quarta-feira, 19 de março de 2008

Álcool e Condução

O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central que afecta as capacidades psicofisiológicas mesmo se ingerido em pequenas quantidades.
Do álcool ingerido apenas 5% é eliminado directamente, passando o restante para a corrente sanguínea através das paredes do estômago e da parte superior do intestino delgado. Este é transportado pelos vasos sanguíneos para diversos orgãos, passando pelo fígado que o decompõe apenas a uma média de 0,1 g/l por hora. Ao atingir o cérebro o álcool afecta progressivamente as capacidades físicas e psíquicas, afectando assim de forma negativa a condução.
Os efeitos ocorrem logo a seguir à ingestão, sendo o processo de absorção de 60 a 70 minutos, atingindo um valor máximo de 1/2 a 2 horas.
Ao afectar o Sistema Nervoso Central o álcool provoca os seguintes EFEITOS que prejudicam a condução:
• Estado de euforia, sensação de bem-estar e optimismo, e sobrevalorização das capacidades;
• Capacidades de atenção e concentração ficam diminuídas;
•Perturbação das capacidades sensoriais: redução da acuidade visual, alteração dos contornos dos objectos, incapacidade de avaliar correctamente distâncias e velocidades, redução da visão nocturna e crepuscular, aumento do tempo de recuperação após encadeamento e estreitamento do campo visual, com eliminação progressiva da visão periférica que poderá chegar à visão em túnel com o aumento das quantidades de álcool:
•Perturbação das capacidades perceptivas (informação recebida pelos orgãos dos sentidos é identificada mais lentamente);
•Aumento do tempo de reacção (aumento da distância de reacção e consequentemente da distância de paragem do veículo);
•Diminuição da resistência à fadiga;
•Descoordenação Psicomotora (travagens bruscas desnecessárias, grandes golpes de volante, manobras feitas com recurso ao acelerador);
•Alteração dos estados emocionais (agressividade, frustração, depressão ou outros que se transferem para a condução contendo riscos inerentes).

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