segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Anfetaminas

A história das anfetaminas e das metanfetaminas está intimamente relacionada à história de medicamentos estimulantes naturais. No final do século XIX, um cientista resolveu estudar o chá de Ma Huang, uma planta chinesa, actualmente conhecida como efedra. O chá de efedra era muito empregado na medicina chinesa para tratamento de doenças respiratórias e como tónico estimulante nos estados gripais e doenças debilitantes. Esse cientista descobriu que os efeitos do chá eram produzidos por algumas substâncias químicas presentes na planta.
Uma dessas substâncias foi isolada da planta e identificada, recebendo o nome de efedrina. Algum tempo depois, a molécula da efedrina passou a ser fabricada em laboratório, de modo que ninguém mais dependia do cultivo da planta para obter a efedrina. A efedrina foi, portanto, o primeiro estimulante natural que virou droga sintética.
A efedrina possui vários efeitos. A partir desse conhecimento, alguns cientistas resolveram fabricar várias moléculas parecidas com a efedrina para ver que efeitos elas teriam e se poderiam ser de alguma valia no tratamento de doenças. Entre essas primeiras moléculas destacam-se:
Anfetamina – sintetizada pelo químico alemão Lazar Edeleanu, em 1887.
Metilenodioxianfetamina (MDA) – sintetizada por G. Mannish e W. Jacobson, em 1910.
Metilenodioximetanfetamina (MDMA) – sintetizada pela Merck, em 1912, na Alemanha.
Metanfetamina – sintetizada pelo químico japonês, A. Ogata, em 1919Com o avanço dos testes clínicos, muitos dos efeitos desses fármacos passaram a ser conhecidos, sendo semelhantes a alguns efeitos da efedrina, ainda que com intensidade diferente. Durante a Segunda Grande Guerra, os soldados recebiam anfetaminas como estimulantes. O propósito era mantê-los acordados por mais tempo, com menos cansaço, menos sede ou fome, com maior força física e mais agressivos. Essas anfetaminas produzem efeitos mais fortes sobre o sistema nervoso central do que a efedrina.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Heroína volta a infiltrar-se nos hábitos de consumo dos jovens



Entre 2001 e 2007, o consumo diminuiu na população total, mas aumentou entre os jovens adultos, indica o relatório anual do IDT.


Os jovens adultos portugueses estão outra vez a experimentar heroína. "Há um ano, ninguém pensava nisto", comenta João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e até "havia a ideia de que o problema estava resolvido". Alguns até defendiam que o dispositivo montado para enfrentar a heroína já não fazia sentido. Os resultados de estudos epidemiológicos nacionais do último ano, porém, contradizem essas certezas.
Entre 2001 e 2007, a prevalência de consumo de heroína ao longo da vida passou de 0,7 para 1,1 por cento do total da população portuguesa. Esta subida não surpreendeu Goulão. A taxa "irá continuar a crescer". Nela cabem "todas as pessoas que alguma vez na vida consumiram" o opiáceo. Mas as prevalências de consumo nos últimos 30 dias aumentaram tanto na população em geral (0,1 para 0,2 por cento) como na jovem adulta (0,1 para 0,3).
Goulão valorizou mais a taxa de continuidade de consumo de heroína - isto é, a proporção de indivíduos que, tendo consumido a substância ao longo da vida, o fez, com regularidade, ao longo do último ano. Houve uma diminuição na percentagem de consumidores regulares entre o total de consumidores (26 para 24 por cento) entre 2001 e 2007) e um aumento entre a população jovem adulta (28,2 para 34,6).
O II Inquérito Nacional de Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Portuguesa, realizado no ano passado, mostrava algo que o Relatório Anual 2007 - A Situação do País em Matéria de Droga e de Toxicodependência (apresentado na quarta-feira) omite. "Entre os 15 e os 19 anos, houve uma diminuição significativa", lembra o presidente do IDT. "Entre os 20 e os 24 é que houve um aumento." Esta "ligeira" alteração é consistente com o alerta lançado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência há uma semana. O consumo de heroína estabilizou na Europa (há entre 1,3 e 1,7 milhões de consumidores problemáticos). Não desceu, como em outros anos.
Estes dados remetem para o crescimento da produção mundial de heroína (subiu 34 por cento em 2007), consequência directa da situação no Afeganistão, principal fornecedor global de ópio. "Estava-se a passar a ideia que o problema da heroína estava resolvido e não está", comenta Goulão. Responsabiliza o aumento da produção, o reactivar de algumas redes de tráfico, mas também factores como a crise ou o abandono escolar.
Num estudo citado pelo relatório sobre a subcultura juvenil trance, a heroína era "rejeitada por completo": "Conotada com outro estilo de vida", esta substância era tida como "perigosa e de efeito contrário ao pretendido". Só que ela ainda atrai jovens oriundos de contextos críticos. Está mais barata. Em 2006, um grama custava em média 42,17 euros. No ano passado, bastavam 37,57 euros. Apesar disto, nas ruas de Lisboa ou Porto, há alguns anos que uma dose custa cinco euros. E a maior parte dos alunos portugueses ainda considera "muito difícil ou difícil" arranjar heroína.O relatório anual indica ainda que em 2007, "tal como vem sucedendo desde 2002, o número de apreensões de heroína (1309) foi inferior ao de haxixe". Contabilizaram-se quase tantas apreensões como no ano anterior; a quantidade é que caiu 57 por cento.

Jornal Público - 14.11.2008, Ana Cristina Pereira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Portugal lidera nas infecções de VIH associadas à droga

Portugal é o segundo país com menos jovens consumidores de injectáveis
"Portugal continua a ser o País com maior incidência de sida relacionada com o consumo de droga injectável", diz o relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) divulgado ontem, em Bruxelas. Para Lisboa segue o desonroso primeiro lugar por infecções de VIH ligadas à utilização de drogas. Isto, apesar de as autoridades nacionais relatarem, entre 2005 e 2006, uma tendência decrescente.

Em contrapartida, Portugal é, entre dezanove países considerados, o segundo onde existem menos consumidores jovens de drogas injectáveis. Em 2006, Portugal comunicava mais de 66 casos de infecção de VIH por milhão de habitantes e 22 de sida. Na partilha dos lugares cimeiros, embora bastante distantes, estão os dois bálticos, Estónia e Letónia. Para o OEDT, o consumo de heroína pela via injectável nestes países " regista índices desproporcionadamente elevados de novas infecções e são responsáveis por uma percentagem significativa dos novos casos de VIH". Assim, relatório conclui, por isso, que os números "sugerem uma persistência de altos níveis de transmissão nestes países".

No capítulo da mortalidade, Portugal ocupa o nono lugar em 28 países (aqui, contabilizaram-se os 27 Estados-membros da União Europeia e a Noruega), com uma taxa de pouco mais de 30% por milhão de habitantes. Esta rubrica contempla as mortes induzidas directa e indirectamente pelo consumo de drogas. No entanto, o estudo aponta que 90% do número de mortes indirectamente derivadas do consumo, como as doenças infecto-contagiosas, acontecem, acima de tudo, no sul da Europa.

Wolfgang Götz, director do OEDT, sublinha que "os dados sugerem que o recrutamento de novos consumidores de heroína continua a produzir-se a uma frequência tal que é possível garantir que o problema não diminuirá significativamente num futuro próximo". Todos os anos, entre sete e oito mil europeus morrem devido à utilização de opiáceos, sendo a overdose a causa mais comum entre a população mais jovem, acrescentou.

ALEXANDRA CARREIRA
NATACHA CARDOSO -ARQUIVO D
N

http://dn.sapo.pt/2008/11/07/sociedade/portugal_lidera_infeccoes_vih_associ.html

Kit Sexy


Primeiro tenho de explicar o que é o Kit Sexy, trata-se de um saquinho que contém dois preservativos e uma embalagem de gel lubrificante. O Kit Sexy, mudou radicalmente a forma de as pessoas encararem a distribuição de preservativos durante as Equipas de Rua do Projecto Nov'Ellos. Se anteriormente muitas reagiam à pergunta: "Queres preservativos?", com alguma relutância, sem saber bem o que dizer, desde que começámos a distribuir o Kit expressões como: "Destes quero", "Que giro", "Espetacular", "Tão fashion", passaram a incluir-se nas respostas obtidas. Apenas esperamos que tal se associe a um uso efectivo destes e, se a imagem pode ser tão importante para a mudança de comportamentos, então dou os parabéns a quem teve a ideia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Latada 2008






























Entre os dias 22 e 29 de Outubro decorreu em Coimbra mais uma "Festa das Latas".
Trata-se de um evento que pretende comemorar o início de mais um ano lectivo e sobretudo a chegada dos novos caloiros. O Projecto Nov'Ellos esteve presente pela segunda vez, durante as sete noites de festa, contando com a presença de sete elementos, procurando efectuar a redução de riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ecstasy reduz as defesas

Os efeitos adversos da utilização de ecstasy danificam não apenas o cérebro, mas também o sistema imunitário. É a principal conclusão de um estudo do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que durante três anos seguiu a evolução de um grupo de consumidores desta substância.


Mais de metade dos consumidores de ecstasy têm algum diagnóstico psiquiátrico, sendo que muitos deles têm problemas cognitivos, de aprendizagem e de memória.


São também susceptíveis de contrair infecções, tendo muito menos defesas.

De acordo com os investigadores do Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, que avaliou cem jovens entre os 18 e os 30 anos, o ectasy muda o estado de espírito dos consumidores porque bloqueia os receptores de um neurotransmissor - a serotonina -, que regula o humor, mas também actua nos processos de memória e de aprendizagem.

"Se as doses que tomam são elevadas e durante algum tempo, os neurónios alteram-se", explica um investigador.

O ecstasy altera também o sistema imunitário, aumentando a secreção de uma hormona, o cortisol, fazendo com que haja uma menor produção de células fundamentais para sistema imunitário.

http://sic.aeiou.pt/online/noticias/vida/20081014+Ecstasy+reduz+as+defesas.htm

terça-feira, 23 de setembro de 2008

LSD

Nomes de Rua: Ácido, Pills, Trips
Apresentação
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).
Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Origem
O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir.
Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD.
Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.

Efeitos
Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.

Riscos
Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.
O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.
O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.
Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.
Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.
Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.
Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Tolerância e Dependência
Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.

Fonte:
http://www.psicologia.com

sábado, 30 de agosto de 2008

Mulheres e Álcool

O álcool, mesmo quando consumido em quantidade iguais, não afecta igualmente homens e mulheres. As mulheres sentem mais os efeitos do álcool do que os homens por um conjunto de motivos fisiológicos:

Capacidade de diluir álcool
As mulheres têm uma menor percentagem de água no organismo (52%, contra 61% nos homens). Isso significa que o corpo dos homens tem maior capacidade para diluir o álcool, mesmo se ambos tiverem o mesmo peso.

Capacidade de metabolizar o álcool
As mulheres têm menos álcool-desidrogenase - ADH (enzima que degrada o álcool) do que os homens, por isso, metabolizam o álcool mais lentamente. A degradação do álcool verifica-se sobretudo ao nível do fígado, tendo no entanto início no estômago. Sendo a ADH mais activa no organismo masculino, nos homens a digestão do álcool inicia-se mais cedo no processo digestivo, acelerando o processo.

Factores hormonais
As modificações hormonais que antecedem a menstruação aceleram o processo de intoxicação alcoólica. Além disso, pílulas anticoncepcionais ou outros medicamentos que contenham estrogénios diminuem a velocidade com que o álcool é eliminado do organismo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

GHB - conhecido também por Ecstasy líquido

Apresentação
O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.
Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.
O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.

Origem
O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio.
No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB.
Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.

Efeitos
A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais).
Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco.
Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte.
Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte.
Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.

Riscos
Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy.
Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos. O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância.
Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais.

Dependência
Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência
Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.

Fonte: www.psicologia.com

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças

Anfetaminas e metanfetaminas: diferenças e semelhanças
No mercado de drogas ilegais, os principais representantes do grupo das anfetaminas são a anfetamina e a metanfetamina (e respectivos sais) — duas substâncias sintéticas estreitamente relacionadas entre si e membros da família das fenetilaminas. Ambas as substâncias são estimulantes do sistema nervoso central, partilhando o mesmo mecanismo de acção, efeitos comportamentais, tolerância, efeitos de abstinência e de consumo prolongado (crónicos). A anfetamina é menos potente do que a metanfetamina, mas em situações não controladas os efeitos são quase indistinguíveis.
Os produtos das anfetaminas e das metanfetaminas são sobretudo constituídos por pós, mas o hidrocloreto de metanfetamina, um sal puro e cristalino, também é consumido. Os comprimidos com anfetaminas ou metanfetaminas podem ter logótipos semelhantes aos observados nos comprimidos de MDMA e noutros comprimidos de ecstasy.
Em virtude das forma físicas em que se encontram disponíveis, as anfetaminas e metanfetaminas podem ser ingeridas, aspiradas, inaladas e, o que é menos comum, injectadas. Ao contrário do sal de sulfato de anfetamina, o hidrocloreto de metanfetamina, em especial na sua forma cristalina, é suficientemente volátil para ser fumado.
Fonte: OEDT, Drug profiles.

domingo, 17 de agosto de 2008

Macário Correia preocupado com alcoolismo nocturno

Autarca quer pôr na ordem os jovens espanhóis que trazem para as madrugadas algarvias ruído e álcool, que "acabam sempre em vandalismo e em desordem"
A chegada em massa de jovens espanhóis para festas nocturnas nas praias algarvias está a preocupar Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, que pediu recentemente ao Governo uma legislação mais severa, à semelhança da lei aplicada em Espanha.
Na Andaluzia, as pessoas estão proibidas por lei, desde 2006, de consumirem álcool em grupos em espaços abertos, nomeadamente nas praias, o que faz com que muitas centenas de jovens andaluzes rumem para o Algarve, à procura de diversão nocturna, disse Macário Correia. Na ilha de Tavira, o "vandalismo é todas as noites": "Vêm em grupos e munidos de arcas frigoríficas com bebidas brancas", para depois se embebedarem e ficarem a dormir até de manhã nas espreguiçadeiras alugadas pelos turistas, acrescenta o autarca do PSD. Segundo Macário Correia, há outros registos, nesta época balnear, de "cenas de vandalismo de desordem pública" no litoral algarvio. O caso do Manta Beach Club, em que a Câmara de Vila Real Sto. António vai processar militares da GNR por se terem envolvido em desacatos com seguranças do espaço nocturno ou o excesso de ruído na Praia da Rocha (Portimão) e no litoral de Albufeira, são outros exemplos.
O também presidente da Área Metropolitana do Algarve, que já escreveu uma carta ao ministro da Administração Interna e à governadora civil de Faro, considera que a legislação portuguesa é "frouxa" em relação ao fenómeno do alcoolismo nocturno em espaços públicos que provocam desordem pública, nomeadamente nas discotecas que surgem no Verão nas praias algarvias, e por isso defende uma legislação mais severa e semelhante à da Andaluzia, no Sul de Espanha.
"É preciso criar normas que dêem capacidade de intervenção às forças de segurança, aos municípios e aos demais poderes para que se possa evitar o fenómeno do alcoolismo", apela o autarca de Tavira. Macário Correia considera que a experiência recente do Parlamento da Andaluzia "é positiva" e "deve ser tida em conta pelas autoridades portuguesas em reflexão profunda", criando normas que levem ao controlo do fenómeno que está a crescer no litoral algarvio. Na Andaluzia, foi criada em 2006 uma lei sobre as "actividades de ócio em espaços abertos" para prevenir o fenómeno do alcoolismo e ruído em espaços públicos. A legislação proíbe a "permanência e concentração" de pessoas a consumir bebidas alcoólicas em espaços abertos, e interdita a venda de bebidas nos estabelecimentos fora do horário permitido. "As madrugadas com ruído e com álcool acabam sempre em vandalismo e em desordem pública", frisa o social-democrata, para quem não pode ser essa a imagem para oferecer do Algarve. Lusa

Jornal Público13.08.2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Controlo de clientes em discotecas



Governo de acordo com controlo de clientes em discotecas

A Associação de bares da Zona Histórica do Porto apresentou uma proposta ao ministro da Administração Interna para a criação de uma lista negra de clientes nas discotecas. A proposta, de âmbito e aplicaçao nacionais, foi bem recebida pelo Governo que vai estudar o enquadramento legal. A proposta foi enviada por António Fonseca, no passado dia 13 de Julho, e pretende a criação de uma espécie de cadastro que, em última instância, pode proibir a entrada do cliente. Depois da reunião com o ministro do MAI, Rui Pereira, António Fonseca disse “haver receptividade e empenho totais” por parte do governo, segundo revela a notícia publicada hoje no “Jornal de Noticias”.O Ministério vai agora estudar as alternativas jurídicas que permitam ir ao encontro das pretensões dos proprietários de bares que querem ver limitado o acesso aos clientes considerados indesejáveis, uma vez que já não é aplicável o “Reservado Direito de Admissão”.
Pouco tempo depois da entrada em vigor do decreto que define os sistemas de segurança, a associação reclamou a aplicação do “controlo do cliente indesejável”. Ou seja, “aquele que utiliza os espaços de diversão nocturna” e demonstra uma “postura agressiva e provocatória sobre toda e qualquer contrariedade que atravesse o seus objectivos”, incomodando outros clientes.
António Fonseca diz querer proteger o cliente cumpridor e evitar, assim, “incidentes graves” como os ocorridos no ano passado na noite do Porto. Além disso, argumenta que sistemas semelhantes existem em outros países, como a Irlanda.
13.08.2008 - 09h26 PUBLICO.PT

domingo, 20 de julho de 2008

Hi Summer 08_Imagens



Hi Summer 08


O Projecto Nov'Ellos esteve presente no HiSummer, evento promovido pela SporJovem entre os os dias 16 e 20 de Julho, na Praia de Pedrogão. As actividades de prevenção do consumo de substâncias psicoactivas decorreram no Parque de Campismo, na Praia e na Discoteca Stess Less.

Cidades, Saúde e Segurança 3

Conferência do Dr. António Arnaut na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Cidades, Saúde e Segurança 2

Imagem da Sessão de Abertura do Congresso com a presença do Dr. Fernando Mendes (IREFREA), Prof. Doutor Eduardo Santos (IPCDVS) e Dr. Paulo Anjos (Associação Existências).

Cidades, Saúde e Segurança 1

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Congresso Cidades, Saúde e Segurança



Decorreu de 7 a 9 de Julho no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra o Congresso "Cidades, Saúde e Segurança", promovido pela Associação Existências em colaboração com o IREFREA Portugal e com o IPCDVS, da Universidade de Coimbra.
Destacaram-se, como matérias em discussão neste encontro, aspectos ligados espaços recreativos, a mobilidade causada pelos cidadãos durante os dias de semana e, especialmente, ao fim-de-semana e a avaliação do impacto que estas actividades têm na vida das cidades, assim como questões ligadas aos comportamentos violentos, comportamentos sexuais de risco e ao consumo de substâncias psicoactivas, lícitas e ilícitas.
No final do Congresso, que contou com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, foi assinada a constituição do Observatório para o Estudo e Monitorização das Actividades Recreativas, um Projecto pioneiro a nível nacional, que contou, para além das três subscritores fundadores acima mencionados, com a subscrição da Câmara Municipal de Coimbra e da Quebra Produções Lda.

domingo, 22 de junho de 2008

Plastic Session


Ontém, foi realizada, no Salão Brazil, a primeira das "Plastic Sessions", em colaboração com a associação Cultural IC-zero.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Conferência de Imprensa



Foi ontem, dia18 de Junho, apresentado, em Conferência de Imprensa, no auditório da FNAC, no Centro Comercial Forum, o Congresso Cidades, Saúde e Segurança e a constituição do Observatório das Cidades Recreativas. Para o efeito estiveram presentes o Prof. Doutor Eduardo Santos do IPCDVS da Universidade de Coimbra, o Dr. Fernando Mendes do IREFREA e o dr. Paulo Anjos da Associação Existências.

Observatório das Cidades Recreativas

Observatório das Cidades Recreativas de Coimbra vai investigar o lazer e a segurança.
O objectivo do projecto é reunir numa mesma plataforma instituições que se dediquem ao estudo e à prevenção de comportamentos de risco
Coimbra vai ter um Observatório das Cidades Recreativas. O projecto, que é pioneiro na Região Centro, traduz-se na criação de um plataforma que irá inclui várias instituições, nacionais e estrangeiras, ligadas à saúde e à segurança, sobretudo às áreas da prevenção de comportamentos de risco e uso de substâncias psicoactivas em contextos de recriação nocturnos. A criação do observatório será um dos pontos em agenda no Congresso Internacional Cidades, Saúde e Segurança, que irá decorrer em Coimbra nos dias 7, 8 e 9 de Julho. O Observatório tem como objectivo "estudar, investigar e monitorizar" fenómenos relacionados com os contextos recreativos em diferentes cidades, sobretudo no que toca ao consumo de substâncias psicoactivas associado à violência, aos comportamentos sexuais de risco e à condução perigosa. Ângela Marques, da Associação Existências, entidade sedeada em Coimbra que se dedica à prevenção de comportamentos de risco e uma das fundadoras do Observatório, espera que a adesão "dos parceiros" seja a maior possível. Para além de desenvolver estudos acerca das realidades de cada uma das cidades que aderir ao projecto, o Observatório pretende também, numa fase posterior, fomentar a intervenção no terreno, informando os jovens e fomentando atitudes "responsáveis" perante situações de risco. "Será uma base de trabalho. Depois, com os parceiros europeus, vamos vendo quais são as necessidades de cada cidade e, sim, partir para o terreno", adianta Ângela Marques. A assinatura do documento para a criação do Observatório das Cidades Recreativas está marcada para a cerimónia de encerramento do Congresso Internacional Cidades, Saúde e Segurança. O congresso é promovido pela Associação Existências, em colaboração com o Irefrea Portugal (organização não-governamental que trabalha na área da prevenção) e com Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social da Universidade de Coimbra. No encontro, que vai reunir representantes de diversas instituições, nacionais e estrangeiras, pretende debater-se, entre outras questões, "o papel das autarquias" em questões relacionadas com a saúde e segurança das cidades. Os promotores do observatório querem intervir no terreno, informando e fomentando "atitudes responsáveis"

19.06.2008, Jornal público - Maria João Lopes

terça-feira, 17 de junho de 2008

Parar de Fumar: comece hoje!

Nos últimos anos, as claras evidências que comprovam os efeitos altamente nocivos do tabagismo na saúde, têm resultado, entre outros aspectos, na divulgação de campanhas de sensibilização para o abandono definitivo do acto de fumar. Mesmo assim, a tendência para o aumento desta epidemia não pára de crescer, pelo que nunca será de mais relembrar alguns dos dados concretos que colocam o tabagismo como o principal factor de risco modificável tanto para a angina de peito, como para o enfarte agudo de miocárdio.

De facto, é possível identificar, entre gases e partículas, mais de 4000 compostos libertados na combustão de um cigarro. Destes, existem três especialmente perigosos: a nicotina, principal responsável pela hipertensão, taquicardia, irritabilidade e dependência; os alcatrões, potentes agentes cancerígenos; e o monóxido de carbono, que se liga à hemoglobina, reduzindo a sua capacidade transportadora de oxigénio aos tecidos e aumentando a insuficiência de vários órgãos e do sistema arterial.

Como se os malefícios a que os fumadores activos estão sujeitos não bastassem, sabemos hoje que os componentes que o tabaco liberta para a atmosfera (processo designado por “corrente secundária”) têm ainda maior concentração de produtos tóxicos que a “corrente principal”, inalada pelo fumador. Por estas razões e no sentido de proteger os cidadãos residentes em Portugal da exposição involuntária ao fumo do tabaco, o Governo Português aprovou recentemente uma nova legislação (que entra em vigor a 1 de Janeiro de 2008) que limita ou impede o acto de fumar em locais de atendimento público e de trabalho, restaurantes e estabelecimentos hoteleiros, entre outros.

No sentido de despertar os leitores para deixarem de fumar e/ou ajudarem os amigos fumadores a fazê-lo, terminamos com alguns factos que têm tanto de frieza como de verdade…

Razões de saúde, económicas e sociaispara deixar de fumar
Fumar 10 cigarros por dia aumenta a mortalidade em 18% nos homens e 31% nas mulheres;
O acto de fumar resulta numa redução da expectativa de vida entre 5 e 8 anos;
O tabaco é a causa directa de cerca de 20% dos enfartes;
Os fumadores têm o dobro da prevalência de cancro e de angina de peito que os não fumadores;
As mulheres fumadoras que tomam anticoncepcionais orais apresentam um risco de sofrerem enfarte de miocárdio 10 vezes superior às mulheres não fumadoras com o mesmo método anticoncepcional;
As mulheres que fumaram e continuam a fazê-lo depois da menopausa têm uma maior descalcificação óssea e mais de 50% de probabilidade de sofrer fracturas comparativamente com as mulheres não fumadoras;
Um em cada três fumadores tem bronquite crónica;
Os trabalhadores que fumam mais de 20 cigarros por dia têm três vezes mais baixas laborais que os que não fumam;
Um fumador passivo que permaneça cerca de uma hora num ambiente com elevada concentração de fumo, terá inalado substâncias químicas equivalentes ao fumo de 3 cigarros;
A Organização Mundial da Saúde calcula que morrem anualmente 4 milhões de pessoas directamente por causa do tabaco. Prevê-se que este número suba para 10 milhões no ano 2025.

O que acontece quando se deixa de fumar?
Após 6 horas, o batimento cardíaco e a pressão arterial iniciam uma descida, embora possam levar algumas semanas a atingir valores normais;
Após 12 horas, denota-se alguma melhoria na função pulmonar e diminuem as possíveis faltas de ar;
Após 2 dias, o cheiro e o paladar ficam mais apurados;
Entre 2 e 12 semanas, a circulação sanguínea torna-se mais eficiente e as actividades físicas tornam-se mais fáceis;
Após 3 a 9 meses, diminuem os problemas respiratórios e a função pulmonar aumenta cerca de 10%;
Após 2 anos, o risco de ataque cardíaco é duas vezes inferior ao de um indivíduo fumador;
Após 5 anos, o risco de cancro de pulmão é duas vezes inferior ao de um indivíduo fumador e o risco de ataque cardíaco será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.

http://www.rituais.net/

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Mitos sobre a Marijuana 2

Mito: A marijuana não faz tão mal como os cigarros
Verdade: Não é verdade. De facto a Marijuana contém muitos dos químicos causadores de cancro que se encontram no tabaco. Se tivermos em conta a forma como é fumada pode, inclusive, pode ser mais potenciadora de cancro que o próprio tabaco. As pessoas que fumam regularmente marijuana podem sofrer dos mesmos problemas respiratórios que os fumadores de tabaco.

domingo, 1 de junho de 2008

Consultas de cessação tabágica



Preço alto e falta de informação são obstáculos; 300 pneumologistas receitam mais produtos para cessação tabágica do que todos os clínicos gerais
O número de consultas de cessação tabágica nas unidades do Serviço Nacional de Saúde tem vindo a aumentar paulatinamente nos últimos tempos. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (ver microsite do tabaco em http://www.dgs.pt/) havia, no final de Abril, cerca de duas centenas de consultas para ajudar os fumadores a largar o vício, de Norte a Sul do país. A maior parte destas consultas funciona em centros de saúde (só um quarto está localizada em hospitais, que normalmente tratam os casos mais graves). A região Norte é a que disponibiliza mais consultas de cessação tabágica (73), seguida da região Centro (54) e de Lisboa e Vale do Tejo (46). No Algarve há 11 consultas deste tipo, enquanto no Alentejo existem apenas oito. A lei do tabaco diz que devem ser criadas consultas de apoio aos fumadores em todos os centros de saúde e serviços hospitalares públicos.

Jornal Público 31.05.2008, Alexandra Campos

sábado, 31 de maio de 2008

Efeitos do Ecstasy

Pequenas doses de MDMA provocam efeitos alucinogénos e estimulantes. À medida que a dose é aumentada prevalecem os efeitos estimulantes.
Os efeitos cerca de 20 minutos após a ingestão e podem durar de 4 a 6 horas.
SENTIDO ALTERADOS: O MDMA aumenta a libertação de serotonina, provocando efeitos alucinógenos e de dopamina e noradrenalina, que provocam uma sensação de euforia. Os efeitos incluem a sensação de proximidade com as pessoas, de felicidade e a alteração de sentidos, que ficam mais apurados. O ecstasy provovoca aumento do desejo, mas retarda o orgasmo e dificulta a ereção.
EXCESSO DE ÁGUA: A pessoa sente vontade de urinar, mas não consegue, pois a droga aumenta a secreção de hormona antidiurética (ADH), que faz a reabsorção de água no organismo. A água retida, somada à maior necessidade de ingeri-la, aumenta o risco de intoxicação por água, podendo levar a um edema cerebral.
TENSÃO TOTAL: O ecstasy provoca trismos (tensão do maxilar), devido à hiperestimulação de adrenalina. Em algumas pessoas, isso progride para o bruxismo. Há casos de pessoas que partem os dentes depois de utilizar a substância.
CORAÇÃO ACELERADO: Um dos efeitos colaterais mais relatados é a taquicardia. Quem tem problemas cardíacos e de pressão pode ter uma paragem cardíaca ou AVC, devido ao aumento intenso do fluxo de sangue para essa região de uma só vez.
FALÊNCIA HEPÁTICA: O ecstasy é uma das principais causas de falência hepática aguda, sobretudo quando ingerido com muito álcool.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mitos sobre a Marijuana 1


Mito 1: A Marijuana é inofensiva
Verdade: De facto não nos pode matar directamente – mas isso não significa que seja livre de riscos. O consumo regular de marijuana demonstrou estar associado a problemas de longo prazo, incluindo a perda de memória e cancro do pulmão. Sobretudo para um cérebro em desenvolvimento, como o dos adolescentes, marijuana pode ser particularmente tóxica – a sua utilização pode conduzir a ataques de pânico, depressão e outros problemas de saúde mental.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A decisão de deixar o cigarro é contagiosa


Deixar de fumar é social e culturamente contagioso, defende uma equipa de investigadores norte-americanos na conceituada revista médica New England Journal of Medicine. Trocando por miúdos: nos últimos 30 anos, as pessoas têm deixado de fumar em grupos. "Analisando grandes redes sociais, descobrimos que as pessoas deixam de fumar como que em grupo, ao mesmo tempo, mesmo que não se conheçam entre si", explica um dos autores do trabalho, Nicholas Christakis, citado pela AFP."Há como que uma mudança cultural ou do espírito dos tempos num determinado grupo social, entre pessoas que estão ligadas mesmo sem se conhecerem pessoalmente, e que deixam de fumar ao mesmo tempo", adianta o investigador da Faculdade de Medicina de Harvard. Para chegarem a esta conclusão, os cientistas analisaram uma rede social de 12.067 pessoas, entre 1971 e 2003, anotando todos as mudanças ao nível familiar, amigos próximos, colegas de trabalho e vizinhos. No total, a rede criada pelos investigadores incluía 53.228 relações sociais, familiares e profissionais."Ao analisar o conjunto destas redes ao longo de mais de 30 anos, constata-se que os núcleos de fumadores continuam mais ou menos do mesmo tamanho, mas que se tor-naram cada vez menos numerosos", adianta James Fowler, da Universidade da Califórnia, outro autor do estudo.Esta equipa já tinha chegado à conclusão, em 2007, que a obesidade é socialmente contagiosa, analisando esta mesma base de dados. Agora, descobriram que há um efeito de cascata quando as pessoas deixam de fumar. Se alguém deixa o cigarro, as hipóteses de que um amigo de um seu amigo deixe também de fumar aumentam em 30 por cento - ainda que o amigo intermédio continue fiel ao tabaco. Este intermediário desempenha a função de mensageiro das normas sociais, conclui Christakis.Por outro lado, os fumadores são cada vez mais marginalizados por terem esse hábito. Em 1971, fumar ou não fumar não fazia diferença socialmente. Mas, nas décadas de 80 e 90, "houve uma mudança radical de atitude, que se traduz na rejeição dos fumadores, forçados para a periferia das redes sociais", sublinha Fowler. "Ao contrário do que se pensava quando andávamos no ensino secundário, fumar tornou-se uma má estratégia para ser popular."


Jornal Público - 22.05.2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Queima das Fitas com menos queixas de ruído do que em anos anteriores



A PSP de Coimbra registou uma diminuição significativa das queixas por ruído durante a Queima das Fitas deste ano, algo que a polícia atribui a um maior controlo do som por parte da organização da festa. De acordo com dados da PSP, este ano foram registadas apenas oito queixas durante as nove noites de concertos na Praça da Canção, enquanto no ano anterior tinham sido 27.
De acordo com o comissário Nuno Dinis, da PSP de Coimbra, a redução das queixas ficou a dever-se a um "maior empenhamento da comissão organizadora na diminuição do volume da música das tendas de música electrónica", que a polícia acredita serem as responsáveis pela maior parte das queixas recebidas. No que diz respeito à criminalidade participada durante a festa estudantil, os números também desceram na edição deste ano da Queima das Fitas. Em 2007, a PSP registou cerca de 40 incidentes como pequenos furtos, assaltos a viaturas e agressões, sendo que este ano o número desceu para as 16 ocorrências.Ontem, o comandante da PSP de Coimbra, Bastos Leitão, anunciou também o "abrandamento da criminalidade em Abril e Maio", contrariando o recrudescimento da delinquência verificado no primeiro trimestre do ano. Sem adiantar dados concretos, Bastos Leitão revelou que as maiores descidas se verificaram nos roubos na via pública, nos furtos por esticão e nos assaltos a viaturas.
Ao invés, de acordo com o comandante da PSP, os furtos em residências e no interior de viaturas continuam a apresentar níveis "preocupantes". "São dados que não estão ainda completamente consolidados e que representam apenas uma tendência", declarou Bastos Leitão, remetendo uma análise mais aprofundada para o final do primeiro semestre.


Jornal Público 22.05.2008, André Jegundo

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dicionário do IDT já não define betinho e careta

Expressões como "betinho" e "careta" já não fazem parte do dicionário de calão para jovens a partir dos 11 anos presente na Internet no sítio Tu Alinhas (http://www.tu-alinhas.pt/), criado pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT).Depois de terem criado polémica as definições para estas palavras (apresentados como "aquele que não consome drogas e, por isso, é considerado conservador, desprezível e desinteressante"), assim como a explicações de actos relacionados com o consumo de drogas, o dicionário é agora apresentado como estando em revisão. "Dicionário de calão em revisão", lê-se no sítio da Internet."Estamos a repensar a utilização das definições dadas no dicionário, pondo-se a hipóteses de algumas serem retiradas ou reformuladas", disse ao PÚBLICO João Goulão. Para o presidente do IDT, a reacção dos críticos foi "despropositada", defendendo que existiu "um empolamento duma questão menor". Goulão revelou ainda uma potencial falta de atenção face ao trabalho do IDT: "O site está no ar desde Fevereiro do ano passado mas ninguém nos fez qualquer sugestão ou deu uma opinião negativa sobre o dicionário nem sobre os seus conteúdos", referiu. "Não somos autistas em relação a isto. O site estava em construção e aberto a sugestões, a outros olhares. Aceito as críticas e admito que algumas definições não sejam as mais felizes ou correctas", revelou. João Goulão não deixou também de criticar a "atitude destrutiva e arrasadora dos críticos", tendo esperado uma atitude "mais construtiva". Entre as entidades mais críticas da actuação do presidente do IDT destaca-se o CDS-PP, que pediu a audição de Goulão na comissão parlamentar de Saúde, pedido a ser votado hoje e para o qual o responsável já se mostrou disponível para estar presente. Para a deputada Teresa Caeiro, Goulão "tem que apresentar resultados destas medidas para justificar a sua aplicação". "Desde que tomou posse, há uma sucessão de medidas experimentalistas e irresponsáveis que nos dão a ideia que o dr. João Goulão não tem condições para continuar neste lugar", disse a deputada do CDS-PP, criticando o site e a linguagem apresentada neste: "A droga não é uma coisa gira. É uma coisa muito grave e esta abordagem não é a mais correcta."
Jornal Público
20.05.2008, Bruno Nunes

terça-feira, 20 de maio de 2008

CDS-PP critica direcção do IDT por tratar "com ligeireza" consumo de droga



Lisboa, 12 Mai (Lusa)
- A deputada do CDS-PP Teresa Caeiro considerou hoje que a direcção do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) "tratou com ligeireza" o consumo de droga, no "dicionário de calão" disponível no site do Instituto destinada a jovens.
"O dicionário do IDT é irresponsável. Passar a ideia que um betinho é alguém que não se droga e por isso desinteressante e conservador é uma brincadeira de muito mau gosto", considerou Teresa Caeiro, em declarações à Lusa.
O site do IDT destinado a crianças e jovens (www.tu-alinhas.pt) contém um dicionário onde se pode aprender que "betinho", "cocó" ou "careta" é "aquele que não consome droga e, por isso, é considerado conservador, desprezível e desinteressante".
Para a deputada democrata-cristã, o dicionário "passa a ideia que é socialmente careta um jovem não se drogar".
"O IDT é um organismo público que prossegue fins públicos. É por isso inaceitável que trate com ligeireza o consumo de droga e que incentive frases de quem se acha engraçadinho", criticou, acrescentando que a direcção do IDT devia "ser responsável perante o erro".
SF.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-05-12

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pais acusam Instituto da Droga

Associações de pais acusam o sítio do Instituto da Droga e Toxicodependência de utilizar definições e explicações que apelam ao consumo de droga. O presidente considera que as críticas não fazem sentido e que as expressões utilizadas fazem parte da linguagem dos jovens.
Quem quiser consultar esta noticia da RTP, do dia 12 do corrente mês de Maio, pode ir ao seguinte endereço:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=345466&headline=98&visual=25&tema=27

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Consumo de álcool e drogas aumenta risco de doenças sexualmente transmissíveis

Quem usa garante que tem mais e melhor sexo, mas também admite mais percalços e desatenções. Os investigadores avisam que o efeito de certas substâncias pode ser fatal
Cocaína foi valorizada pelos inquiridos por ser o "afrodisíaco dos tempos modernos" e por estar na moda entre os jovens
Um estudo patrocinado pela Comissão Europeia revela uma relação entre o uso de álcool e de drogas por parte dos jovens e comportamentos sexuais de risco.
De acordo com um inquérito feito a 1341 pessoas, de nove cidades europeias, com idades entre os 16 e os 35 anos, este tipo de substâncias é usado de forma estratégica quer como factor de desinibição, quer para melhorar a performance sexual.
Entre o grupo de inquiridos de Lisboa, a cidade portuguesa escolhida pelos investigadores, 66,7 por cento afirmaram já ter consumido cannabis e 27,1 por cento experimentado cocaína. Um quarto afirmou ainda ter consumido ecstasy. O álcool é, em todo o caso, a substância mais usada de muito longe, com um resultado de 99,3.
No geral, contabilizando os participantes das nove cidades, os dados mostram que 28,6 por cento dos consumidores de álcool fazem-no para facilitar a existência de encontros sexuais. Já o uso de cocaína tem como objectivos prolongar a relação sexual (para 26,3 por cento dos consumidores desta substância) e aumentar as sensações durante o acto sexual (28,5).
A cannabis e o ecstasy estão também associados, sobretudo, ao aumento de sensações durante o acto sexual (25,8 e 22,6).
Os investigadores concluem ainda que a iniciação sexual antes dos 16 anos está associada ao uso do álcool, da cannabis, da cocaína e do ecstasy. E que as pessoas que consomem drogas de forma regular têm mais parceiros sexuais.
A cocaína é apresentada como a droga mais indicada pelos inquiridos que querem "explorar a excitação", que procuram "sexo invulgar" e "despertar sensações". "Em grande medida é o afrodisíaco moderno", concluem os autores do estudo, ontem divulgado à imprensa e que será publicado na revista BMC Public Health.
A comparação entre os utilizadores de cocaína regulares e aqueles que nunca experimentaram esta droga demonstrou que os primeiros são cinco vezes mais propensos a terem cinco ou mais parceiros sexuais no período de um ano, do que os últimos.
A mesma média é alcançada pelos consumidores de cannabis, cocaína ou ecstasy e pelos inquiridos que afirmaram ter estado bêbedos nas quatro semanas que antecederam o questionário.
Cocaína vista como sexy
Os autores do estudo, intitulado "O uso sexual do álcool e de drogas e os riscos para a saúde", chamam a atenção para o facto de estes dados poderem ser lidos como positivos pelos jovens e da necessidade de as campanhas na área das doenças sexualmente transmissíveis contraporem os riscos associados a este tipo de comportamentos.
É avançado o exemplo de estas substâncias diminuírem, a prazo, a potência sexual. Mas não só: apesar de sobretudo a cocaína ser vista como uma substância sexy, frequentemente a actividade sexual acompanhada do seu consumo "resulta em decisões menos informadas", em mais "relações desprotegidas" e em mais relações "de que as pessoas se arrependem".
O número dos que assumiram ser consumidores regulares é de 91 em 1341 participantes no questionário, mas são os seus utilizadores os que disseram mais vezes ter tido relações nos últimos 12 meses (58,2 por cento tiveram mais de 50 vezes) e os que mais vezes não usaram preservativo.
O mesmo vale para quase todas as outras substâncias alvo de estudo. Aqueles que consumiram álcool de uma forma regular (1011 num total de 1341 inquiridos) tiveram mais sexo, mas também tiveram mais sexo de forma "totalmente desprotegida".

Jornal Público 09.05.2008, Ricardo Dias Felner

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nov'Ellos na Queima das Fitas



No dia 3 de Maio foi realizada a primeira Equipa do Nov'Ellos na Queima das Fitas. A intervenção decorrerá todas as noites de realização do evento, até ao dia 10, entre o Largo da Portagem e a zona de entrada do Parque.

O objectivo principal desta intervenção é a redução dos consumos, de álcool e outras substâncias, e dos comportamentos de risco associados.Para tal procurar-se-á a transmissão de informação e esclarecimento de questões atavés do contacto directo com os participantes no evento e será disponibilizado material informativo e preventivo.

"Marcha Global da Marijuana"



A "Marcha Global pela Marijuana" é um encontro anual que se realiza desde 1999.

Esta ideia surgiu no encontro pró-legalização da cannabis que ocorreu nesse ano apenas na cidade de Nova Iorque, tendo tido desde então a participação de 427 cidades em cerca de 50 países. Ocorre no 1º Sábado de Maio e junta pessoas em todo o Mundo pela reivindicação da legalização desta substância para uso medicinal e recreativo, bem como a legalidade do auto-cultivo.
Nos primeiros 5 anos foi apelidada de: Million Marijuana March, World Cannabis Day, Cannabis Liberation Day. A partir de 2005, com o crescimento do número de cidades aderentes, adoptou o nome único de "Marcha Global da Marijuana".
Este ano a Marcha contou com a participação de cerca de 230 cidades em todo o mundo. Em Portugal decorreu em Coimbra, pela primeira vez, no Porto e em Lisboa.

Para mais informações:

Antes que te Queimes - Abertura Oficial da Intervenção



No dia 2 de Maio decorreu pelas 19h, no Largo da Portagem, em Coimbra, a abertura oficial da intervenção do Projecto "Antes que te Queimes", desenvolvido no âmbito do Atelier de Expressividade (Educação pelos Pares) da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, sob coordenação da Prof.ª Irma Brito, que contará com a presença de cerca de 80 pares educadores, sobretudo estudantes de enfermagem, bem como de ex-alunos e professores da ESENFC.
Trata-se de um projecto de intervenção integrada de rua (acções de sensibilização e aconselhamento com Pares Educadores) que procura a redução do consumo de bebidas alcoólicas e aumento da adesão a medidas de protecção (sexual e segurança rodoviária), visando a redução de danos relacionados com os consumos abusivos nos estudantes participantes das festividades académicas de Coimbra.
A intervenção decorrerá de 2 e 10 de Maio, das 22 às 3h, entre a zona do Largo da Portagem, onde estará um posto móvel e o Parque e contará diariamente com a presença de 10 pares educadores. Diariamente circulará também um autocarro entre as 00:30 e as 5:30, para tranporte seguro dos estudantes, onde estará sempre presente um enfermeiro e um aluno de enfermagem.
O Projecto Nov'Ellos, no âmbito do seu trabalho em contextos recreativos e da sua intervenção na Queima das Fitas, associou-se a esta iniciativa, estando a realizar Equipas de Rua durante o período de realização deste evento.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cocaína

A cocaína é um estimulante aditivo que afecta directamente o cérebro. Foi considerada a droga dos anos 80 e 90 face à sua grande popularidade e uso estendido nessas décadas. No entanto, não se trata de uma droga nova. Na realidade, é uma das drogas conhecidas pela sua maior antiguidade.

A substância química pura, o cloridrato de cocaína, foi abusada por mais de 100 anos, e as folhas de coca, de onde se obtém a cocaína, foram ingeridas durante milhares de anos. Em meados do século XIX, a cocaína pura foi pela primeira vez extraída da folha do arbusto “Erythroxylum coca”, que cresce sobretudo no Peru e na Bolívia. No início do século XX, a cocaína converteu- se no estimulante principal da maioria dos tónicos e elixires que se criaram para tratar uma grande variedade de enfermidades. Na actualidade, a cocaína é reconhecida pelo seu grande potencial de abuso, mas que pode ser administrada para usos terapêuticos legítimos, como a anestesia local para certos tipos de cirurgias dos olhos, ouvidos e garganta.

Basicamente, existem duas formas químicas de cocaína: o sal de cloridrato e os cristais de cocaína (“freebase”). O sal de cloridrato pode ser usado em forma intravenosa ou intranasal. A forma “freebase” da cocaína pode fumar-se. A cocaína vende-se usualmente na rua em forma de um pó branco, fino e cristalino ou de um cristal que se conhece como “base”, “coca” ou “branca”.

Efeitos da cocaína a curto prazo: Aumento de energia; Diminuição de apetite; Agudeza mental; Aumento das palpitações do coração e da tensão arterial; Contracção dos vasos sanguíneos; Aumento da temperatura; Dilatação das pupilas

Consequências do abuso
Efeitos cardiovasculares:
irregularidades no ritmo cardíaco; ataques cardíacos
Efeitos respiratórios: dor de peito; paragem respiratória
Efeitos neurológicos: embolias; convulsões e dores de cabeça
Complicações gastrointestinais: dor abdominal; náusea
Efeitos da cocaína a longo prazo: Adicção; Irritabilidade e alterações de humor; Intranquilidade; Paranóia; Alucinações auditivas


Artigo Completo: http://www.blogger.com/www.dependencias.pt

Morte do "pai" do LSD

Albert Hofman, o químico suíço que descobriu a droga alucinogénia LSD (dietilamida do ácido lisérgico), associada ao movimento hippy dos anos 60, morreu terça-feira de ataque cardíaco aos 102 anos.
Um comunicado hoje divulgado na Internet pelo presidente da Associação Multidisciplinar para Estudos Psicadélicos, Rick Doblin, refere que Hofman faleceu de ataque cardíaco em casa, na Suíça e confirmada à agência Associated Press por Doris Stuker, um residente da aldeia de Burg im Leimental, aldeia dos montes Jura para onde Hofman se retirou quando se reformou em 1971.
Nascido em Baden, na Suíça, Hoffman começou o seu trabalho de investigação na farmacêutica Sandoz em 1929, onde nove anos depois sintetizou o LSD quando estudava utilizações médicas de um fungo encontrado no trigo e noutros cereais no âmbito de investigações sobre estimulantes circulatórios.
Aparentemente, os laboratórios não encontraram qualquer utilidade prática para o composto, que teria caído no esquecimento se o próprio Hofman não o tivesse tomado involuntariamente durante uma experiência laboratorial a 16 de Abril de 1943.
«Tive de interromper o trabalho e ir para casa porque senti subitamente uma sensação de desassossego e de ligeira tontura», escreveu posteriormente num relatório aos seus chefes na Sandoz.
«Tudo o que via estava distorcido como num espelho deformado», lê-se na descrição da sua viagem de bicicleta do laboratório até casa, onde se sentou num divã e começou a sentir aquilo a que chamou uma «visão».
«O que estava a pensar aparecia-me em cores e imagens», afirmou numa entrevista à televisão suíça SF DRS quando fez 100 anos: «Durou duas horas e depois desapareceu».
Três dias depois, Hofman repetiu a experiência com uma dose maior: o resultado foi uma viagem de terror.
«A substância que queria experimentar tomou conta de mim. Fui acometido por um medo avassalador que me enlouquecia. Fui transportado para um mundo diferente, um tempo diferente», escreveu.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Drogas e cérebro

Para quem tem curiosidade em saber quais os efeitos de algumas substâncias psicoactivas no nosso cérebro....

http://www.jellinek.nl/brain/ (também em português)

sábado, 12 de abril de 2008

Álcool

O álcool é uma substância legal que é consumida pela grande maioria da população. Mas o álcool – que se apresenta sob a forma de vinho, cerveja e bebidas destiladas, como, por exemplo, vodka, gin, whisky, aguardente, entre outras, - é também considerado uma droga e é responsável por um dos maiores problemas de saúde pública em Portugal, sendo, depois do tabaco, a droga que mais mortes causa.Esta é uma das razões por que só pode ser vendido a pessoas com idade superior a 16 anos.

Efeitos imediatos
O álcool tem um efeito relaxante que causa prazer. Muitas das pessoas que bebem de forma moderada, 1 a 2 unidades por dia, acham que pode aliviar o stress, relaxar e aumentar o apetite. Mas os seus efeitos podem também levar a alterações de humor e conduzir a problemas sociais, psicológicos e de saúde.
Considera-se como regra geral que um homem não deve beber mais de 3 a 4 unidades por dia e as mulheres 2 a 3. Um copo pequeno de vinho, uma garrafa de cerveja de 33cl ou uma dose de bebida espirituosa, são considerados como uma unidade de álcool, mas tudo depende da percentagem de álcool que cada bebida contém.
Beber de uma só vez, por exemplo, ao fim-de-semana, o equivalente ao total de todas as unidades de uma semana, não é recomendável e pode ser muito prejudicial, causando intoxicação e sintomas muito desagradáveis, tais como, náuseas, vômitos, diminuição da coordenação motora e alterações do estado de consciência que pode levar ao coma. A “ressaca” do dia seguinte engloba um conjunto de sintomas constituído por dores de cabeça, boca seca, cansaço e mal-estar geral. Estes efeitos podem ser causados por desidratação e, por isso, quando se bebe muito álcool deve-se ingerir grandes quantidades de água.
O álcool pode causar alterações da coordenação motora e por essa razão, quando se bebeu mesmo em pequenas quantidades, não se deve conduzir.

Efeitos a longo prazo
As pessoas que bebem grandes quantidades de álcool diariamente (10 ou mais unidades por dia, para os homens e 6 ou mais, para as mulheres) sofrem com freqüência os efeitos que o álcool provoca no fígado, coração e cérebro. O álcool causa dependência física e psicológica. Quem bebe muito, em regra, come mal, o que também pode afectar negativamente o estado de saúde, agravar problemas emocionaise doença mental. A mistura de álcool com medicamentos pode ser perigosa, mesmo quando se trata de venda livre, como, por exemplo, o paracetamol.

(Maria José Campos)

Artigo completo, Revista Acção & Tratamentos, Nº 8
Janeiro – Fevereiro de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Criminalidade relacionada com a droga

Definições
A expressão «criminalidade relacionada com a droga» é utilizada para classificar quatro tipos de crimes:
Crimes psicofarmacológicos: delitos cometidos sob a influência de uma substância psicoactiva, em resultado do seu consumo agudo ou crónico.
Crimes económicos compulsivos: delitos cometidos com o intuito de obtenção de dinheiro (ou drogas) para alimentar o consumo de droga.
Crimes sistémicos: delitos cometidos no âmbito do funcionamento dos mercados de drogas ilícitas, como parte da actividade de venda, distribuição e consumo de droga.
Infracções à legislação em matéria de droga: delitos por infracção à legislação em matéria de droga (e de outra conexa).

Fonte: Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, 2007

Delinquência juvenil

Delinquência juvenil e praticada em grupo estabiliza mas alarma
A delinquência juvenil, que ao longo dos anos tem vindo a ser apontada como um dos mais fortes elementos que contribuem para o aumento do sentimento de insegurança, desceu pelo quarto ano consecutivo em Portugal. Tratou-se de uma quebra residual - 4440 casos participados, contra 4606 em 2006 -, mas que o Estado considera ser resultado de um trabalho mais eficaz por parte das polícias. A criminalidade grupal, essa apresenta valores elevados e quase estáveis nos últimos cinco anos.
Os dados constantes do último Relatório de Segurança Interna referem que 60 por cento das participações relativas à delinquência juvenil foram feitas na zona de acção da PSP, o que significa que este tipo de crime é predominantemente urbano. Lisboa, Porto e Setúbal são as áreas com maior número de casos.O carácter urbano acentua-se ainda mais quando se fala da criminalidade em grupo. As estatísticas referem que, consoante os anos (só existem dados compilados desde 2001), os números participados à PSP correspondem entre 70 a 75 por cento do total nacional. As maiores cidades e as suas imediações são, uma vez mais, os locais com mais delitos.
Em 2007 contabilizaram-se 7054 participações relativas a este tipo de criminalidade, o que correspondeu a menos 7,1 por cento relativamente ao ano anterior. Os 7595 casos contados em 2006 são, de resto, a maior marca já registada em Portugal. Embora sem ser alvo estatístico, responsáveis da PSP referem que muitas das armas anualmente confiscadas são encontradas na posse de jovens. "Já acontecerem casos em que o mesmo miúdo foi detectado em duas ocasiões com armas diferentes", contou um comissário contactado pelo PÚBLICO, referindo que a proliferação de armas de fogo explica o facto de uma parte da criminalidade, o roubo, não decrescer de modo significativo.

Jornal Público
10.04.2008
J.B.A.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Relatório do 1º semestre do projecto Nov'Ellos

Quem quiser consultar o relatório do 1º semestre do projecto Nov'Ellos (Julho de 2007 a Dezembro de 2007), pode fazer o download do mesmo no seguinte link:

Relatório

terça-feira, 1 de abril de 2008

serviço integrado de apoio à comunidade

Desviar a rota de quem "já está na fronteira" do mundo da droga

Delegação Regional do Norte do Instituto da Droga e da Toxicodependência abre serviço integrado de apoio à comunidade
Não veio por causa do haxixe fumado à socapa - fumou um só charro, para experimentar. Veio porque parece caminhar para um buraco. Falta às aulas. Quando não falta, porta-se mal. Às vezes, até sai a meio. Não possui uma teoria apurada sobre esta atitude que repete, repete, repete. Encolhe-se na cadeira: "Não gosto das aulas." Ela tão grande, já com 14 anos, e os outros tão pequenos, ainda com dez ou 11. E os pais? "Os pais não dizem nada."

Há outras zonas do país que ambicionam avançar
O Projecto Integrado de Apoio à Comunidade abrange 26 concelhos da região norte. A unidade é constituída por uma equipa multidisciplinar, dependente do delegado regional do Norte do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), Avelino Vale Ferreira, e do núcleo de apoio técnico. "Os colegas querem introduzir isto noutras áreas geográficas", orgulha-se a coordenadora do projecto, Albina Sousa. Estão ambos animados, embora conscientes de que este projecto, como qualquer outro, não é uma panaceia. Simplesmente tenta funcionar em rede, trocar uma lógica passiva (esperar que alguém venha ao IDT) por uma lógica activa (os técnicos deslocam-se, por exemplo, às escolas). Uma parceria com o Departamento de Comportamento Desviante da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e outra com o Departamento de Psicologia da Justiça da Universidade do Minho irá garantir formação contínua à equipa. A.C.P.


Público
31.03.2008, Ana Cristina Pereira

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