantidade é que caiu 57 por cento.

Jornal Público - 14.11.2008, Ana Cristina Pereira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Portugal lidera nas infecções de VIH associadas à droga

Portugal é o segundo país com menos jovens consumidores de injectáveis
"Portugal continua a ser o País com maior incidência de sida relacionada com o consumo de droga injectável", diz o relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) divulgado ontem, em Bruxelas. Para Lisboa segue o desonroso primeiro lugar por infecções de VIH ligadas à utilização de drogas. Isto, apesar de as autoridades nacionais relatarem, entre 2005 e 2006, uma tendência decrescente.

Em contrapartida, Portugal é, entre dezanove países considerados, o segundo onde existem menos consumidores jovens de drogas injectáveis. Em 2006, Portugal comunicava mais de 66 casos de infecção de VIH por milhão de habitantes e 22 de sida. Na partilha dos lugares cimeiros, embora bastante distantes, estão os dois bálticos, Estónia e Letónia. Para o OEDT, o consumo de heroína pela via injectável nestes países " regista índices desproporcionadamente elevados de novas infecções e são responsáveis por uma percentagem significativa dos novos casos de VIH". Assim, relatório conclui, por isso, que os números "sugerem uma persistência de altos níveis de transmissão nestes países".

No capítulo da mortalidade, Portugal ocupa o nono lugar em 28 países (aqui, contabilizaram-se os 27 Estados-membros da União Europeia e a Noruega), com uma taxa de pouco mais de 30% por milhão de habitantes. Esta rubrica contempla as mortes induzidas directa e indirectamente pelo consumo de drogas. No entanto, o estudo aponta que 90% do número de mortes indirectamente derivadas do consumo, como as doenças infecto-contagiosas, acontecem, acima de tudo, no sul da Europa.

Wolfgang Götz, director do OEDT, sublinha que "os dados sugerem que o recrutamento de novos consumidores de heroína continua a produzir-se a uma frequência tal que é possível garantir que o problema não diminuirá significativamente num futuro próximo". Todos os anos, entre sete e oito mil europeus morrem devido à utilização de opiáceos, sendo a overdose a causa mais comum entre a população mais jovem, acrescentou.

ALEXANDRA CARREIRA
NATACHA CARDOSO -ARQUIVO D
N

http://dn.sapo.pt/2008/11/07/sociedade/portugal_lidera_infeccoes_vih_associ.html

Kit Sexy


Primeiro tenho de explicar o que é o Kit Sexy, trata-se de um saquinho que contém dois preservativos e uma embalagem de gel lubrificante. O Kit Sexy, mudou radicalmente a forma de as pessoas encararem a distribuição de preservativos durante as Equipas de Rua do Projecto Nov'Ellos. Se anteriormente muitas reagiam à pergunta: "Queres preservativos?", com alguma relutância, sem saber bem o que dizer, desde que começámos a distribuir o Kit expressões como: "Destes quero", "Que giro", "Espetacular", "Tão fashion", passaram a incluir-se nas respostas obtidas. Apenas esperamos que tal se associe a um uso efectivo destes e, se a imagem pode ser tão importante para a mudança de comportamentos, então dou os parabéns a quem teve a ideia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Latada 2008






























Entre os dias 22 e 29 de Outubro decorreu em Coimbra mais uma "Festa das Latas".
Trata-se de um evento que pretende comemorar o início de mais um ano lectivo e sobretudo a chegada dos novos caloiros. O Projecto Nov'Ellos esteve presente pela segunda vez, durante as sete noites de festa, contando com a presença de sete elementos, procurando efectuar a redução de riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ecstasy reduz as defesas

Os efeitos adversos da utilização de ecstasy danificam não apenas o cérebro, mas também o sistema imunitário. É a principal conclusão de um estudo do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que durante três anos seguiu a evolução de um grupo de consumidores desta substância.


Mais de metade dos consumidores de ecstasy têm algum diagnóstico psiquiátrico, sendo que muitos deles têm problemas cognitivos, de aprendizagem e de memória.


São também susceptíveis de contrair infecções, tendo muito menos defesas.

De acordo com os investigadores do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que avaliou cem jovens entre os 18 e os 30 anos, o ectasy muda o estado de espírito dos consumidores porque bloqueia os receptores de um neurotransmissor - a serotonina -, que regula o humor, mas também actua nos processos de memória e de aprendizagem.

"Se as doses que tomam são elevadas e durante algum tempo, os neurónios alteram-se", explica um investigador.

O ecstasy altera também o sistema imunitário, aumentando a secreção de uma hormona, o cortisol, fazendo com que haja uma menor produção de células fundamentais para sistema imunitário.

http://sic.aeiou.pt/online/noticias/vida/20081014+Ecstasy+reduz+as+defesas.htm

terça-feira, 23 de setembro de 2008

LSD

Nomes de Rua: Ácido, Pills, Trips
Apresentação
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).
Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Origem
O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir.
Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD.
Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.

Efeitos
Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.

Riscos
Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.
O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.
O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.
Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.
Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.
Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.
Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Tolerância e Dependência
Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.

Fonte:
http://www.psicologia.com

sábado, 30 de agosto de 2008

Mulheres e Álcool

O álcool, mesmo quando consumido em quantidade iguais, não afecta igualmente homens e mulheres. As mulheres sentem mais os efeitos do álcool do que os homens por um conjunto de motivos fisiológicos:

Capacidade de diluir álcool
As mulheres têm uma menor percentagem de água no organismo (52%, contra 61% nos homens). Isso significa que o corpo dos homens tem maior capacidade para diluir o álcool, mesmo se ambos tiverem o mesmo peso.

Capacidade de metabolizar o álcool
As mulheres têm menos álcool-desidrogenase - ADH (enzima que degrada o álcool) do que os homens, por isso, metabolizam o álcool mais lentamente. A degradação do álcool verifica-se sobretudo ao nível do fígado, tendo no entanto início no estômago. Sendo a ADH mais activa no organismo masculino, nos homens a digestão do álcool inicia-se mais cedo no processo digestivo, acelerando o processo.

Factores hormonais
As modificações hormonais que antecedem a menstruação aceleram o processo de intoxicação alcoólica. Além disso, pílulas anticoncepcionais ou outros medicamentos que contenham estrogénios diminuem a velocidade com que o álcool é eliminado do organismo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

GHB - conhecido também por Ecstasy líquido

Apresentação
O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.
Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.
O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.

Origem
O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio.
No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB.
Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.

Efeitos
A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais).
Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco.
Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte.
Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte.
Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.

Riscos
Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy.
Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos. O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância.
Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais.

Dependência
Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência
Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.

Fonte: www.psicologia.com

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças
No mercado de drogas ilegais, os principais representantes do grupo das anfetaminas são a anfetamina e a metanfetamina (e respectivos sais) — duas substâncias sintéticas estreitamente relacionadas entre si e membros da família das fenetilaminas. Ambas as substâncias são estimulantes do sistema nervoso central, partilhando o mesmo mecanismo de acção, efeitos comportamentais, tolerância, efeitos de abstinência e de consumo prolongado (crónicos). A anfetamina é menos potente do que a metanfetamina, mas em situações não controladas os efeitos são quase indistinguíveis.
Os produtos das anfetaminas e das metanfetaminas são sobretudo constituídos por pós, mas o hidrocloreto de metanfetamina, um sal puro e cristalino, também é consumido. Os comprimidos com anfetaminas ou metanfetaminas podem ter logótipos semelhantes aos observados nos comprimidos de MDMA e noutros comprimidos de ecstasy.
Em virtude das forma físicas em que se encontram disponíveis, as anfetaminas e metanfetaminas podem ser ingeridas, aspiradas, inaladas e, o que é menos comum, injectadas. Ao contrário do sal de sulfato de anfetamina, o hidrocloreto de metanfetamina, em especial na sua forma cristalina, é suficientemente volátil para ser fumado.
Fonte: OEDT, Drug profiles.

domingo, 17 de agosto de 2008

Macário Correia preocupado com alcoolismo nocturno

Autarca quer pôr na ordem os jovens espanhóis que trazem para as madrugadas algarvias ruído e álcool, que "acabam sempre em vandalismo e em desordem"
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa

Jornal Público13.08.2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Controlo de clientes em discotecas



Governo de acordo com controlo de clientes em discotecas

A Associação de bares da Zona Histórica do Porto apresentou uma proposta ao ministro da Administração Interna para a criação de uma lista negra de clientes nas discotecas. A proposta, de âmbito e aplicaçao nacionais, foi bem recebida pelo Governo que vai estudar o enquadramento legal. A proposta foi enviada por António Fonseca, no passado dia 13 de Julho, e pretende a criação de uma espécie de cadastro que, em última instância, pode proibir a entrada do cliente. Depois da reunião com o ministro do MAI, Rui Pereira, António Fonseca disse “haver receptividade e empenho totais” por parte do governo, segundo revela a notícia publicada hoje no “Jornal de Noticias”.O Ministério vai agora estudar as alternativas jurídicas que permitam ir ao encontro das pretensões dos proprietários de bares que querem ver limitado o acesso aos clientes considerados indesejáveis, uma vez que já não é aplicável o “Reservado Direito de Admissão”.
Pouco tempo depois da entrada em vigor do decreto que define os sistemas de segurança, a associação reclamou a aplicação do “controlo do cliente indesejável”. Ou seja, “aquele que utiliza os espaços de diversão nocturna” e demonstra uma “postura agressiva e provocatória sobre toda e qualquer contrariedade que atravesse o seus objectivos”, incomodando outros clientes.
António Fonseca diz querer proteger o cliente cumpridor e evitar, assim, “incidentes graves” como os ocorridos no ano passado na noite do Porto. Além disso, argumenta que sistemas semelhantes existem em outros países, como a Irlanda.
13.08.2008 - 09h26 PUBLICO.PT

domingo, 20 de julho de 2008

Hi Summer 08_Imagens



Hi Summer 08


O Projecto Nov'Ellos esteve presente no HiSummer, evento promovido pela SporJovem entre os os dias 16 e 20 de Julho, na Praia de Pedrogão. As actividades de prevenção do consumo de substâncias psicoactivas decorreram no Parque de Campismo, na Praia e na Discoteca Stess Less.

Cidades, Saúde e Segurança 3

Conferência do Dr. António Arnaut na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Cidades, Saúde e Segurança 2

Imagem da Sessão de Abertura do Congresso com a presença do Dr. Fernando Mendes (IREFREA), Prof. Doutor Eduardo Santos (IPCDVS) e Dr. Paulo Anjos (Associação Existências).

Cidades, Saúde e Segurança 1

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Congresso Cidades, Saúde e Segurança



Decorreu de 7 a 9 de Julho no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra o Congresso "Cidades, Saúde e Segurança", promovido pela Associação Existências em colaboração com o IREFREA Portugal e com o IPCDVS, da Universidade de Coimbra.
Destacaram-se, como matérias em discussão neste encontro, aspectos ligados espaços recreativos, a mobilidade causada pelos cidadãos durante os dias de semana e, especialmente, ao fim-de-semana e a avaliação do impacto que estas actividades têm na vida das cidades, assim como questões ligadas aos comportamentos violentos, comportamentos sexuais de risco e ao consumo de substâncias psicoactivas, lícitas e ilícitas.
No final do Congresso, que contou com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, foi assinada a constituição do Observatório para o Estudo e Monitorização das Actividades Recreativas, um Projecto pioneiro a nível nacional, que contou, para além das três subscritores fundadores acima mencionados, com a subscrição da Câmara Municipal de Coimbra e da Quebra Produções Lda.

domingo, 22 de junho de 2008

Plastic Session


Ontém, foi realizada, no Salão Brazil, a primeira das "Plastic Sessions", em colaboração com a associação Cultural IC-zero.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Conferência de Imprensa



Foi ontem, dia18 de Junho, apresentado, em Conferência de Imprensa, no auditório da FNAC, no Centro Comercial Forum, o Congresso Cidades, Saúde e Segurança e a constituição do Observatório das Cidades Recreativas. Para o efeito estiveram presentes o Prof. Doutor Eduardo Santos do IPCDVS da Universidade de Coimbra, o Dr. Fernando Mendes do IREFREA e o dr. Paulo Anjos da Associação Existências.

Observatório das Cidades Recreativas

Observatório das Cidades Recreativas de Coimbra vai investigar o lazer e a segurança.
O objectivo do projecto é reunir numa mesma plataforma instituições que se dediquem ao estudo e à prevenção de comportamentos de risco
Coimbra vai ter um Observatório das Cidades Recreativas. O projecto, que é pioneiro na Região Centro, traduz-se na criação de um plataforma que irá inclui várias instituições, nacionais e estrangeiras, ligadas à saúde e à segurança, sobretudo às áreas da prevenção de comportamentos de risco e uso de substâncias psicoactivas em contextos de recriação nocturnos. A criação do observatório será um dos pontos em agenda no Congresso Internacional Cidades, Saúde e Segurança, que irá decorrer em Coimbra nos dias 7, 8 e 9 de Julho. O Observatório tem como objectivo "estudar, investigar e monitorizar" fenómenos relacionados com os contextos recreativos em diferentes cidades, sobretudo no que toca ao consumo de substâncias psicoactivas associado à violência, aos comportamentos sexuais de risco e à condução perigosa. Ângela Marques, da Associação Existências, entidade sedeada em Coimbra que se dedica à prevenção de comportamentos de risco e uma das fundadoras do Observatório, espera que a adesão "dos parceiros" seja a maior possível. Para além de desenvolver estudos acerca das realidades de cada uma das cidades que aderir ao projecto, o Observatório pretende também, numa fase posterior, fomentar a intervenção no terreno, informando os jovens e fomentando atitudes "responsáveis" perante situações de risco. "Será uma base de trabalho. Depois, com os parceiros europeus, vamos vendo quais são as necessidades de cada cidade e, sim, partir para o terreno", adianta Ângela Marques. A assinatura do documento para a criação do Observatório das Cidades Recreativas está marcada para a cerimónia de encerramento do Congresso Internacional Cidades, Saúde e Segurança. O congresso é promovido pela Associação Existências, em colaboração com o Irefrea Portugal (organização não-governamental que trabalha na área da prevenção) e com Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social da Universidade de Coimbra. No encontro, que vai reunir representantes de diversas instituições, nacionais e estrangeiras, pretende debater-se, entre outras questões, "o papel das autarquias" em questões relacionadas com a saúde e segurança das cidades. Os promotores do observatório querem intervir no terreno, informando e fomentando "atitudes responsáveis"

19.06.2008, Jornal público - Maria João Lopes

terça-feira, 17 de junho de 2008

Parar de Fumar: comece hoje!

Nos últimos anos, as claras evidências que comprovam os efeitos altamente nocivos do tabagismo na saúde, têm resultado, entre outros aspectos, na divulgação de campanhas de sensibilização para o abandono definitivo do acto de fumar. Mesmo assim, a tendência para o aumento desta epidemia não pára de crescer, pelo que nunca será de mais relembrar alguns dos dados concretos que colocam o tabagismo como o principal factor de risco modificável tanto para a angina de peito, como para o enfarte agudo de miocárdio.

De facto, é possível identificar, entre gases e partículas, mais de 4000 compostos libertados na combustão de um cigarro. Destes, existem três especialmente perigosos: a nicotina, principal responsável pela hipertensão, taquicardia, irritabilidade e dependência; os alcatrões, potentes agentes cancerígenos; e o monóxido de carbono, que se liga à hemoglobina, reduzindo a sua capacidade transportadora de oxigénio aos tecidos e aumentando a insuficiência de vários órgãos e do sistema arterial.

Como se os malefícios a que os fumadores activos estão sujeitos não bastassem, sabemos hoje que os componentes que o tabaco liberta para a atmosfera (processo designado por “corrente secundária”) têm ainda maior concentração de produtos tóxicos que a “corrente principal”, inalada pelo fumador. Por estas razões e no sentido de proteger os cidadãos residentes em Portugal da exposição involuntária ao fumo do tabaco, o Governo Português aprovou recentemente uma nova legislação (que entra em vigor a 1 de Janeiro de 2008) que limita ou impede o acto de fumar em locais de atendimento público e de trabalho, restaurantes e estabelecimentos hoteleiros, entre outros.

No sentido de despertar os leitores para deixarem de fumar e/ou ajudarem os amigos fumadores a fazê-lo, terminamos com alguns factos que têm tanto de frieza como de verdade…

Razões de saúde, económicas e sociaispara deixar de fumar
Fumar 10 cigarros por dia aumenta a mortalidade em 18% nos homens e 31% nas mulheres;
O acto de fumar resulta numa redução da expectativa de vida entre 5 e 8 anos;
O tabaco é a causa directa de cerca de 20% dos enfartes;
Os fumadores têm o dobro da prevalência de cancro e de angina de peito que os não fumadores;
As mulheres fumadoras que tomam anticoncepcionais orais apresentam um risco de sofrerem enfarte de miocárdio 10 vezes superior às mulheres não fumadoras com o mesmo método anticoncepcional;
As mulheres que fumaram e continuam a fazê-lo depois da menopausa têm uma maior descalcificação óssea e mais de 50% de probabilidade de sofrer fracturas comparativamente com as mulheres não fumadoras;
Um em cada três fumadores tem bronquite crónica;
Os trabalhadores que fumam mais de 20 cigarros por dia têm três vezes mais baixas laborais que os que não fumam;
Um fumador passivo que permaneça cerca de uma hora num ambiente com elevada concentração de fumo, terá inalado substâncias químicas equivalentes ao fumo de 3 cigarros;
A Organização Mundial da Saúde calcula que morrem anualmente 4 milhões de pessoas directamente por causa do tabaco. Prevê-se que este número suba para 10 milhões no ano 2025.

O que acontece quando se deixa de fumar?
Após 6 horas, o batimento cardíaco e a pressão arterial iniciam uma descida, embora possam levar algumas semanas a atingir valores normais;
Após 12 horas, denota-se alguma melhoria na função pulmonar e diminuem as possíveis faltas de ar;
Após 2 dias, o cheiro e o paladar ficam mais apurados;
Entre 2 e 12 semanas, a circulação sanguínea torna-se mais eficiente e as actividades físicas tornam-se mais fáceis;
Após 3 a 9 meses, diminuem os problemas respiratórios e a função pulmonar aumenta cerca de 10%;
Após 2 anos, o risco de ataque cardíaco é duas vezes inferior ao de um indivíduo fumador;
Após 5 anos, o risco de cancro de pulmão é duas vezes inferior ao de um indivíduo fumador e o risco de ataque cardíaco será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.

http://www.rituais.net/

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Mitos sobre a Marijuana 2

Mito: A marijuana não faz tão mal como os cigarros
Verdade: Não é verdade. De facto a Marijuana contém muitos dos químicos causadores de cancro que se encontram no tabaco. Se tivermos em conta a forma como é fumada pode, inclusive, pode ser mais potenciadora de cancro que o próprio tabaco. As pessoas que fumam regularmente marijuana podem sofrer dos mesmos problemas respiratórios que os fumadores de tabaco.

domingo, 1 de junho de 2008

Consultas de cessação tabágica



Preço alto e falta de informação são obstáculos; 300 pneumologistas receitam mais produtos para cessação tabágica do que todos os clínicos gerais
O número de consultas de cessação tabágica nas unidades do Serviço Nacional de Saúde tem vindo a aumentar paulatinamente nos últimos tempos. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (ver microsite do tabaco em http://www.dgs.pt/) havia, no final de Abril, cerca de duas centenas de consultas para ajudar os fumadores a largar o vício, de Norte a Sul do país. A maior parte destas consultas funciona em centros de saúde (só um quarto está localizada em hospitais, que normalmente tratam os casos mais graves). A região Norte é a que disponibiliza mais consultas de cessação tabágica (73), seguida da região Centro (54) e de Lisboa e Vale do Tejo (46). No Algarve há 11 consultas deste tipo, enquanto no Alentejo existem apenas oito. A lei do tabaco diz que devem ser criadas consultas de apoio aos fumadores em todos os centros de saúde e serviços hospitalares públicos.

Jornal Público 31.05.2008, Alexandra Campos

sábado, 31 de maio de 2008

Efeitos do Ecstasy

Pequenas doses de MDMA provocam efeitos alucinogénos e estimulantes. À medida que a dose é aumentada prevalecem os efeitos estimulantes.
Os efeitos cerca de 20 minutos após a ingestão e podem durar de 4 a 6 horas.
SENTIDO ALTERADOS: O MDMA aumenta a libertação de serotonina, provocando efeitos alucinógenos e de dopamina e noradrenalina, que provocam uma sensação de euforia. Os efeitos incluem a sensação de proximidade com as pessoas, de felicidade e a alteração de sentidos, que ficam mais apurados. O ecstasy provovoca aumento do desejo, mas retarda o orgasmo e dificulta a ereção.
EXCESSO DE ÁGUA: A pessoa sente vontade de urinar, mas não consegue, pois a droga aumenta a secreção de hormona antidiurética (ADH), que faz a reabsorção de água no organismo. A água retida, somada à maior necessidade de ingeri-la, aumenta o risco de intoxicação por água, podendo levar a um edema cerebral.
TENSÃO TOTAL: O ecstasy provoca trismos (tensão do maxilar), devido à hiperestimulação de adrenalina. Em algumas pessoas, isso progride para o bruxismo. Há casos de pessoas que partem os dentes depois de utilizar a substância.
CORAÇÃO ACELERADO: Um dos efeitos colaterais mais relatados é a taquicardia. Quem tem problemas cardíacos e de pressão pode ter uma paragem cardíaca ou AVC, devido ao aumento intenso do fluxo de sangue para essa região de uma só vez.
FALÊNCIA HEPÁTICA: O ecstasy é uma das principais causas de falência hepática aguda, sobretudo quando ingerido com muito álcool.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mitos sobre a Marijuana 1


Mito 1: A Marijuana é inofensiva
Verdade: De facto não nos pode matar directamente – mas isso não significa que seja livre de riscos. O consumo regular de marijuana demonstrou estar associado a problemas de longo prazo, incluindo a perda de memória e cancro do pulmão. Sobretudo para um cérebro em desenvolvimento, como o dos adolescentes, marijuana pode ser particularmente tóxica – a sua utilização pode conduzir a ataques de pânico, depressão e outros problemas de saúde mental.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A decisão de deixar o cigarro é contagiosa


Deixar de fumar é social e culturamente contagioso, defende uma equipa de investigadores norte-americanos na conceituada revista médica New England Journal of Medicine. Trocando por miúdos: nos últimos 30 anos, as pessoas têm deixado de fumar em grupos. "Analisando grandes redes sociais, descobrimos que as pessoas deixam de fumar como que em grupo, ao mesmo tempo, mesmo que não se conheçam entre si", explica um dos autores do trabalho, Nicholas Christakis, citado pela AFP."Há como que uma mudança cultural ou do espírito dos tempos num determinado grupo social, entre pessoas que estão ligadas mesmo sem se conhecerem pessoalmente, e que deixam de fumar ao mesmo tempo", adianta o investigador da Faculdade de Medicina de Harvard. Para chegarem a esta conclusão, os cientistas analisaram uma rede social de 12.067 pessoas, entre 1971 e 2003, anotando todos as mudanças ao nível familiar, amigos próximos, colegas de trabalho e vizinhos. No total, a rede criada pelos investigadores incluía 53.228 relações sociais, familiares e profissionais."Ao analisar o conjunto destas redes ao longo de mais de 30 anos, constata-se que os núcleos de fumadores continuam mais ou menos do mesmo tamanho, mas que se tor-naram cada vez menos numerosos", adianta James Fowler, da Universidade da Califórnia, outro autor do estudo.Esta equipa já tinha chegado à conclusão, em 2007, que a obesidade é socialmente contagiosa, analisando esta mesma base de dados. Agora, descobriram que há um efeito de cascata quando as pessoas deixam de fumar. Se alguém deixa o cigarro, as hipóteses de que um amigo de um seu amigo deixe também de fumar aumentam em 30 por cento - ainda que o amigo intermédio continue fiel ao tabaco. Este intermediário desempenha a função de mensageiro das normas sociais, conclui Christakis.Por outro lado, os fumadores são cada vez mais marginalizados por terem esse hábito. Em 1971, fumar ou não fumar não fazia diferença socialmente. Mas, nas décadas de 80 e 90, "houve uma mudança radical de atitude, que se traduz na rejeição dos fumadores, forçados para a periferia das redes sociais", sublinha Fowler. "Ao contrário do que se pensava quando andávamos no ensino secundário, fumar tornou-se uma má estratégia para ser popular."


Jornal Público - 22.05.2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Queima das Fitas com menos queixas de ruído do que em anos anteriores



A PSP de Coimbra registou uma diminuição significativa das queixas por ruído durante a Queima das Fitas deste ano, algo que a polícia atribui a um maior controlo do som por parte da organização da festa. De acordo com dados da PSP, este ano foram registadas apenas oito queixas durante as nove noites de concertos na Praça da Canção, enquanto no ano anterior tinham sido 27.
De acordo com o comissário Nuno Dinis, da PSP de Coimbra, a redução das queixas ficou a dever-se a um "maior empenhamento da comissão organizadora na diminuição do volume da música das tendas de música electrónica", que a polícia acredita serem as responsáveis pela maior parte das queixas recebidas. No que diz respeito à criminalidade participada durante a festa estudantil, os números também desceram na edição deste ano da Queima das Fitas. Em 2007, a PSP registou cerca de 40 incidentes como pequenos furtos, assaltos a viaturas e agressões, sendo que este ano o número desceu para as 16 ocorrências.Ontem, o comandante da PSP de Coimbra, Bastos Leitão, anunciou também o "abrandamento da criminalidade em Abril e Maio", contrariando o recrudescimento da delinquência verificado no primeiro trimestre do ano. Sem adiantar dados concretos, Bastos Leitão revelou que as maiores descidas se verificaram nos roubos na via pública, nos furtos por esticão e nos assaltos a viaturas.
Ao invés, de acordo com o comandante da PSP, os furtos em residências e no interior de viaturas continuam a apresentar níveis "preocupantes". "São dados que não estão ainda completamente consolidados e que representam apenas uma tendência", declarou Bastos Leitão, remetendo uma análise mais aprofundada para o final do primeiro semestre.


Jornal Público 22.05.2008, André Jegundo

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dicionário do IDT já não define betinho e careta

Expressões como "betinho" e "careta" já não fazem parte do dicionário de calão para jovens a partir dos 11 anos presente na Internet no sítio Tu Alinhas (http://www.tu-alinhas.pt/), criado pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT).Depois de terem criado polémica as definições para estas palavras (apresentados como "aquele que não consome drogas e, por isso, é considerado conservador, desprezível e desinteressante"), assim como a explicações de actos relacionados com o consumo de drogas, o dicionário é agora apresentado como estando em revisão. "Dicionário de calão em revisão", lê-se no sítio da Internet."Estamos a repensar a utilização das definições dadas no dicionário, pondo-se a hipóteses de algumas serem retiradas ou reformuladas", disse ao PÚBLICO João Goulão. Para o presidente do IDT, a reacção dos críticos foi "despropositada", defendendo que existiu "um empolamento duma questão menor". Goulão revelou ainda uma potencial falta de atenção face ao trabalho do IDT: "O site está no ar desde Fevereiro do ano passado mas ninguém nos fez qualquer sugestão ou deu uma opinião negativa sobre o dicionário nem sobre os seus conteúdos", referiu. "Não somos autistas em relação a isto. O site estava em construção e aberto a sugestões, a outros olhares. Aceito as críticas e admito que algumas definições não sejam as mais felizes ou correctas", revelou. João Goulão não deixou também de criticar a "atitude destrutiva e arrasadora dos críticos", tendo esperado uma atitude "mais construtiva". Entre as entidades mais críticas da actuação do presidente do IDT destaca-se o CDS-PP, que pediu a audição de Goulão na comissão parlamentar de Saúde, pedido a ser votado hoje e para o qual o responsável já se mostrou disponível para estar presente. Para a deputada Teresa Caeiro, Goulão "tem que apresentar resultados destas medidas para justificar a sua aplicação". "Desde que tomou posse, há uma sucessão de medidas experimentalistas e irresponsáveis que nos dão a ideia que o dr. João Goulão não tem condições para continuar neste lugar", disse a deputada do CDS-PP, criticando o site e a linguagem apresentada neste: "A droga não é uma coisa gira. É uma coisa muito grave e esta abordagem não é a mais correcta."
Jornal Público
20.05.2008, Bruno Nunes

terça-feira, 20 de maio de 2008

CDS-PP critica direcção do IDT por tratar "com ligeireza" consumo de droga



Lisboa, 12 Mai (Lusa)
- A deputada do CDS-PP Teresa Caeiro considerou hoje que a direcção do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) "tratou com ligeireza" o consumo de droga, no "dicionário de calão" disponível no site do Instituto destinada a jovens.
"O dicionário do IDT é irresponsável. Passar a ideia que um betinho é alguém que não se droga e por isso desinteressante e conservador é uma brincadeira de muito mau gosto", considerou Teresa Caeiro, em declarações à Lusa.
O site do IDT destinado a crianças e jovens (www.tu-alinhas.pt) contém um dicionário onde se pode aprender que "betinho", "cocó" ou "careta" é "aquele que não consome droga e, por isso, é considerado conservador, desprezível e desinteressante".
Para a deputada democrata-cristã, o dicionário "passa a ideia que é socialmente careta um jovem não se drogar".
"O IDT é um organismo público que prossegue fins públicos. É por isso inaceitável que trate com ligeireza o consumo de droga e que incentive frases de quem se acha engraçadinho", criticou, acrescentando que a direcção do IDT devia "ser responsável perante o erro".
SF.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-05-12

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pais acusam Instituto da Droga

Associações de pais acusam o sítio do Instituto da Droga e Toxicodependência de utilizar definições e explicações que apelam ao consumo de droga. O presidente considera que as críticas não fazem sentido e que as expressões utilizadas fazem parte da linguagem dos jovens.
Quem quiser consultar esta noticia da RTP, do dia 12 do corrente mês de Maio, pode ir ao seguinte endereço:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=345466&headline=98&visual=25&tema=27

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Consumo de álcool e drogas aumenta risco de doenças sexualmente transmissíveis

Quem usa garante que tem mais e melhor sexo, mas também admite mais percalços e desatenções. Os investigadores avisam que o efeito de certas substâncias pode ser fatal
Cocaína foi valorizada pelos inquiridos por ser o "afrodisíaco dos tempos modernos" e por estar na moda entre os jovens
Um estudo patrocinado pela Comissão Europeia revela uma relação entre o uso de álcool e de drogas por parte dos jovens e comportamentos sexuais de risco.
De acordo com um inquérito feito a 1341 pessoas, de nove cidades europeias, com idades entre os 16 e os 35 anos, este tipo de substâncias é usado de forma estratégica quer como factor de desinibição, quer para melhorar a performance sexual.
Entre o grupo de inquiridos de Lisboa, a cidade portuguesa escolhida pelos investigadores, 66,7 por cento afirmaram já ter consumido cannabis e 27,1 por cento experimentado cocaína. Um quarto afirmou ainda ter consumido ecstasy. O álcool é, em todo o caso, a substância mais usada de muito longe, com um resultado de 99,3.
No geral, contabilizando os participantes das nove cidades, os dados mostram que 28,6 por cento dos consumidores de álcool fazem-no para facilitar a existência de encontros sexuais. Já o uso de cocaína tem como objectivos prolongar a relação sexual (para 26,3 por cento dos consumidores desta substância) e aumentar as sensações durante o acto sexual (28,5).
A cannabis e o ecstasy estão também associados, sobretudo, ao aumento de sensações durante o acto sexual (25,8 e 22,6).
Os investigadores concluem ainda que a iniciação sexual antes dos 16 anos está associada ao uso do álcool, da cannabis, da cocaína e do ecstasy. E que as pessoas que consomem drogas de forma regular têm mais parceiros sexuais.
A cocaína é apresentada como a droga mais indicada pelos inquiridos que querem "explorar a excitação", que procuram "sexo invulgar" e "despertar sensações". "Em grande medida é o afrodisíaco moderno", concluem os autores do estudo, ontem divulgado à imprensa e que será publicado na revista BMC Public Health.
A comparação entre os utilizadores de cocaína regulares e aqueles que nunca experimentaram esta droga demonstrou que os primeiros são cinco vezes mais propensos a terem cinco ou mais parceiros sexuais no período de um ano, do que os últimos.
A mesma média é alcançada pelos consumidores de cannabis, cocaína ou ecstasy e pelos inquiridos que afirmaram ter estado bêbedos nas quatro semanas que antecederam o questionário.
Cocaína vista como sexy
Os autores do estudo, intitulado "O uso sexual do álcool e de drogas e os riscos para a saúde", chamam a atenção para o facto de estes dados poderem ser lidos como positivos pelos jovens e da necessidade de as campanhas na área das doenças sexualmente transmissíveis contraporem os riscos associados a este tipo de comportamentos.
É avançado o exemplo de estas substâncias diminuírem, a prazo, a potência sexual. Mas não só: apesar de sobretudo a cocaína ser vista como uma substância sexy, frequentemente a actividade sexual acompanhada do seu consumo "resulta em decisões menos informadas", em mais "relações desprotegidas" e em mais relações "de que as pessoas se arrependem".
O número dos que assumiram ser consumidores regulares é de 91 em 1341 participantes no questionário, mas são os seus utilizadores os que disseram mais vezes ter tido relações nos últimos 12 meses (58,2 por cento tiveram mais de 50 vezes) e os que mais vezes não usaram preservativo.
O mesmo vale para quase todas as outras substâncias alvo de estudo. Aqueles que consumiram álcool de uma forma regular (1011 num total de 1341 inquiridos) tiveram mais sexo, mas também tiveram mais sexo de forma "totalmente desprotegida".

Jornal Público 09.05.2008, Ricardo Dias Felner